A Batalha dos Mortos é o segundo livro da série As Crônicas dos Mortos do autor brasileiro Rodrigo de Oliveira. Ele foi lançado pela Faro Editorial em 2014.

Sobre o livro

Depois de alguns meses após o planeta Absinto aparecer no céu e milhares de pessoas morrerem e voltaram à vida com uma fome e agressividade fora do comum, os poucos sobreviventes do Condomínio Colinas tentam se reerguer e levar vidas quase normais. Seguros, mas sempre tensos. Perto dali, num quartel em Taubaté, um presidiário chamado Emmanuel, aproveitou todo o caos causado pelo apocalipse zumbi e viu a oportunidade de formar o seu próprio império. Junto com outros presos que fugiram com ele, esse sádico homem comete as maiores atrocidades nesse lugar com os seus prisioneiros.

“O mais perturbador era que se tratava de um rosto assustadoramente familiar. […] Um demônio que fora libertado sobre a Terra para esmagar o que havia sobrado da humanidade.”

Dentre as pessoas que caíram nas mãos desse tirano está Isabel, uma mulher muito forte e destemida que, assim como os demais, não aguenta mais sofrer nas mãos dele. Junto com outros do seu grupo, ela planeja uma fuga de lá. Essa mulher esconde muitos segredos e possui um dom especial que acaba sendo cobiçado por muitos. Além disso, ela possui uma irmã gêmea que compartilha do seu mesmo dom e que ela não tem mais notícias. Jezebel mora no Rio Grande do Sul e o último contato delas não foi nada animador.

Assim como pessoas boas sobreviveram, também encontraremos aqui pessoas impiedosas e más. Reencontraremos antigos personagens e conheceremos novos. Ficaremos tensos do início ao fim e, quando acharmos que tudo está melhorando, veremos que o pior ainda está por vir. Qual será o segredo de Isabel? Será que suas esperanças de encontrar a irmã se confirmarão? Ela conseguirá fugir? Alguém será capaz de deter Emmanuel? Além de tudo isso, eles precisam lidar com um grande problema: zumbis cada vez mais agressivos.


Minha Opinião

E eis que confirmei todo o meu nervosismo e apreensão por essa continuação. Ainda estou tentando processar tudo que aconteceu. Repito: essa história está me causando muitos sentimentos. E o de agora é: FERROU. Se eu pensava que o primeiro livro terminava no seu auge, no ápice, no momento mais tenso de toda a narrativa, veio A Batalha dos Mortos para me mostrar que a história pode ficar ainda mais complicada. Teremos vários diálogos reflexivos e viveremos junto com os sobreviventes as mesmas emoções que eles estão sentindo. Ora com grande animação de ver uma melhora dessa situação, ora sem esperanças de uma vida melhor.

Esse livro tem ainda mais ação que o anterior, além de trazer elementos mais fortes. O seu final, a sua última revelação é simplesmente surpreendente! Isso só fez aumentar minha vontade de dar sequência à essa série. Novamente o autor explora esse lado selvagem do ser humano. Se antes observamos o que aconteceria com os sobreviventes bons, agora temos o outro lado da história. Onde os maus tomam conta e tiram proveito da situação.  Enquanto no primeiro livro temos a união daqueles que ficaram, nesse segundo teremos todas as maldades daqueles que veem nessa situação uma forma de tirar proveito.

“Lá no fundo do coração todas as pessoas possuem um canto escuro, frio, empoeirado, onde ficam guardados todo o ódio, a fúria, o remorso e o descontentamento. E quando essa caixa de Pandora é aberta, alguém sempre sai ferido.”

Isabel foi a personagem que mais me deixou dividade nessa trama. Ao mesmo tempo que admirei sua coragem e amizade com quem passava pelo seu caminho. Também fiquei extremamente incomodada com o seu egoísmo. Essa mulher acaba passando por cima dos outros para conseguir o que quer e isso, muitas vezes, sem perceber. Ela costuma esconder esse dom que possui, e que é extremamente importante nessa história, algumas pessoas ficam encantadas com o que ela é capaz de fazer, outras ficam com medo. Esse dom acabará sendo decisivo no final.

