A Soma de Todo os Beijos é o terceiro livro da série Smythe Smith, da autora Julia Quinn, publicado em 2017 pela editora Arqueiro.

SOBRE O LIVRO

Há três anos Hugh Prentice vive uma vida pacata. Ele não vai mais à bailes, não pratica mais caça, e nem anda á cavalo. Tudo por causa de um erro que cometeu por conta de seu orgulho, e da bebida. Há três anos ele teve uma discussão com seu melhor amigo Daniel Smythe Smith enquanto jogavam cartas e bebiam. Ao acusar o amigo de trapaça, automaticamente estavam em um duelo, no qual ele foi ferido na perna e desde então mal consegue apoiá-la ao chão.

Porém, esse duelo não acabou mal somente para ele. Daniel teve que fugir do país pois foi ameaçado de morte por Lorde Ramsgate, pai de Hugh. Isso porque tudo o que Lorde Ramsgate deseja é um herdeiro, e mesmo Hugh não sendo o primeiro filho, é o único que pode realizar o desejo do pai, ou ao menos podia antes do acidente. Sendo assim, Hugh Prentice faz um acordo com o pai de que tiraria a própria vida se caso algum mal acontecesse a Daniel. E é assim que Daniel retorna a Londres e as coisas parecem voltar ao normal.

” – Uma pessoa muito sábia certa vez me disse que não são os erros que cometemos que revelam nosso caráter, mas o que fazemos para corrigi-los.”

Tudo está em perfeita ordem, até as vésperas do casamento de Honoria Smythe Smith, irmã de Daniel, onde ela pede à Hugh Prentice que sente-se a mesa com sua prima Sarah, uma senhorita que ele não suporta desde que tiveram um encontro não muito agradável no ano anterior. Mesmo contrariado ele aceita o convite, e Sara que tinha a mesma impressão dele, de um homem extremamente arrogante e que “destruiu a vida dela”, é obrigada a aceitar a proposta da prima.

Hugh Prentice tem seus fantasmas que o atormentam todos os dias. Tem um pai que despreza, e um irmão com o qual não tem contato. Tem todos os motivos para se dizer desmerecedor do amor de uma mulher. E ele jamais imaginou que talvez sua felicidade estaria ao lado da mulher que ele mais detesta na vida. Por outro lado, tudo o que Sarah quer é um casamento, mas nunca lhe passou pela cabeça que o homem de sua vida seria justamente aquele que tanto lhe fez mal…


MINHA OPINIÃO

Esse foi o livro da série que até o momento menos me agradou. Apesar de ter uma leitura fluida, gostosa e divertida como só Julia Quinn sabe escrever, não consegui me conectar aos personagens e também não me prendi a estória. Diferente do normal, neste aqui quem tem seus dramas é o mocinho, e infelizmente eu não consegui me sensibilizar com seus fantasmas. Senti algo um pouco forçado, pois Hugh já tem um baita de um problema em ter que deixar seus hobbies de lado por conta do ferimento na perna, e ainda tem toda essa carga pesada de dramas familiares consigo.

Sarah também não é uma personagem que me encanta. Por conta de suas atitudes nos livros anteriores eu estava bastante empolgada por uma estória só sua. Ela não ter tocado no último concerto das Smythe Smith,  achei que fosse um mistério que seria desvendado neste livro, no entanto, ela não ter tocado não é nada demais e ela não é o que eu esperava. Como se diz nos dias de hoje, Sarah é sem sal. E isso me incomodou de um jeito que preferia muito mais as cenas com suas irmãs, do que com ela.

” – Não que se importasse com o que ele pensava a seu respeito. Isso seria dar valor demais à opinião dele. Mas, naquele terrível momento na biblioteca dos Dunwoodys – e nas breves palavras que eles tinham trocado desde então -, Hugh Prentice a reduzira a alguém que ela não apreciava muito. E isso era imperdoável.”

A Soma de Todos os Beijos não é um título que faz jus ao livro. Quando eu o vi imaginei que teríamos muitos beijos em segredo, porém o primeiro e praticamente único beijo ocorre só na segunda metade do livro e a partir daí, já nos encaminhamos para o final. E mesmo que Hugh Prentice seja um obcecado por matemática, não existe soma nenhuma de beijo.

De um modo geral, eu gostei muito mais de acompanhar os personagens secundários desse enredo do que nosso casal principal. France, irmã caçula de Sarah fez toda a diferença na narrativa. Afinal, não é em todos os livros que temos uma garotinha de 11 anos que pensa ser um unicórnio não é mesmo?! E Harriet com suas peças, é a adolescente mais madura que eu já vi. Gostaria muito de que Julia Quinn escrevesse uma estória para essas duas que me encantaram tanto.

Mesmo que este livro em particular não tenha sido tão bom, Julia Quinn é sempre uma ótima pedida para sair de uma ressaca literária ou até mesmo passar o tempo com leituras divertidas. E sei que isso não nos agrega ensinamento algum, mas é sempre bom leituras assim de vez em quando, todos nós merecemos dar boas risadas com histórias simples, mas contagiante.

A SOMA DE TODOS OS BEIJOS

Autor: Julia Quinn

Traduçãor: Ana Rodrigues e Maria Clara de Biase

Editora: Arqueiro

Ano de publicação: 2017

Um brilhante matemático pode controlar tudo…
A não ser que um dia exagere na bebida a ponto de desafiar o amigo para um duelo. Desde que quebrou essa regra de ouro, Hugh Prentice vive com as consequências daquela noite: uma perna aleijada e os olhares de reprovação de toda a sociedade. Não que ele se importe com o que pensam dele. Ou pelo menos com o que a maioria pensa, porque a bela Sarah Pleinsworth está começando a incomodá-lo.
Lady Sarah nunca foi descrita como uma pessoa contida…
Na verdade, a palavra que mais usam em relação a ela é “dramática” – seguida de perto por “teimosa”. Mas Sarah faz tudo guiada pelo bom coração. Até mesmo deixar bem claro para Hugh Prentice que ele quase destruiu sua família naquele bendito duelo e que ela jamais poderá perdoá-lo.
Mas, ao serem forçados a passar uma semana na companhia um do outro, eles percebem que nem sempre convém confiar em primeiras impressões. E, quando um beijo leva a outro, e mais outro, e ainda outro, o matemático pode perder a conta e a donzela pode, pela primeira vez, ficar sem palavras.”

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