2001: Uma Odisseia no Espaço, de Arthur C. Clarke, foi publicado no Brasil no ano de 2013 pela editora Aleph.

Sobre o livro

O que aconteceria se os humanos pudessem se comunicar com o passado e mudar drasticamente não só o futuro em si, mas também a velocidade em que acontecimentos históricos ocorreram? Em 2001: Uma Odisseia no Espaço, Arthur C. Clarke apresenta sua visão de um futuro tecnológico e misterioso.

Qualquer homem, nas circunstâncias certas, podia ser desumanizado pelo pânico.

O livro trabalha com conceitos clássicos de ficção científica e apresenta ao leitor as ideias de como seria um futuro mais bem planejado, como seriam viagens intergaláticas. O leitor segue dois cientistas e uma inteligência artificial em uma jornada em busca de realizar uma missão importante enquanto aqueles que ficaram para trás tentam entender o que é o monólito que descobriram enterrado na superfície da lua.


Minha opinião

O prólogo é excelente, acompanha a primeira descoberta do monólito e mostra mais ou menos a função dele com os primatas. É muito bem escrito e cria uma vontade de ler mais da história, mas é depois do prólogo que começa a enrolação. E confesso, tive uma experiência decepcionante.

O livro simplesmente não tem história. Não tem começo, meio e fim. Não tem objetivo claro, nem explicações. O autor passa vários capítulos narrando a ida de um homem do ponto A ao ponto B, e nem é questão de uma jornada vasta e demorada, e sim uma viagem de trem de um lugar para o outro. Quando o personagem chega ao destino, um suspense se cria e é nessa hora que o autor decide mudar de núcleo, o que não tem problema nenhum, não fosse pelo fato de que não se volta mais nesse assunto e nem nesse núcleo.

“Ao contrário dos animais, que só conheciam o presente, o Homem havia adquirido um passado; e começava a tatear na direção de um futuro.”

Todo o resto do livro acompanha outra jornada, que de fato é mais extensa, pelo universo afora. É nesse núcleo que a maior, e mais clássica, crise de ficção científica acontece. Logo que o problema começa, bem na metade do livro, confesso que me deu mais forças para seguir a leitura, porém tudo é resolvido em questão de dois capítulos e seguimos assistindo um astronauta tomando café e indo para algum lugar que nem ele sabe onde ou o que é, e muito menos sabe o por quê.

E depois de tudo isso, ficamos com um final confuso, sem pé nem cabeça, sem saber o que de fato aconteceu, e sem explicação para absolutamente nenhuma de todas as perguntas que são feitas ao decorrer da leitura.

Como eu disse, eu achei a história bem ruim. Mas isso não quer dizer que o livro não tenha pontos positivos: O prólogo e a crise que os personagens precisam enfrentar são, de fato, muito interessantes. O problema é a execução; A escrita do autor é realmente muito boa, e não fosse o fato de todas as minhas dúvidas continuarem sendo dúvidas, os mistérios que ele trás no livro são bem intrigantes.

Eu também preciso dizer que entendo a forma como esse livro foi escrito. Estamos falando de uma época onde ter uma imagem nítida de qualquer coisa que exista fora da terra já era algo de ficção. Hoje em dia, é só seguir as redes sociais da NASA que se encontra diversas imagens em HD de uma nebulosa e várias outras coisas. Então eu entendo o tempo que o autor passou descrevendo as características do Espaço e de uma viagem espacial.

Vale também dizer que é muito curioso ler um clássico desses e entender como era a visão daquelas pessoas de como seria o futuro. Ver como existem coisas que ainda não são viáveis e outras que já existem há algum tempo. Uma leitura que definitivamente me irritou, mas que também vale muito a pena. Inclusive, que inspirou alguns acontecimentos em Illuminae, de Jay Kristoff e Amie Kaufman.

“Agora sou um expert científico; isso significa que eu não sei nada sobre absolutamente tudo.”

Entretanto, se você não é familiarizado com livros do gênero, e muito menos os clássicos dessa vertente, eu indicaria a leitura de livros como Fundação, que tem um ritmo mais frenético e uma história mais envolvente.

2001: UMA ODISSEIA NO ESPAÇO

Autor: Arthur C. Clarke

Tradução: Fábio Fernandes

Editora: Aleph

Ano de publicação: 2013

No alvorecer da humanidade, a fome e os predadores já ameaçavam de extinção a incipiente espécie humana. Até que a chegada de um objeto impossível, além da compreensão das mentes limitadas do homem pré-histórico, prenunciasse o caminho da evolução. Milhões de anos depois, a descoberta de um enigmático monolito soterrado na Lua deixa os cientistas perplexos. Para investigar esse mistério, a Terra envia para o espaço uma nave tripulada por uma equipe altamente treinada, assistida por um computador autoconsciente. Do passado distante ao ano de 2001, da África a Júpiter, dos homens-macacos à inteligência artificial HAL 9000, penetre a visão de um futuro que poderia ter sido, uma sofisticada alegoria sobre a história do mundo idealizada pela mente brilhante de Arthur C. Clarke e imortalizada nas telas do cinema por Stanley Kubrick.

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