O Livro de Moriarty traz um dos maiores detetives do mundo mais uma vez ao Brasil, publicado pela Companhia das Letras em 2017 sob o selo da Penguin.

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SOBRE O LIVRO

O Livro de Moriarty procura trazer todos os contos do famoso detetive Sherlock Holmes em que seu mais ardiloso inimigo, o professor e matemática James Moriarty, se fez presente. Pessoalmente ou através das sombras do submundo londrino.

Narrado sempre pelo ponto de vista do fiel escudeiro Watson, o livro traz cinco contos e uma novela: O problema final, A aventura da casa vazia, O caso do construtor de Norwood, O caso do jogador de rúgbi, Sua última mesura, O caso do cliente ilustre e O Vale do Medo.

“Está dizendo que temos de nos conformar? Está sugerindo que ninguém é capaz de derrotar esse demônio?”

Contado em certa forma “de traz para frente” o primeiro conto chamado O problema final” fala detalhes sobre a famosa batalha entre o detetive e seu vil inimigo, tendo em seguida o ressurgimento de Holmes em “A aventura da casa vazia”, e seguindo assim uma trajetória linear pelas aventuras do detetive através dos anos 1880/1890 até que um caso conhecido como “O caso do cliente ilustre” faz com que seja necessário retornarmos ao “Vale do Medo”, em anos retóricos, caso em que o professor Moriarty apenas começa a atacar.


MINHA OPINIÃO

É elementar! A vasta obra de Arthur Conan Doyle foi consagrada pelo famoso e aclamado detetive Sherlock Holmes. A introdução da obra escrita por José Francisco Botelho é por si só uma síntese do quão importante não só para o próprio Conan Doyle, mas também para seus leitores as aventuras do detetive se tornaram. Iniciadas em uma coluna de jornal, foram apreciadas e veneradas pelos londrinos do século XIX.

É através desta introdução que descobrimos que o propósito do autor ao criar a figura do maligno professor Moriarty era a de acabar com o detetive, fazendo com que ele ficasse livre para escrever sobre outros assuntos. No entanto, é claro, um personagem tão perspicaz não poderia ter um fim medíocre. Por isso, o vilão foi criado e admirado até por seu rival. É óbvio que seus fãs não aceitariam o fim, e pouco tempo depois do sumiço de Holmes o autor se viu em condições financeiras já não tá abastadas e fama não tão mais alimentada, sendo obrigado a fazer ressurgir das cinzas o aclamado detetive.

“A mediocridade não admite nada superior a si mesma, mas o talento reconhece instantaneamente o gênio.”

Vale ressaltar que um dos pontos mais cativantes da narrativa é o fato de cada história ser contada de forma parcial e envolvente pelo fiel escudeiro do detetive, nosso caro Watson. Ele traz cada sentimento, pensamento e sensação vivida por ele e pelo detetive de forma que alcança o leitor em seu mais íntimo espírito de aventura e investigação. É preciso dizer que a genialidade da coisa está em cada linha antes mesmo de ter sido escrita.

Particularmente sempre fui fã incontestável da inteligência e astúcia do detetive, no entanto conhecia suas histórias somente através dos filmes e contos espaçados e não integrais que eram colocados nos livros da escola. Foi então, um enorme prazer e uma grande aventura testar o meu faro investigativo e ser levada à Londres antiga junto com os personagens.

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O livro traz várias notas de rodapé, todas criadas pelo tradutor José Francisco Botelho e distribuídas ao longo dos contos com a finalidade de localizar o leitor em meio ao “vai e vem” do anos narrados em cada conto e de nos aproximar dos hábitos dos personagens, principalmente é claro, do detetive.

Uma curiosidade sobre os escritos que é colocada como uma incógnita infinita logo na introdução da obra, é o fato de que algumas pessoas conhecidas como: “Sherlockianos” acreditam piamente que não só o detetive Sherlock Holmes mas o próprio Watson realmente tenham existido, e sejam os verdadeiros narradores de suas aventuras. Tendo Doyle apenas sido “usado” para transmitir os relatos, teoria essacontestada pelos Doylianos”. E você? No que acredita?

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O LIVRO DE MORIARTY

Autor: Arthur Conan Doyle

Editora: Penguin Companhia

Ano de publicação: 2017

O Napoleão do crime. É assim que Arthur Conan Doyle define o professor James Moriarty, arquirrival de Sherlock Holmes e um dos grandes vilões da literatura universal. Não há crime em Londres, do mais banal dos roubos ao mais terrível dos assassinatos, que não tenha sua mão. Na obra de Doyle, Moriarty aparece como uma sombra: raramente o protagonista de uma história, sempre atrás das cortinas, em breves menções e alusões. Este volume reúne todas as histórias de Sherlock Holmes em que o professor dá as caras. São cinco contos e um romance que mostram a construção deste que acabaria se tornando um modelo de vilão e o personagem mais emblemático de Doyle depois do seu rival Sherlock Holmes e de James Watson.

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