Emmanuel foi a maior prova de que os maus continuam vivos e que essa história de arrebatamento não cola. Ele, que é o líder dos presos, apresenta um comportamento completamente louco, sádico e de muita maldade. Ele comete atrocidades horríveis dentro desse quartel para amedrontar todos e continuar com essa submissão geral. As pessoas que estão nas suas mãos estão completamente vulneráveis e entregues para esse psicopata e seus seguidores. Muitas já perderam a esperança de serem salvas e torcemos a todo o instante que isso mude. Ele representará um grande perigo para os seus prisioneiros e para os desmais sobreviventes.

O reencontro com personagens do primeiro livro foi surpreendente. Aqui descobrimos o que aconteceu com eles após os eventos passados e percebemos as novidades que estão chegando. Ivan acabou por ter um comportamento diferente do habitual, creio que por toda a responsabilidade e cobrança que ele aplica a si mesmo. Fantasmas de eventos passados pairam na comunidade e fazem com que Ivan passe a questionar as suas decisões. Mas, é óbvio, que ele continua sendo o meu preferido dentre todos os personagens dessa história. Ele cometerá erros sim, mas sempre com a intenção de acertar e fazer o melhor pelo grupo. Por favor, autor, não mate ele! Ele a a esposa Estela passarão por alguns conflitos durante a trajetória e precisão usar de toda uma diplomacia e do seu amor para vencerem esses obstáculos.

“Quem quiser sobreviver terá que se preparar para uma nova vida. A antiga está perdida para sempre. Não existem armas nem balas suficientes para matar tantas criaturas, e o tempo está ao lado delas.”

Mas então os zumbis não são mais um problema? Aí que vocês se enganam. Mesmo percebendo que alguns seres humanos também são seus inimigos, os zumbis também estão se tornando cada vez mais agressivos. Aos poucos, os parcos sobreviventes vão notando o quanto eles continuam sendo uma ameaça cada vez maior. Eles agora aparecem em bandos cada vez maiores, estão cada vez mais famintos e passaram a ser divididos em dois grupos, onde um deles pode ser mais perigoso. Mas, o maior perigo está guardado para o final e eu realmente não sei qual será o destino daqueles que continuam nessa luta pela sobrevivência. Minhas esperanças estão minguando junto com as deles.

Aqui teremos muitas história paralelas que se cruzam em um determinado momento. Mesmo com tantos semelhantes representando um perigo, também teremos algumas agradáveis surpresas. Terminei o livro ainda mais apreensiva com o que acontecerá e estou com muito medo do que encontrarei na sua sequência. Eles terão uma grande revelação sobre os zumbis e o planeta Absinto. Muitas teorias serão formadas e o cerco fecha cada vez mais. Principalmente agora que um novo e pior inimigo apareceu. O pior pesadelo deles acaba de chegar.

 

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A BATALHA DOS MORTOS

Autor: Rodrigo de Oliveira

Editora: Faro Editorial

Ano de publicação: 2014

Ano 2018. À passagem de um planeta próximo da órbita da Terra, o que era para ser um dia de festa… Pessoas do mundo inteiro prepararam-se para um espetáculo astronômico mas o evento se transforma num pesadelo. Um dia após à maior aproximação do planeta, um imenso calor sobrevêm e 2/3 de todas as pessoas do mundo transformam-se em zumbis. Em São José dos Campos, um grupo cria um centro de refugiados para milhares de pessoas não infectadas. Eles reuniram condições de sobrevivência com água, alimentos e criaram uma grande fortaleza. Agora dedicam-se a encontrar outros focos de resistência e ajudar peregrinos do grande apocalipse. Eles não sabem, mas essa pode ser a maior comunidade de vivos na face da Terra. No entanto, próximo a eles, uma outra resistência – perversa e potente – também cresce. Um grande Comando do Exército é tomado por criminosos do presidio de segurança máxima de Taubaté. Eles resistiram aos zumbis, escravizaram outros humanos e, fortemente armados, se tornam uma ameaça letal à comunidade vizinha. Uma batalha está para acontecer. Um cerco para salvar vidas. E em meio a isso, inúmeras histórias de pessoas vivendo em situações-limite, muito além da sua imaginação. A série mais original sobre zumbis desde “The Walking Dead”!

 

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