O Príncipe Corvo é o primeiro livro da Trilogia dos Príncipes, uma série de romances de época escrita originalmente em 2006 pela autora Elizabeth Hoyt e trazida ao Brasil em 2017 pela Editora Record.

SOBRE O LIVRO

Anna Wren é uma respeitável dama que perdeu o marido há cinco anos e desde então ficou responsável por cuidar de suas próprias finanças. No entanto, com o passar dos anos ela se vê em uma situação financeiramente complicada e decide que está na hora de procurar um emprego.

Após um tempo ela consegue se empregar como secretária de Edward Raaf, o Conde de Swartingham. Um homem recluso e aparentemente de difícil convivência, já que ninguém conseguiu permanecer como sua secretária por muito tempo.

“Ouvi algumas pessoas dizerem que meu temperamento é um pouco… – ele fez uma pausa, aparentemente para pensar – Anna o ajudou: Selvagem?”

Mas ela parece ser diferente das demais garotas que tentaram ocupar o cargo, parece ser capaz de enfrentar o temperamento intempestivo do conde e muito mais do que isto, acender uma chama de atração entre eles ao tentar quebrar as barreiras de seu coração.  Tudo muda de forma incandescente quando Anna descobre que Edward frequenta um bordel para satisfazer seus desejos, e então ela tem a ideia de que pode fazer o mesmo, tirando proveito da situação para se encontrar com o conde sem que ele saiba sua verdadeira identidade.


MINHA OPINIÃO

O livro traz uma trama romântica e ao mesmo tempo acalorada por desejos e atrações. Um ponto interessante pode estar exatamente no fato de ser um romance de época, onde a sociedade considerava o sexo feminino como um símbolo de pureza e por esse motivo as mulheres não deveriam se comportar de forma inapropriada, como por exemplo, frequentar um bordel. É exatamente por isso que, mesmo não sendo a ideia do livro, ele traz questionamentos e reflexões que certamente teriam sido um absurdo se propostos na época em que a trama se passa.

“Ele, por ser homem, poderia ir a casa de má reputação e aprontar por toda a noite com criaturas sedutoras e sofisticadas. Enquanto ela, por ser mulher, deveria ser casta sem nem ao menos pensar em olhos escuros e peitos cabeludos.”

Anna é uma personagem forte e decidida que quebra diversos paradigmas com o desenrolar da narrativa. E, é claro, que como um bom romance este é cheio de clichês: um conde frio e rude acaba se apaixonando por uma moça capaz de quebrar as barreiras de seu coração de uma forma inesperada. No entanto, seria impossível criar uma história tão arrebatadora e cativante sem esses elementos, levando em consideração o contexto.

A autora utiliza, ao início de cada capítulo, de pequenos trechos da fábula “O Príncipe Corvo” para assemelhar características dos personagens desta aos seus próprios. O temperamento feroz do conde, o tempo como um bem precioso e uma linda e encantadora criatura capaz de despertar o amor de um selvagem. É sempre interessante observar a mescla entre os trechos e a narrativa corrida, fazendo com que o leitor se aproxime cada vez mais dos personagens e os compreenda, ou até mesmo crie empatia por eles.

Apesar de não ter o costume de ler ou me encantar por romances, este em especial me chamou a atenção e me manteve presa do início ao fim. Uma narrativa rápida, simples e ao mesmo tempo capaz de proporcionar ao leitor os mais diversos sentimentos enquanto criamos uma imagem física e comportamental dos personagens, e nos vemos imersos em seu cenário e fazendo parte da trama. É preciso dizer que este não é apenas mais um romance, sendo assim, estou mais do que ansiosa para ler os próximos livros e encontrar outras histórias que despertem os mesmos sentimentos.

Acho que pra todo fã de romance, essa trilogia tem tudo para ser um prato cheio, principalmente se os de época foram sua preferencia. Caso, assim como eu, seja a diferente proposta que chama a atenção, acredito que pode ser uma bela surpresa!

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O PRÍNCIPE CORVO

Autor: Elizabeth Hoyt

Editora: Editora Record

Ano de publicação: 2017

Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu amante. Chega uma hora na vida de uma dama… Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil. Em que ela deve fazer o inimaginável… O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude. E encontrar um emprego. Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender às suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos com o conde como seu desavisado amante.

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