Cerco a Macindaw é o sexto livro da série Rangers – Ordem dos Arqueiros, do autor John Flanagan. A publicação no Brasil é de 2010 pela editora Fundamento.


*Essa resenha contém spoilers dos livros anteriores.

Sobre o Livro

Em o Feiticeiro do Norte encontramos um Will formado como arqueiro e recendo seu primeiro posto. Porém, antes mesmo de se acomodar completamente, uma outra missão surge no seu destino. Há rumores em Norgate de um feiticeiro e o rei local também está debilitado. Disfarçado, o jovem parte então para lá. Mas, após alguns dias, descobre que Orman, o herdeiro, não é a pessoal a se culpar, e sim Keren. Fugindo do castelo com o principe, Alyss acaba ficando para trás e se torna refém do usurpador.

“A vida sempre consegue ajeitar as coisas. É só ter paciência.”

Em Cerco a Macindaw o principal objetivo do arqueiro é tomar de volta o castelo para devolvê-lo a Orman, e resgatar a mensageira, por quem nutre um sentimento além da amizade. Dessa vez ele não está sozinho e a ajuda enviada por Halt chega, unindo Will e Horace mais uma vez.

Quem também se junta ao cerco são os escandinavos, já que seu navio naufragou e com isso descobrimos como aquele antigo problema voltou a aparecer mais tarde na história do último livro. Com um número reduzido de homens, Will tem uma missão muito importante, e todas as suas habilidades como arqueiro serão testadas novamente.


Minha Opinião

Estando já no sexto livros, me sinto já confortável para saber o que esperar de cada parte da história. Temos sempre um início de arco no livro de número ímpar e sua conclusão no livro seguinte de número par. Portanto, de dois em dois, vamos andando na trama como novos desafios para Will. Em Cerco a Macindaw, portanto, era hora de encerrarmos o que foi começado em Feiticeiro do Norte.

Esse não é um livro cheio de reviravoltas ou grandes acontecimentos. O seu título resume bem o conteúdo. Vamos ter um cerco e a preparação pra ele. Horace vai se juntar a Will logo no começo, pois foi enviado por Halt no livro anterior e teremos os dois novamente confabulando para descobrir formas de vencer essa batalha.

“Formar um cerco é uma ciência muito precisa e disciplinada.”

Gostei muito de ter Horace e Will junto e sozinhos. Ambos já cresceram bastante desde o início da série e acompanhamos sua evolução, assim como a evolução dessa amizade que começou bastante tumultuada no primeiro volume. Acho muito interessante em como cada um tem suas especialidades e mesmo assim permanecem brincalhões e competitivos para saber quem tem mais razão. A presença de Horace é um conforto para Will, pois ele, mesmo que brincando as vezes, confia plenamente nas habilidades dele pra tirar ambos e Alyss da situação onde se encontram.

Acho que ela foi a personagem que mais me surpreendeu com sua posição em Feiticeiro do Norte. Eu não tinha captado a relação dela com Will e ver o dois como um “casal” foi algo novo pra mim. Aqui, muito do esforço para cercar e tomar Macindaw também vem do fato de ela estar refém do usurpador, por mais que o objetivo central deva ser devolver o castelo a seu legítimo herdeiro.

Falando nessa relação, acontece algo no final que fez Will perder alguns pontos comigo. Em resumo, e sem spoilers, ele resolveu bancar o babaca por alguns momentos e quando não deu certo, recuou de sua atitude. Eu sempre fui defensora do personagem e gosto muito dele. Mas aqui, John Flanagan deu uma boa pecada. Primeiro, não acrescenta em absolutamente nada pra história o jovem fazer isso e segundo, apenas o denigre frente ao olhar do leitor. Ou seja, só perda.

Temos alguns desenvolvimentos políticos também tanto internamente, com os escandinavos, como com o reino de Picta, que faz aqui seu aparecimento. O usurpador não ficou apenas sentado esperando enquanto Will planejava, ele também moveu seu jogo para cumprir seus objetivos que aos poucos vamos descobrindo quais são.

O povo escandinavo é sem dúvida uma das partes que mais gosto nessa história. Desde o começo eles são retratados como mais durões, brutos, e até insensíveis, mas vamos vendo que não é bem assim. É o típico caso do inimigo tem que ser ruim. Quando na verdade eles são ótimos e muito engraçados até. Foi interessante ver a reação de algumas pessoas de Arualen a eles e a repulsa ou falta de confiança que se mantém, mesmo quando ele estavam do lado certo e ajudando. Will e Horace tem sempre boas frases para calar isso.

O livro termina de uma forma mais “romântica”, digamos assim, e estou curiosa para ver o que vai acontecer no sétimo livro, já que o nome é Resgate de Erak, e Erak foi um personagem que também cativou no começo da série. Também é provável que tenhamos o retorno da personagem da princesa, já que a mesma não apareceu nos últimos dois. É esperar pra ver!

RANGERS #6: CERCO A MACINDAW

Autor: John Flanagan

Editora: Fundamento

Ano de publicação: 2010

Mesmo conseguindo salvar a vida de Orman, herdeiro do trono de Macindaw, Will ainda está longe de cumprir sua primeira missão como arqueiro de Araluen. Afinal, o castelo se encontra sob o domínio de Keren, cavaleiro renegado que mantém Alyss como prisioneira. Nem um pouco disposto a fracassar, Will põe em prática um plano para retomar o reino de Macindaw e devolvê-lo a seu legítimo senhor. Sua estratégia tem início com a contratação de um improvável “exército invasor”, formado por piratas escandinavos sobreviventes de um naufrágio. Como se a tarefa do jovem arqueiro já não fosse complicada e perigosa o bastante, a situação fica ainda pior quando uma sinistra aliança é descoberta. Uma trama secreta que almeja resultados tão grandiosos quanto terríveis, com consequências que podem chegar até Araluen. Com tantas vidas dependendo de seu sucesso e tendo o tempo como um inimigo implacável, Will parte para uma batalha que talvez não possa vencer. Sua esperança e seu espírito, entretanto, estão mais fortes do que nunca. Principalmente após o inesperado retorno de um certo Cavaleiro da Folha de Carvalho.

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