Apenas Um Dia é da autora Gayle Forman e foi publicado aqui no Brasil pela Novo Conceito em 2014.

Sobre o Livro

“Nascemos em um dia. Morremos em um dia. Podemos mudar em um dia. E podemos nos apaixonar em um dia. Qualquer coisa pode acontecer em apenas um dia.”

Em Apenas Um Dia vamos conhecer a história da Allyson Healey, uma garota tímida e organizada que está fazendo um tour pela Europa com sua melhor amiga e um grupo de turismo. Nos últimos dias, quando estava esperando para assistir uma peça de Shakespeare, um grupo de teatro itinerante chamado Will Guerrilheiro passa por eles alertando que está performando a Noite dos Reis ao ar livre e Allyson logo nota um dos garotos da trupe, Willem. Elas acabam abandonado o grupo do tour e indo assistir a outra peça, porém como Allyson é muito “centrada” não dá nenhum passo em direção ao garoto.

No outro dia, quando está no ônibus indo para Londres, a última parada da viagem antes de retornar para os EUA, ela da de cara com Willem no vagão e os dois acabam conversando. Entre os papos, Willem a apelida de Lulu, e Allyson entra na brincadeira, não revelando assim seu nome verdadeiro. Nessa conversa ela revela a ele que queria muito conhecer Paris e que não teve a oportunidade. Willem então se prontifica a levá-la a cidade e como Lulu ainda tem um dia inteiro antes de precisar retornar aos Estados Unidos acaba indo com esse estranho para a França.

“Tenho uma vida plena. Como posso me sentir tão vazia? Por causa de um cara? Por causa de um dia?”

No apenas um dia em que os dois passam juntos muita coisa acontece e quando ambos se separam, Allyson está devastada, pois é claro que se apaixonou pelo garoto. Ao voltar pra casa sua postura mudou e ela já está um pouco mais corajosa em perseguir seus planos e talvez o próximo deles seja reencontrar esse garoto que mudou sua vida, em meio a muitas referências a Shakespeare.


Capa e Diagramação

Aqui vou manifestar minha indignação com as capas dos livros dessa autora. Depois do mosaico de Se Eu Ficar, parece que estipulou-se um padrão sem sentido de que todos os livros precisam ter esse mesmo estilo de capa. Só que a edição de mercado de Apenas Um Ano não tem, e o segundo livro dessa trilogia já saiu com a capa em mosaico, bem como o novo lançamento da autora no Brasil que foi publicado pela Editora Arqueiro. Dai fica a pergunta, mal e porcamente as editoras se preocupam em manter a coerência com capas de uma mesma série e trilogia, porque padronizar todos os livros da autora, mesmo suas histórias sendo diferentes? E, apesar da promessa do lançamento de Apenas Um Dia com a capa em mosaico, não a encontrei em lugar nenhum, assim meus livros um ao lado do outro são uma desgraça só.

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Fora isso, o livro é bem robusto e parece até ser maior do que realmente é. Com 382 páginas a história que é diagramada em uma letra de tamanho ótimo e com bom espaçamento, além das divisões marcadas de capítulos, parece ser mais longa. Porém, com o título sugestivo, esse é um livro que pode ser livro em apenas um dia.


Minha opinião

Esse é o terceiro livro da autora que li e de longe o mais truncado. A protagonista é insegura e isso se mostra em todos os seus comportamentos, fazendo com que eu não me relacionasse muito com ela. Na segunda parte do livro, acho que a história se arrasta demais e poderia ter pulado grande parte dos problemas que ela passa na faculdade e separação dos pais, indo direto para o que interessa e poupando o leitor de umas 30 páginas que não acrescentam em nada a história.

Com esse livro e após ele o Apenas Um Ano, que dá sequência a história e que é narrado do ponto de vista do personagem masculino, pude me dar por conta de que não gosto da forma como a autora constrói suas personagens femininas, deixando o brilho todo depositado nas personalidades masculinas. As meninas são chatas, inseguras e precisam sempre ser reafirmadas para confiarem em si e essa reafirmação sempre fica a critério de algum garoto que é mais sensível do que parece e só tem sua verdadeira natureza revelada no livro sob o seu ponto de vista. Isso me incomoda um pouco, pois parece que a mulher só se sente mais “confiante” depois de encontrar um homem que a assegure disso. Pode ser meu lado feminista falando, mas é a minha impressão.

“Percebo, então, que não é suficiente saber como uma pessoa se chama. É preciso saber quem ela é.”

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O acontecimento do meio do livro não me convenceu e eu nunca acreditei realmente na opção que a Allyson chegou ou que todos ao seu redor forçaram ela a acreditar, o que fez com que o livro fosse um pouco abaixo do esperado pra mim, pois fiquei sempre buscando o momento onde a verdade fosse revelada e ela não chega realmente a acontecer de forma concreta.

Ao mesmo tempo em que o livro se arrasta o fim é acelerado e ao ver que as páginas não darão conta de solucionar o mistério, deixa o leitor em pedaços e louco para pular para o segundo livro. O que mostra mais um traço da autora, que usa o mesmo artifício em Se Eu Ficar, para instigar o leitor a seguir acompanhando a história.

Esse pra mim foi um livro de altos e baixos e recebeu nota 3 (de 0 a 5) na minha humilde opinião. Já adianto que o segundo livro já foi lido e sua resenha sai na sequência e que diferente desse, Apenas um Ano, é um livro super fluído e de ótima história.

APENAS UM DIA

Autor: Gayle Forman

Editora: Novo Conceito

Ano de publicação: 2014

A vida de Allyson Healey é exatamente igual a sua mala de viagem: organizada, planejada, sistematizada. Então, no último dia do seu curso de extensão na Europa, depois de três semanas de dedicação integral, ela conhece Willem. De espírito livre, o ator sem destino certo é tudo o que Allyson não é. Willem a convida para adiar seus próximos compromissos e ir com ele para Paris. E Allyson aceita. Essa decisão inesperada a impulsiona para um dia de riscos, de romance, de liberdade, de intimidade: 24 horas que irão transformar a sua vida.
Apenas um Dia fala de amor, mágoa, viagem, identidade e sobre os acidentes provocados pelo destino, mostrando que, às vezes, para nos encontrarmos, precisamos nos perder primeiro… Muito do que procuramos está bem mais perto do que pensamos.

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