Princesa de Papel é da autora Erin Watt, que é o pseudônimo de duas autoras e foi lançado aqui no Brasil em 2017 pela editora Planeta com o selo Essência.

SOBRE O LIVRO

Ella Harper é uma jovem de apenas 17 anos que trabalha como stripper para pagar as contas.  Já podemos ver que a vida de Ella não é fácil. Ela e a mãe foram abandonadas pelo pai, e tudo o que ele deixou foi um relógio, o qual está sempre com ela. Ella e a mãe viviam mudando de cidade, até que a mãe adoece e morre, e isso faz com que a jovem moça procure um lugar fixo para se instalar para finalizar seus estudos e juntar uma grana para sua faculdade.

Além de sofrer com tudo isso, ela precisa enganar a direção de seu colégio para que ninguém saiba que a mãe morreu, e ela tenha que ir para algum tipo de abrigo ou coisa do tipo. Mas sua vida muda completamente quando o milionário Callum Royal a encontra. Ele chega afirmando ter sido um grande amigo de seu pai, e que a partir de agora é seu guardião legal. Ella fica surpresa com tal notícia e não confia nem um pouco nesse senhor Royal. Mas a birra da jovem não importa, ele a leva para morar com seus 5 filhos em uma mansão e o acordo que eles fazem é que Ella deve morar com ele, estudar e ainda receber uma quantia de dólares por mês e, quando terminar o ensino médio, terá sua faculdade totalmente paga.

“Faça seu pior. Você é amador comparado com o que já enfrentei.”

Isso poderia ser uma salvação na vida de Ella, mas tudo vira um inferno quando ela conhece os filhos de Callum. Gideon, Easton, Reed e os gêmeos Sawyer e Sebastian a odeiam muito. Pensam que Ella é uma moça prostituta contratada pelo pai. Ela começa a sofrer humilhações, principalmente da parte de Reed. Passando a conviver bastante com eles, Ella sente um misto de repulsa e paixão por um integrante da família Royal, mas ela sabe que terá que enfrentar vários temores para conseguir seus objetivos, e está disposta a passar por cima de tudo de cabeça erguida.


MINHA OPINIÃO

Após o grande “Bum” que foi o lançamento desse livro, li algumas resenhas bem extremas sobre a história. Muita gente amou mas muita gente odiou, e eu fiquei muito curiosa pra saber qual seria a minha opinião. Comecei a leitura com certa cautela para tentar não me decepcionar, caso eu fosse a parcela que detesta a história, mas devo dizer que fui surpreendida. A narrativa escrita pelas autoras Elle Kennedy e Jen Frederick é bem agradável, apesar de ter algumas palavras de “baixo calão” que algumas pessoas devem estranhar, mas como estou acostumada a ler livros eróticos, não estranhei tais palavras.

Antes de ficar sabendo sobre do que se tratava a história, eu imaginava bem um conto de fadas, mas podemos dizer que esse livro seria mais uma trama dos tempos atuais onde há muita gente falsa e má. Há também cenas de sexo, preconceito, bullying e sexismo. São coisas que por mais que nós fechemos os olhos para tais problemas, eles estão bem na nossa frente, durante nosso dia a dia.

Sobre os personagens do livro, foi fácil gostar de Ella. O livro todo é narrado sob seu ponto de vista, e por isso eu me apaguei facilmente a ela. Do jeito que era transmitido seus sentimentos à cada situação de humilhação que ela passava me deixava bem triste, mas a forma que ela saia dessas cenas mostrava o quão forte é essa personagem, por conta de tudo o que ela já passou na vida. Agora, falar sobre os Royals é algo bem complicado. Eles são típicos ricos invejados que vemos nos livros, séries ou filmes de hoje em dia. Sem nada muito novo a característica deles, e quando Ella chega na mansão deles, todo abuso psicológico começa.

Há muitas críticas em relação a isso, tudo o que Ella passa nas mãos desses jovens, em especial de Reed é bem difícil. São diversas humilhações, dentro de casa e do colégio. Mas ela é muito determinada em seus objetivos de vida, e decide aguentar tudo aquilo, não calada, mas relevar certas situações em nome dos seus sonhos pro futuro. E eu confesso, adoro o jeito afrontoso de Ella.

“Ainda acredito nisso. Ainda acredito que tem alguma coisa boa por aí me esperando. Só preciso continuar em frente até minha hora chegar, porque é claro, é claro que nada disso aconteceria se não houvesse uma recompensa no caminho.”

Uma das cenas mais polêmicas da história é a cena de agressão sexual que Ella sofre em determinada parte da história. Muita gente diz que foi romantizada, coisa que eu não vi. Creio que como qualquer cena desse tipo, foi algo bem triste e senti muita repulsa ao ler. Muita gente diz “ah mas se fosse eu, faria tal coisa…”, e é muito fácil a gente dizer o que faria sem sofrer aquilo, e, às vezes, as pessoas esquecem que isso é ficção, apesar de representar algo que infelizmente acontece diariamente.

O romance entre ela e um dos Royals foi algo que eu esperava que iria acontecer mesmo. Claro que após TUDO o que eles fizeram contra a jovem no começo da história, seria bem difícil de perdoa-los mas Ella nunca teve uma família de verdade, e quando ela começa a se sentir protegida e amada por eles é como parte de um sonho realizado.

Com um final de tirar o fôlego, finalizei a leitura desse livro bem ansiosa para ler o segundo da série, que foi recentemente lançado aqui no Brasil com o título de Príncipe Partido. Eu recomendo esse tipo de livro que divide opiniões, pois são esses que botam minha cabeça pra pensar sobre todos os temas polêmicos contidos na história, que por fim neste caso, acabou me agradando. Mal posso esperar para vir aqui contar pra vocês o que achei do segundo volume dessa trilogia que tem tudo para ser incrível!

PRINCESA DE PAPEL

Autor: Erin Watt

Editora: Essência

Ano de publicação: 2017

O primeiro livro da série The Royals, a nova sensação new adult dos EUA. Ella Harper é uma sobrevivente. Nunca conheceu o pai e passou a vida mudando de cidade em cidade com a mãe, uma mulher instável e problemática, acreditando que em algum momento as duas conseguiriam sair do sufoco. Mas agora a mãe morreu, e Ella está sozinha. É quando aparece Callum Royal, amigo do pai, que promete tirá-la da pobreza. A oferta parece tentadora: uma boa mesada, uma promessa de herança, uma nova vida na mansão dos Royal, onde passará a conviver com os cinco filhos de Callum. Ao chegar ao novo lar, Ella descobre que cada garoto Royal é mais atraente que o outro – e que todos a odeiam com todas as forças. Especialmente Reed, o mais sedutor, e também aquele capaz de baixar na escola o “decreto Royal” – basta uma palavra dele e a vida social da garota estará estilhaçada pelos próximos anos. Reed não a quer ali. Ele diz que ela não pertence ao mundo dos Royal. E ele pode estar certo.

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