Estreado em 2013 primeiro na Coréia do Sul e depois no restante do mundo, e dirigido por Kim Sung-su, A Gripe é mais um dos filmes de ação e suspense sobre epidemia e desordem social.

Bundang, uma cidadezinha fronteiriça de Seul, a capital sul-coreana, é surpreendida quando os primeiros pacientes com um vírus vindo da China começa a espalhar de pessoa a pessoa. Conforme o vírus se espalha, um caos começa a se instalar na cidade e ameaça todo o país pela sua velocidade, letalidade e alto nível de contágio.

Em meio aos problemas de uma nova epidemia prestes a se espalhar para todo o país, um bombeiro, Kang (Hyuk Jang), resgata uma mãe solteira e médica, Kim In-hae (Soo Ae). Logo ambos começam a se aproximarem mais através da pequena filha de Kim, chamada Mi-reu (Park Min-Ha), ao mesmo tempo em que sua mãe investiga de perto junto com seus colegas de profissão o vírus tomando grandes proporções.

Enquanto que uma relação íntima une os três, a epidemia avança aceleradamente incomodando o governo local e logo o presidente do país. Intrigas e conflitos políticos acompanham as cenas, misturando romance, humor e ação com um contagioso caos que se inicia logo nos primeiros momentos do filme.

O filme já inicia com uma mescla de dois pontos de vista: a dos primeiros pacientes e em seguida ao bombeiro e a médica e sua filha. Em seguida, os pontos de vista se mesclam com funcionários do exército, médicos e funcionários do governo até o presidente, provocando uma miríade de tensões a quem acompanhar cada minuto do filme.

Apesar de haver aquelas velhas cenas de apresentação dos personagens no início do filme, a sincronia que há entre as cenas dos primeiros pacientes e depois a expansão do vírus com as cenas típicas de doramas entre o bombeiro, a mãe e sua filha, o filme mostrou momentos até certo ponto diferentes dos que muitos já se acostumaram com os clássicos cinematográficos de catástrofes como Independence Day, dando o retoque sul-coreano cinematográfico, mas um tanto indiferente quanto a trilha sonora.

O principal destaque a dar a esta produção é suas bem trabalhadas cenas envolvendo um contingente imenso de figurantes. Além disso, a atuação da pequena Park Min-Ha também ganha muito destaque nas cenas pois soube atuar perfeitamente a angústia de uma criança diante ao caos instalado deixando o filme ainda mais emocionante nos seus minutos finais.

Apesar de o diretor não ter ganhado notoriedade no Brasil, este filme, um de seus sucessos eminentes, trouxe mais uma exemplificação de como um vírus poderia se espalhar de tal forma a transformar uma pequena cidade em um perigo internacional.

Assim como Independence Day 2, a continuação que lançou em 2016, A Gripe possui momentos um tanto ficcionais como por exemplo a rápida propagação do vírus em questão de dois dias.

Esta produção mostrou em 2013 o quanto a indústria cinematográfica sul-coreana vem crescendo na medida do tempo, quebrando as barreiras do foco só no dorama. A prova final da qualidade de suas produções se da pelo filme Invasão Zumbi, já resenhado aqui, que chegou nos cinemas brasileiros em 2016 com uma qualidade incrível a cativar os fans de apocalipse zumbi.

A Gripe é mais um dos filmes a se tornarem obrigatórios nas listas para ver dos que curtem as tensões como os clássicos virais Contágio e Epidemia, e ao ver o filme, pude ser instigado a assistir do início ao fim e me tirar das tradicionais produções estadunidenses. Imperdível de ser visto caso esteja procurando por algo mais contagioso.

A GRIPE

Diretor: Kim Sung-su

Elenco: Hyuk Jang, Park Min-Ha, Soo Ae

Ano de lançamento: 2013

Um homem morre por causa de um vírus desconhecido e, em pouco tempo, milhares de pessoas apresentam os mesmos sintomas que ele. O vírus é transmitido pelo ar, não tem cura e mata em 36 horas. Agora o único objetivo é sobreviver.

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