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Seguindo a proposta que estipulei na última resenha, temos também a opção em vídeo, caso não lhe interesse, é só pular que a resenha escrita também está disponível (:

Aparentemente, olhando para a capa, trata-se de um conto de fadas, com princesas e príncipes. Sim, um pouco disso e e nada disso. A trilogia A Seleção que foi finalizada em maio com o lançamento mundial de A Escolha, pode até lembrar os contos da Disney, mas é uma distopia e se passa depois da 4ª guerra mundial, num futuro onde as coisas são bastante diferentes. Da autora Kiera Cass, ela foi publicada pela Seguinte, uma ramificação jovem da Companhia das Letras.

Depois dos Estados Unidos serem invadidos e terem perdido a guerra, para apaziguar os invasores e manter as coisas em ordem a monarquia foi instituída e agora o país de chama Illéa. A população está agora dividida em castas, sendo a casta 1 a realeza, as castas 2, 3 e 4 os mais ricos e que podem exercer uma profissão, como professor, advogado, médico, modelo, atriz. A casta 5 é composta por artistas e as castas 6, 7 e 8, são os trabalhadores mais braçais, sendo a última de pobreza extrema.

Quando o príncipe Maxon atinge a idade para casar é hora de iniciar a Seleção, uma espécie de concurso, onde garotas jovens podem se inscrever. Dessas, 35 serão selecionadas para participarem da competição e irem morar no palácio, enquanto o príncipe tenta encontrar a próxima rainha de Illéa e sua futura esposa.

Seremos apresentados a essa história pelos olhos da América, uma garota de 16 anos, da casta 5 que canta e toca vários instrumentos, vem de uma família de cinco irmãos e não quer ter nenhuma relação com essa competição, pois ela namora escondido o Aspen, que é um rapaz da casta 6. Por estar abaixo dela na hierarquia o casamento se torna algo difícil de se realizar, mas mesmo assim eles levam o romance adiante.

Como as garotas selecionas para irem para o palácio receberão uma boa quantia de dinheiro pelo período que passarem na competição, a mãe de América quer desesperadamente que ela participe.Após Aspen também insistir que ela se inscreva, América da o braço a torcer e, como não poderia ser diferente, acaba sendo uma das 35 garotas selecionadas. Porém antes de saber que foi escolhida para a competição, Aspen termina o relacionamento com ela, e América começa a ver nessa competição uma oportunidade para esquecer o rapaz e ajudar sua família.

No palácio, o convívio com as meninas não é fácil, afinal estão todas concorrendo entre si, mas América faz uma amiga, Merlee, que a ajudará a passar por todo o processo. Mas logo no primeiro encontro com Maxon ela já deixa claro que está lá pelo dinheiro e se propõe a, se ele deixar ela ficar, ajudar ele a escolher a melhor candidata. Só que com a proximidade dos dois e o desprendimento dela com relação ao antigo amor, América começa a ter dúvidas e sentimentos sobre o príncipe, e o enredo de complica ainda mais quando ela da de cara com Aspen no castelo, tendo sido ele recrutado pelo exército.

Entre um primeiro amor e uma coroa, América Singer vai ter que decidir pelo que deseja lutar, antes que ela perca as duas coisas.

Quando se fala do castelo, temos muito sobre vestidos, normas da realeza e coisas de menina, mas também somos introduzidos a dois grupos de rebeldes. Um grupo do Sul e um do Norte, sendo um mais pacífico e o outro bem violento, mas só realmente descobrimos o que eles querem no terceiro livro. Esse núcleo era a minha aposta, mas a autora escolheu não se aprofundar, deixando uma lacuna muito grande na história e isso me incomodou um pouco.

O primeiro livro é espetacular e muito fácil de ler. O segundo, A Elite é um pouco menos fluido porque se arrasta muito no drama que ela está vivendo para escolher qual das opções escolher e, novamente não explora sobre os rebeldes. A personalidade que foi estabelecida para a protagonista muda muito de um livro para o outro. Pareceu pra mim, que no segundo livro a autora desconstrói completamente a personalidade forte e decidida da América, transformando-a em uma menina frágil e indecisa. Em A Elite, a competição já se afunilou e restam apenas seis garotas, na disputa pela coroa.

A Escolha, o terceiro livro e a conclusão da história, é tão fluído como primeiro e nos trás de volta a velha e boa América do primeiro livro, e fez com que o desapontamento com o segundo livro passasse batido, pois o final realmente vale a pena.

A escolha de Maxon, sobre quem vai ser a sua princesa realmente só acontece nas últimas páginas, com reviravoltas que me deixaram com o coração na mão temendo um desfecho ruim. Mas no fim foi super legal, salvo alguns detalhes muito loucos que prefiro não comentar para não estragar a emoção daqueles que ainda vão ler os livros.

A CW comprou os direitos para produzir uma série sobre os livros e acabou produzindo um piloto, em 2013, que não foi aprovado. Alguns trechos caíram no You Tube e eu fiquei realmente feliz por não ter sido aprovado, porque estava muito ruim. Agora surgiram novos rumores de que com o sucesso da trilogia a emissora teria dado uma segunda chance, chamando um novo diretor e roteirista para tentar um segundo piloto. Fico torcendo para que dessa vez dê certo e que a produção fique boa e mais fiel aos livros (:

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A SELEÇÃO

Autor: Kiera Cass

Editora: Seguinte

Ano de publicação: 2012

Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China, e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças entre dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes. Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.

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