A Menina Mais Fria de Coldtown é da autora Holly Black e foi publicado aqui no Brasil em 2014, pela Editora Novo Conceito.

Eu não li muito sobre o livro antes de resolver lê-lo e não fazia tinha noção de que ele era sobre vampiros. Já faziam alguns anos desde que tinha pego o último livro com esses seres sobrenaturais. Na época em que parei estava bastante saturada e acabei abandonando esse estilo de livro. Porém, como já estava com ele em mão, resolvi dar uma chance. E não é que foi bacana?

Sobre o livro

Nesse livro vamos conhecer um mundo onde o vampirismo é conhecido e muito perigoso. Com a descoberta dessa “doença” foi estabelecido um toque de recolher após o pôr do sol e Coldtowns foram criadas. Coldtowns são cidades cercadas por muros, onde são colocados vampiros para viver em sociedade. Pessoas também são permitidas, de forma voluntária, para trabalhar e fornecer alimento para os vamps.

Porém, depois que se entra, só se pode sair com um objeto que é bem difícil de conseguir e, mesmo assim, somente se você não estiver infectado. A infecção pode demorar vários dias para se manifestar e, se a pessoa aguentar por 80 dias sem se alimentar ela pode ser vencida, nem sempre sem deixar vestígios. Porém, quase ninguém aguenta tanto tempo sem atacar alguém e, quando consegue, é porque ficou em total confinamento.

“A morte tem seus prediletos, como qualquer um. Aqueles que são queridos da morte não haverão de morrer”.

Sabendo disso, conhecemos nossa protagonista, Tana, uma garota que teve a mãe contaminada quando ela era mais jovem e a viu ser assassinada pelo próprio pai, enquanto a atacava. Tana acorda após uma noitada, com muita ressaca, dormindo na banheira do banheiro da casa de um amigo, onde estava rolando uma festa. Ao descer para encontrar todo mundo e dar o fora, encontra todos mortos. Nesse momento o choque a atinge. Foram vampiros e eles ainda estão na casa, já que o sol está alto no céu. Tara vai tentar buscar suas coisas no andar de cima e, ao entrar em um cômodo, encontra seu ex-namorado amarrado a uma cama, infectado e Gavriel, um vampiro de aparência jovem que está acorrentado.

Antes que ela possa pensar melhor, descobre que os vampiros já sentiram sua presença e ela tem que dar um jeito de sair dali, liberar Aidan, o namorado e aquele vampiro, que parece ser tão vítima quanto eles.

Enquanto tenta escapar, Tana é ferida e se vê com a possibilidade de estar infectada, então ela, Aidan e o misterioso Gavriel começam a jornada até a Coldtown mais próxima, para se isolarem e tentarem achar uma forma de sobreviver sob essa nova realidade.

Tana fica em conflito sobre estar ou não infectada e como lidar com isso. Aidan precisa controlar a fome. E Gavriel é muito mais do que deixa transparecer. Ao longo da jornada eles encontram outras pessoas pelo caminho e os objetivos deles entram em total conflito, levando a uma história cheia de reviravoltas e descobertas.


Capa e Diagramação

Eu achei a capa muito bacana e, junto com o título, a maior arma de venda do livro. A diagramação é super confortável aos olhos. Letra em bom tamanho e espaçamento. Há grafismos dentro do livro também e, a cada início de capítulo, uma frase macabra de algum autor famoso, o que ajuda a complementar o clima da história.

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Minha Opinião

Achei o livro bem ok, nada demais e com toda certeza não é uma história surpreendente. Porém gostei bastante da leitura, principalmente do novo ponto de vista, pelo qual os vampiros são apresentados. Depois de tantas histórias e tantos autores competentes, parece difícil criar uma história com essa temática que surpreenda. A leitura é leve, porém precisa se gostar da temática.

“Existe algo de fácil em relação à ideia de que o vampirismo seja algum tipo de doença: então eles não tem como evitar senão nos atacarem, não podem evitar cometer assassinatos e atrocidades, é somente às vezes que eles conseguem se controlar. Eles estão doentes; não é culpa deles. e existe algo até mesmo mais fácil em relação à ideia de invasão demoníaca, alguma coisa forçando nosso entes queridos a fazer todos os tipos de coisas terríveis. Mas a terceira opção, a possibilidade de que haja alho de monstruoso dentro de nós que possa ser liberado, é a mais perturbadora de todas. Talvez sejamos apenas nós, nós com uma fome extrema. A humanidade, livre das amarras da consequência e com o dom do poder. A humanidade, afastada de todas as coisas humanas”.

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Meu personagem favorito é Gavriel e, como o livro acaba, fiquei com gostinho de quero mais e poderia ver, sem nenhum esforço, um segundo livro pra complementar. Afinal, no ponto onde o livro termina, há espaço e curiosidade suficiente para que a temática tenha mais algumas páginas e esclarecimentos.

Acho que o mais importante sobre esse livro foi o fato de que me ajudou a sair do limbo “anti-vampiros” em que eu vinha. Agora até tenho vontade de pegar outros livros com a temática e terminar sagas paradas na estante :)

A MENINA MAIS FRIA DE COLDTOWN

Autor: Holly Black

Editora: Novo Conceito

Ano de publicação: 2014

o mundo de Tana existem cidades rodeadas por muros são as Coldtowns. Nelas, monstros que vivem no isolamento e seres humanos ocupam o mesmo espaço, em um decadente e sangrento embate entre predadores e presas. Depois que você ultrapassa os portões de uma Coldtown, nunca mais consegue sair.
Em uma manhã, depois de uma festa banal, Tana acorda rodeada por cadáveres. Os outros sobreviventes do massacre são o seu insuportavelmente doce ex-namorado que foi infectado e que, portanto, representa uma ameaça e um rapaz misterioso que carrega um segredo terrível. Atormentada e determinada, Tana entra em uma corrida contra o relógio para salvar o seu pequeno grupo com o único recurso que ela conhece: atravessando o coração perverso e luxuoso da própria Coldtown.

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