Se você gosta de séries com um ‘Q’ hipster,  que pegam as melhores partes das obras de ficção científica e suspense – com direito a fenômenos sobrenaturais – não pode deixar de lado a última estreia original da Netflix. Stranger Things, lançada na semana passada, é uma série tão bem feita e interessante que vale a pena assistir. De repente até maratonar, principalmente porque essa primeira temporada tem poucos episódios – e porque você provavelmente não vai conseguir largar

Elenco infantil

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Uma das características mais interessantes que a série nos mostra é seu núcleo formado basicamente por crianças e adolescentes, mas sem transformar isso em um programa voltado exclusivamente para o público mais jovem.  O grupo de amigos composto por Will (Noah Schnapp), Mike (Finn Wolfhard), Dustin (Gaten Matarazzo) e Lucas (Caleb McLaughlin),  tem comportamentos e hábitos que fazem uma clara referência a clássicos do gênero, portanto ao assistir Strange Things é inevitável não lembrar de Os Goonies, Conta Comigo e até mesmo Abracadabra. Isso porque as obras, além de mostrar atores talentosos capazes de manter um ótimo nível de atuação, buscam colocar um foco grande na amizade e nas possibilidades que se desdobram a partir daí, sejam elas passar horas jogando vídeo game ou RPG, ou até mesmo precisar encontrar maneiras de lidar com seres do mal enquanto os adultos não fazem muita ideia do que está acontecendo.


 Homenagem aos Anos 80

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Por falar em referência a filmes clássicos, fica evidente a belíssima homenagem à produção artística  da década de 80. Aqui podemos pensar em detalhes que nos transportam para mais de trinta anos atrás, detalhes estes que vão desde a fotografia, figurino, trilha sonora, os cenários; passando pela vinheta que abre a série que com a escolha da fonte, da música e até mesmo a forma que os elementos se movem na tela, que deixam a sensação de estarmos assistindo a um programa criado décadas atrás.  Aliás, para aquelas pessoas que nasceram nesta época e acompanharam esses clássicos não só nas ficção, mas também na vida real, provavelmente irão assistir a Strange Things com um sentimento agradável de nostalgia. Entre aventuras pelo bairro, montados em bicicletas e armados de lanternas, essas crianças são capazes de deixar os espectadores com um sorriso no rosto.


Eleven, mas pode chamar de El

Millie Brown

Uma das personagens principais é a Onze, interpretada por Millie Brown. Ela é uma garota com problemas sociais e que possui habilidades extraordinárias (que eu não vou contar pra não estragar a surpresa pra quem ainda não viu). Primeiramente, a personagem é incrivelmente bem construída e bem desenvolvida ao longo da série. O seu envolvimento com sentimentos completamente novos pra ela e sua relação com as outras crianças é algo que eleva o nível da série. E para complementar isso, a atriz Millie Brown traz uma atuação impecável, explorando sentimentos extremos de maneira excepcionalmente real. É difícil acreditar que uma atriz tão nova seja capaz de atuar de maneira tão brilhante. Acredito nisso porque já não é tarefa fácil encantar e prender o telespectador utilizando todos os recursos possíveis, imagina para uma personagem que fala pouco, mas mesmo assim precisa dizer muito? Aqui o talento de Millie fica claro, pois ela conquista e prova seu valor principalmente através das expressões faciais e corporais muito convincentes.


Trilha Sonora

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As músicas escolhidas para a trilha sonora é praticamente uma alegria a parte e complementa perfeitamente o clima oitentista da série.  Desde o som de abertura, que deixa a impressão de ter sido feito com recursos disponíveis na época e sem as edições que dispomos hoje, até as músicas que surgem nas sequências de amor, aventura ou tensão. É imprescindível citar a escolha de Should I Stay or Should I Go,  um clássico escrito nesse período e grande sucesso da banda The Clash. Esse som, por sinal,  é muito representativo; isso porque é tocado em momentos importantes da série.

Confira a playlist do Spotify abaixo:


Fotografia

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A fotografia da série não peca nem deixa a desejar. Desde os cenários onde é ambientada até a composição das casas, parques, escolas e etc,  são coerentes com o período histórico em que tudo figurativamente aconteceu. Os ângulos em que as tomadas são feitas, a iluminação, até o cuidado com a tonalidade escolhida – uma espécie de sépia reinventado que remete ainda mais a algo antigo –   deixam a impressão de que fomos transportados para os anos oitenta. Essa série vale a pena e pode encantar quem assiste e relembra de momentos passados, com um sentimento de saudade pairando pela superfície. Mas vale a pena também ser indicada para o público mais jovem, não só pela possibilidade de se identificar com trejeitos e valores dos personagens, mas porque com esta série é possível assistir a algo que não tem cara de terror, daquele tipo sanguinolento e escrachado, mas que amedronta e assusta mesmo assim.

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Pode ficar feliz, que a Netflix já anunciou que vem segunda temporada por aí!

Estes são alguns dos motivos para assistir esta série, que é um dos conteúdos originais lançados mais recentemente pela Netflix.  Essas foram as razões que encontrei e resolvi compartilhar, então caso você tenha opiniões diferentes ou até mesmo outros motivos para assistir esta série – ou dicas de outras que sejam muito boas – é só  comentar aí embaixo!

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