A Caça é da autora M. A. Bennet e foi lançado em 2019 pela editora Arqueiro.

Sobre o livro

A jovem Greer MacDonald vem de uma família de classe média. Após conseguir bolsa em uma das escolas mais antigas e tradicionais da Inglaterra, a STAGS, sua vida vira de ponta cabeça. Como todos os alunos vêm de famílias ricas e abastadas, ninguém quer se aproximar dela. Durante muito tempo, salvo raras conversas com colegas, ela é totalmente deixada de lado e sofre preconceito pela mão dos Medievais, grupo de adolescentes que parecem comandar a escola.

“CAÇA TIRO PESCA”

Perto das férias ela recebe um estranho convite, dentro de um luxuoso envelope. Dentro dele, apenas três palavras: CAÇA TIRO PESCA. O mais estranho é que o convite vem de Henry de Warlencourt, o líder dos Medievais. O convite consiste em passar um final de semana em sua casa de campo, praticando atividades ligadas a essas palavras.

Apesar de receio quanto essa estranha oferta, Greer se vê tentada a participar de tal evento. Ela vê nessa oportunidade uma chance de fazer amigos e sair do isolamento. Ao chegar no local ela perceberá que essa foi a pior escolha da sua vida.


Minha opinião

Logo que vi esse livro pensei que encontraria uma história eletrizante e cheia de segredos e reviravoltas. A capa chamou minha atenção, a premissa parecia das mais interessantes e minha curiosidade aumentava a cada dia. Mas, para minha tristeza, encontrei uma história completamente diferente do que eu esperava.

Levantando debates sobre os excluídos, a alta sociedade e a evolução humana temos aqui, um retrato sobre os adolescentes e como é a vida na sua sociedade. Mostrando as dificuldades encontradas pelas pessoas que não “se encaixam” no que é esperado pelos outros, nas barreiras que existem quando a questão envolve dinheiro e no quanto isso faz a diferença nesses locais. Além de retratar o quanto poder e nome podem interferir em diversos aspectos.

Henry é o clássico menino rico e popular. Ele exala um tipo diferente de aura, daqueles que sabem que são ricos e que sairão impunes de tudo. Confiança parece ser a palavra-chave na vida desse garoto. Lindo e perverso, ele pode esconder muito mais por baixo desses modos recatados e polidos. Sua real faceta apenas será revelada quando estiverem participando das atividades propostas para o final de semana na sua casa.

“Dizem que não devemos falar mal dos mortos, por isso só vou dizer que, olhando, você jamais saberia como ele era uma pessoa terrível.”

Greer parecia ser a personagem que eu mais gostaria, mas a jovem não tem nada de heroína. Não a conhecemos de verdade, apesar da trama ser narrada por ela, como uma espécie de confissão. Não consegui entender quais suas reais intenções e necessidades, achei ela muito superficial. E, para mim, não conseguir me conectar com o protagonista é algo extremamente incômodo.

Algo que me incomodou muito e que serviu para dar uma nota tão baixa ao livro, além da trama sem atrativos, foi a enorme quantidade de referências cinematográficas dadas pela protagonista. Eu sei que ela e o pai amam falar sobre isso e, no começo, até se revela algo interessante. Uma espécie de jogo secreto entre pai e filha. Mas, em dados momentos, ela usa cenas de filmes para descrever uma cena. E após isso, não faz uma descrição para situar o leitor que não viu o filme em questão. Isso deixava a descrição capenga. Em determinadas páginas, existia mais de uma referências a filmes.

O que salva o livro são os debates levantados quanto ao uso de celulares e internet. O quanto estamos limitados a esses aparelhos e no quanto somos dependentes das redes sociais. Os Medievais pregam por uma vida longe deles, com a premissa de “realmente aproveitar a vida”. Certos pontos pegam bem na questão dessa dependência, mas não existe uma exploração tão grande sobre isso.

“Quebrei o lacre, como tinha visto nos filmes. Dentro havia um grosso quadrão quadrado. Apenas três palavras impressas, bem no meio do papel acetinado, em letras pretas.”

O livro girou praticamente em detalhes sobre uma caçada, como é feita, o que é feito e alguns detalhes mais técnicos. A ostentação e o luxo da casa, dos jantares e das roupas. E o quanto dinheiro pode comprar tudo. Não foi uma leitura que me cativou, talvez essa seja uma indicação para aqueles que gostam de um pouquinho de suspense, mas sem ser fortes emoções e com um romance adolescente bem clichê.

Infelizmente, não tive uma das melhores experiências com esse livro. Esperava algo diferente, mas apenas na metade do livro que algo começa a acontecer. E tudo acabou se revelando como eu já imaginava. Nenhuma surpresa e nem reviravolta. Então, acho que funcionaria melhor para leitores com pouca bagagem dentro do gênero, para que os desdobramentos da história representem alguma surpresa.

A CAÇA

Autor: M. A. Bennett

Tradução: Alves Calado

Editora: Arqueiro

Ano de publicação: 2019

O ano letivo começou e Greer ­MacDonald está se esforçando ao máximo para se adaptar ao colégio interno onde ela entrou como bolsista. O problema é que a STAGS, além de ser a escola mais antiga e tradicional da Inglaterra, é repleta de alunos ricos e privilegiados – tudo o que Greer não é. Para sua grande surpresa, um dia Greer recebe um cartão misterioso com apenas três palavras: “caça tiro pesca”. Trata-se de um convite para passar o feriado na propriedade de Henry de Warlencourt, o garoto mais bonito e popular do colégio… e líder dos medievais, o grupo de alunos que dita as regras. Greer se junta ao clã de Henry e a outros colegas escolhidos para o evento, mas esse conto de fadas não vai terminar da maneira que ela imagina. À medida que os três esportes se tornam mais sombrios e estranhos, Greer se dá conta de que os predadores estão à espreita… e eles querem sangue. Que a caçada comece!

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