O Livro do Cemitério em HQ é a adptação da obra de Neil Gaiman, em adequação de P. Craig Russell. O lançamento é de 2017 da editora Rocco.

Sobre o Livro

Uma família é atacada no meio da noite por um assassino. Acordado, o filho mais novo, apenas um bebê ainda, sai andando pela porta aberta e vai parar em um cemitério. Lá, sem saber o que fazer com ele, os espíritos e um vampiro muito astuto decidem criar a criança entre eles, compartilhando um pouco dos dois mundos.

Ninguém Owen  já é um garoto e ainda não viu nada do lado de fora dos muros do cemitério. Sua vida se limita aquele espaço e a convivencia daquelas pessoas já não vivas. Porém, a curiosidade anda batendo na porta e ele vai querer desbravar novos horizontes. A morte de seus pais nunca foi solucionada e ainda há pessoas que lembram que ele escapou e pode estar vivo, determinando assim um perigo constante a vida do menino.


Minha Opinião

Dividido em dois volumes, O Livro do Cemitério em HQ é o desmembramento do romance de mesmo nome do aclamado Neil Gaiman. Minha relação com esse autor vem aos poucos sendo construída e confesso que fico surpresa com a forma diferente que ele monta suas tramas e como cada uma parece ser muito destinta da outra.

Depois de alguns contos, O oceano no fim do caminho, Deuses Americanos e Belas Maldições, me aventurei por essa história da qual não sabia nada, mas que acabei me encantando. Também em 2017 eu li A Garota do Cemitério, também uma HQ e foi impossível não fazer a conexão, mesmo que a premissa seja um pouco diferente. Também impossível não cogitar que tenha havido uma certa inspiração daqueles autores sobre essa que é uma trama mais antiga.

“Estava ali, no ar claro de inverno, nas estrelas, no vento, na escuridão. Estava presente nos ritmos das noites longas e dos dias fugazes”.

A proposta de crescer em meio a espíritos é algo que poderia parecer assustador, mas que para uma criança que não lembra de nada diferente daquilo, não passa de um novo significado de normalidade. Mas ele é um garoto espero e começará a fazer perguntas, questionar seus restrições e também os limites a que está limitado, o colocando em contato com coisas que ele desconhece e que, ao mesmo tempo, vão servir de motivação para que ele vá além.

A HQ tem apenas 200 páginas e é uma leitura muito agradável, e termina num exato ponto a fim de deixar o leitor ansioso por saber o que virá a seguir. A escolha de focar na introdução de Nin e no seu desenvolvimento, deixa para o segundo volume o papel de desenvolver a trama e amarrar a história.

Confesso que não tendo lido o livro e já sabendo “metade” do que vai acontecer, fiquei curiosa para ler a obra original e ver como a mesma história pode ser recebida diferentemente pela forma como é contada.

O Livro do Cemitério tem a adptação de P. Craig Russell e tem um traço bonito e sombrio, para combinar com a ambientação da história, desenvolvendo a atmosfera que, como mencionei, para muitas pessoas pode ser tenebrosa, mas que para o nosso protagonista é sinônimo de lar. Como é possível ver a cima, os capítulos tem ilustradores diferentes, o que é muito bacana também.

Deixo aqui a recomendação, especialmente se você for um fã do autor ou já leu o livro de que ele se origina, pois eu fiquei bem ansiosa para conferir a segunda parte e descobrir que mistérios envolvem o assassinato e o que Nin ainda vai aprontar até descobrir tudo.

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O LIVRO DO CEMITÉRIO

Autor: Neil Gaiman & P. Craig Russell

Editora: Rocco

Ano de publicação: 2017

O livro do cemitério, do cultuado escritor Neil Gaiman, ganha versão em quadrinhos adaptada por P. Craig Russell, parceiro de Gaiman em diversos livros, incluindo a versão em HQ de outro clássico do autor, Coraline. O livro é o primeiro de dois volumes que acompanham a trajetória de Ninguém Owens, ou Nin, um garoto como outro qualquer, exceto pelo fato de morar em um cemitério e ser criado por fantasmas. Cada capítulo nesta adaptação de Russell acompanha dois anos da vida do menino e é ilustrado por um artista diferente, apresentando uma variedade fascinante de estilos que dão ainda mais vida à atmosfera ao mesmo tempo afetuosa e sombria da história.

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