Vermelho Como o Sangue é o primeiro livro da “Trilogia da Branca de Neve” escrito por Salla Simukka e trazido ao Brasil pela editora Novo Conceito.

SOBRE O LIVRO

Lumikki Anderson é uma garota de apenas dezessete anos que deixa a família e seu passado para trás para correr atrás de seus sonhos e estudar em uma renomada escola de artes. Vivendo longe da vida estudantil de baladas, flashs e fofocas ela procura se concentrar em seus estudos, mas tudo pode acabar saindo de seu controle quando ela se envolve em um perigoso mistério.

Tudo se inicia quando descobre sem querer uma enorme quantidade de notas penduradas na sala de fotografia da escola, mas as notas não estão ali sem um motivo, foram deixadas para secar e escorrer terríveis manchas vermelhas… manchas de sangue.

“A maneira mais fácil de não ter problemas na vida é se intrometer o mínimo possível”

Colocando sua própria vida em risco ela é arrastada para um redemoinho de acontecimentos que a puxam cada vez para mais fundo em meio a corrupção policial, tráfico e assassinato. Enquanto desvenda o mistério, ela percebe que tem cada vez menos tempo para solucioná-lo, já que quando o sangue mancha a neve, pode ser tarde demais para salvar aqueles que se ama, ou a si mesma.


MINHA OPINIÃO

Conhecida por ser um sucesso entre os jovens adultos, a autora de “Vermelho como sangue” cria um misto de conto de fadas real com um thriller psicológico que apresenta os piores pesadelos de jovens estudantes. Trazendo aspectos comuns ao cotidiano dos jovens atuais, a autora apresenta uma trama onde a distância da família e novas relações são cruciais para o desenrolar da trama.

A história é contada entre o presente da protagonista e flashes de suas lembranças do passado, que por um lado fazem com que ela reviva tempos próximos a pessoas amadas, mas ao mesmo tempo a fazem lembrar de acontecimentos dolorosos. Um ponto abordado pela autora é o bullying sofrido pela protagonista, o que faz com que leitores de sua faixa etária se sintam próximos a ela e até mesmo se identifiquem com várias de suas características, assim como desilusões amorosas também tão comuns.

Apesar de não ser o meu gênero favorito foi interessante conhecer esta história e embarcar junto com a personagem em suas aventuras. O aspecto mais interessante das narrativas que se passam em colegiais são as diferenças entre os colégios de ensino médio no Brasil, onde alguns aspectos podem acabar sendo mascarados pela falta de atividades competitivas. É impossível dizer que nenhum adolescente se vê em um high school, e nesse aspecto a leitura fez com que me imaginasse lá.

A escrita de Salla Simukka se desenvolve de forma rápida e pode ser uma ótima pedida para aqueles que preferem leituras que apresentem respostas simples e objetivas, mas que ao mesmo tempo faz com que o suspense se perca um pouco pela rapidez dos acontecimentos. Apesar de esclarecer pontos únicos desta história a autora faz do passado da garota um gancho para o próximo livro da trilogia.

É importante dizer que está longe de ser uma releitura do clássico infantil “Branca de Neve”, é incomparável em cada aspecto de sua essência assim como não foi escrito para pertencer ao mesmo gênero. De um modo geral, para aqueles que não criem altas expectativas, a leitura pode surpreender e se tornar uma experiência de leitura incomum.

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VERMELHO COMO SANGUE

Autor: Salla Simukka

Editora: Novo Conceito

Ano de publicação: 2014

Lumikki Andersson tem 17 anos e vive sozinha num pequeno apartamento, na cidade onde frequenta uma prestigiada escola de Artes. Lumikki é solitária, independente, e gosta da liberdade. Na escola prefere dedicar-se aos estudos e ignorar os grupinhos que se vão formando. Não se meter naquilo que não lhe diz respeito é, para ela, uma regra fundamental. Mas essa regra vai ser posta à prova no dia em que encontra uma incrível quantidade de notas de quinhentos euros penduradas a secar no laboratório fotográfico da escola e que tudo indica terem estado manchadas de sangue. Em poucas horas, Lumikki, juntamente com três dos seus colegas, vê-se enredada numa sombria conspiração. — Quem me dera ter um filho branco como a neve, vermelho como o sangue e escuro como o ébano!

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