Sequência de Jogando xadrez com os anjos, Dançando com as Borboletas foi escrito pela autora Fabiane Ribeiro e publicado pela Universo dos Livros em 2016.

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SOBRE O LIVRO

*Esta resenha contém spoilers do livro anterior

Ao final de Jogando xadrez com os Anjos deixamos Anny aos 18 anos, a porta da casa de sua irmã mais nova e seus avós paternos no Brasil. Em Dançando com as Borboletas, Anny agora com 80 anos, revive suas memórias para nos contar todas as aventuras que viveu em sua trajetória desde então.

“A vida dançava por meio dos sorrisos e dos passos daqueles que se encontravam em um fim de tarde azul e perfeito.”

Quando chegou ao Brasil em busca de sua família, deparou-se com mais uma perda: seu avô Breno havia falecido. Mas apesar da perda, sua avó Dayse e sua irmã Mariza a receberam de braços abertos para uma nova vida, onde não estaria mais sozinha. A chegada de Anny foi fundamental para que Mariza, que parecia não saber lidar com a perda do avô, de quem era muito próxima, voltasse a se interessar pelas coisas belas da vida. Aos poucos, uma linda amizade vai crescendo entre as irmãs que se tornam grandes companheiras.

Anny sempre fora fascinada por artes e pela dança e é por este caminho que terá uma das maiores surpresas de sua vida, onde mais um anjo será colocado em seu caminho. Dançando no Balé de Santos, Anny encantou a todos. Foi em uma de suas apresentações que conheceu Túlio, que viria a ser seu grande amor. Juntos eles tem uma filha, Brenda, que em determinado momento parte para longe abandonando sua mãe novamente, sozinha. Apesar de sofrer com muitas perdas, continua em pé, e é em um momento de solidão que mais um anjo aparece em sua vida.

Anny continua sonhando com o Reino Xadrez, onde mantém congelados os seus 8 anos, mas os sonhos não são mais tão felizes. Neles, o rei Jeferson grita desesperadamente e nossa pequena rainha sai em busca de seu rei onde ela aprenderá ainda mais sobre si mesma e entenderá todas as fases pelas quais passou em sua vida.


MINHA OPINIÃO

Recapitulando: No primeiro livro encontramos Anny, uma pequena garotinha sensível e meiga que vive a maior parte do tempo longe de seus pais a quem tanto ama. No entanto, sempre teve uma relação especial com o pai, Jeferson, a quem deu a posição de Rei, em seu mundo fantástico do Reino Xadrez, assim como em toda a sua vida. Apesar de muito jovem, Anny sempre foi uma garotinha especial, compreensiva e incapaz de guardar qualquer sentimento ruim por quem quer que fosse. Certo dia, seus pais dizem a ela que precisará passar um tempo em outra casa para que eles possam fazer uma viagem mais demorada do que as anteriores, e que virão vê-las apenas uma vez por ano Mesmo magoada, Anny promete não chorar e ser forte, e assim, mais do que nunca, conhece o significado de solidão. É claro que isso não foi uma realidade continua por muito tempo, afinal, Anny tinha características especiais, e por isso, papai do céu lhe enviou muitas companhias especiais: anjos! Anjos que acompanharam sua infância e ajudaram-na a crescer com toda a sua essência de menina.

Assim como o primeiro volume, tornou-se maravilhoso ao longo da leitura acompanhar as aventuras de Anny mesmo que em forma de pequenas lembranças. Com o passar e pesar dos anos Anny torna-se cada vez mais sábia e corajosa para lidar com todas as suas perdas e feridas. Apesar de tudo ela sempre foi dona de um coração enorme, gentil e incapaz de sentir mágoa de quem quer que fosse, por qualquer motivo, o que fez com que ela recebesse presentes maravilhosos do “papai do céu” ao longo de todos os seus anos de vida.

Em momento algum ela perde o brilho e a inocência em seu modo de ver o mundo e a cada um daqueles que passam por seu caminho. Seu amadurecimento, apenas faz com que ela seja cada vez mais generosa e sensível, algo que para nós e quase impossível a medida que perdemos nossa infância e inocência.

“O que a lagarta chama de fim do mundo, o homem chama de borboleta. – Richard Bach”

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Anny, assim como todo o aspecto em que a narrativa é contada, se tornam uma grande “lição” a todos que estejam abertos a ouvi-la.

Apesar de o livro anterior ter sido fechado com um final satisfatório a autora conseguiu nesta continuação continuar fazendo com que o leitor quisesse saber mais e mais sobre uma história aparentemente “já acabada”. A cada novo capítulo, conseguiu encaixar um elo com os fatos ocorridos anteriormente e transformá-los em um nova surpresa. É claro que essa é a parte mais interessante de uma história, descobrir o que virá depois, no entanto, aqui vamos descobrir o que veio antes, e fui arrebatada por isso.

“Borboleta parece flor que o vento tirou pra dançar. – Fernando Anitelli”

Com personagens cativantes e situações que levam o leitor a se emocionar cada vez mais a autora não se perdeu ao longo do segundo volume, o que confesso, era meu maior medo após o final super bem fechado do primeiro livro. Mas mais uma vez, fui surpreendida positivamente e, confesso que não tenho hábito de ler autores nacionais, mas a autora ganhou meu coração e espero que publique outras histórias tão cativantes. Um ponto que possa parecer interessante a algumas pessoas é o fato de não ser uma continuação obrigatória, no entanto, mais do que recomendada!

O livro possui páginas brancas e é decorado de acordo com o tema: borboletas! Além disso, assim como no primeiro volume, cada início de capítulo é introduzido por uma passagem encontrada ao longo da narrativa e que da sentido a todo o contexto da história. Seremos só elogios por aqui! Todas as pessoas deveriam ler e se inspirar em Anny!

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DANÇANDO COM AS BORBOLETAS

Autor: Fabiane Ribeiro

Editora: Universo dos Livros

Ano de publicação: 2016

Desde criança, Anny teve muitos anjos em sua jornada. Fosse aos oito anos, na gélida Inglaterra, ou aos oitenta, na cidade paulista de Santos em meio a uma comemoração solitária de seu aniversário. E, apesar de testemunhar a chegada e a partida de muitos deles, as marcas do convívio permaneceram para sempre nela. Mediante um emocionante e sábio relato sobre algumas de suas mais profundas- e dolorosas – reminiscências, Anny nos mostra que os anjos registraram sua presença em todos os momentos de nossas vidas e, se soubermos identificá-los, o sabor da existência se torna muito mais agradável.

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