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No dia 6 de outubro de 2015 Crepúsculo vai completar dez anos de seu lançamento nos Estados Unidos. Ao contrário de muita gente que começou a odiar a série depois que ela virou modinha e começou a ser “mal vista”, não me envergonho nem um pouco de contar a vocês que Crepúsculo fez parte da minha adolescência e sim, ajudou a formar a leitora que sou hoje.

Eu tinha 16 anos quando Crepúsculo caiu na minha mão, super por acaso. Eu estava na biblioteca da minha cidade, no interior, procurando algo bacana pra ler e na época eu era a doida do vampiro. Lia tudo que tinha os seres sobrenaturais envolvidos e como o livro era lançamento no Brasil, era uma novidade na cidade. Porém como eu era rata de biblioteca, o pessoal de lá guardou o livro pra que eu lesse.

E sim, eu me apaixonei por Bella e Edward como hoje ainda me apaixono por personagens contraditórios. Quando somos adolescentes não há nada mais importante que o amor e tudo aquilo que ele representa. Quando crescemos e nos tornamos mais maduros esse conceito muda um pouco, para a maioria de nós, e começamos a ver coisas mais logicamente, compreendendo nos detalhes coisas maiores. Mesmo assim, a magia de uma história de amor sempre vai ser encantadora.

Na minha opinião duas coisas estragaram irremediavelmente a visão que os fãs tinham sobre a história: a adaptação cinematográfica cheia de coisas bobas e glowing e o surgimento, alguns anos depois, de Cinquenta Tons de Cinza, que para quem não sabe, foi inspirado na obra de Stephenie Meyer. Com isso, toda a beleza do romance foi esquecida e começaram a surgir somente os debates que aquela história trazia nas entrelinhas. Ter lido Crepúsculo se tornou algo ruim, depreciativo e muita gente se livrou de seus exemplares ou os pôs bem no fundo da estante.

Pra quem já leu todo tipo de livro, já conheceu todo tipo de história e já se apaixonou por todo tipo de personagem, é fácil explicar porque às vezes o “amor” que sentimos por esses componentes estão à prova da moral e dos bom costumes. Torcemos pelo anti herói, adoramos a triângulo amoroso, ignoramos preconceitos ou abusos em nome de aproveitar uma boa história de ficção. E amigos, gostar de uma história que possui abuso, não significa aprová-lo. O reconhecimento do problema é o importante quando se trata de literatura, não o repúdio do leitor a uma obra literária por trazer essa mensagem. Aliás, será que esse aspecto não representa exatamente um de seus maiores propósitos? Acho que é algo a se pensar.

Portanto agora, no aniversário de 10 anos do lançamento do primeiro livro da Saga Crepúsculo, uma nova edição comemorativa vai ser lançada com material inédito, e quem sabe isso aflore no coração de tantos leitores o valor da obra e de tudo o que ela representou, um dia, pra quem a leu. Somos hipócritas pra tantas coisas que gostamos e fingimos não gostar ou vice versa, e não sou ninguém pra julgar isso, porém acho que jamais deveríamos estender isso ao nosso gosto literário.

Então se em algum momento você foi um fã de Crepúsculo, não sinta vergonha por isso. A única pessoa que provavelmente deveria ficar envergonhado é Robert Pattinson por ter usado tanta purpurina naquele filme ;)

 

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