A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert é do escritor Joël Dicker. Ele foi lançado em 2014 pela editora Intrínseca.

Sobre o livro

Marcus Goldman é a nova promessa literária dos Estados Unidos. Com apenas 28 anos, sua vida mudou completamente. Seu primeiro livro foi um sucesso e ganhou diversos prêmios. Fama e dinheiro chegaram e sua vida deu um giro completo. Ele assinou contrato para entregar mais livros, mas todas as festas, mulheres e facilitações da fama o deixam longe da escrita. Por isso, quando o tempo começa a ficar curto ele percebe que está sofrendo da doença dos escritores: ele está com bloqueio criativo.

Os livros viraram um produto supérfluo. As pessoas querem um livro que as agrade, relaxe e divirta. E se não for você a lhes dar um livro assim, alguém dará, e você acaba indo para na lata de lixo.

A solução que ele encontra é ligar para o seu amigo, professor e mentor Harry Quebert. Ele vive na pequena cidade de Aurora, em New Hampshire. É lá que ele busca refúgio para encontrar sua criatividade novamente. Além disso, Harry é um dos escritores mais respeitados do país.

No entanto, uma estranha descoberta coloca tudo a perder: o cadáver de Nola Kellergan, uma garota de 15 anos, desaparecida desde 1975, é encontrado enterrado no jardim de Harry, segurando o original que deu toda a sua fama. Para piorar, ele admite ter vivido um caso de amor com a jovem, mas nega todo o envolvimento no seu assassinato. Neste momento, a veia investigativa de Marcus aflora e ele passa a investigar o que realmente aconteceu.


Minha opinião

Ok, vamos lá. Sei que após essa resenha, muitas pessoas ficarão chateadas. No entanto, não sei como começar a falar de um livro que odiei. Como a história está num hype por causa da série de mesmo nome, fiquei curiosa para conhecê-la. Além disso, tive uma experiência super positiva com o autor em “O Livro dos Baltimore”.

Comecei a leitura super empolgada, pensando que encontraria uma explicação para esse suposto romance entre um homem de 34 anos e uma menina de 15 anos, mas fui completamente tapeada. Sério, a história é uma Twin Peaks, mas sem o sobrenatural.

Não sei nem por onde começar a listar os problemas que encontrei neste livro, mas vamos lá. Quero começar pelo principal: a tentativa de transformar em “romance” um caso de pedofilia. Por favor, não. Ouvir um velho falando o quanto amava uma criança de 15 anos é nojento. Por diversas vezes, lembrei de “Lolita”, principalmente pele fixação do escritor na jovem. Grande parte do meu problema com essa história foi isso. O segundo foi Marcus falando o tempo inteiro que sua “admiração e fidelidade” a Harry não mudaria, mesmo sabendo sobre sua relação com a jovem.

A opinião pública estava em polvorosa: não só a presença do original junto à ossada de Nola definitivamente incriminava Harry, como, e isso era o principal, a revelação de que aquele livro fora inspirado num relacionamento com uma garota de 15 anos suscitava profundo mal-estar.

Existe muita informação na sinopse. No começo, pensei que havia entregado muito da trama, mas isso é apenas a ponta do iceberg. Alternamos a narrativa entre 1975, quando tudo aconteceu, intercalado com 2008, quando os fatos presentes acontecem. Além disso, temos algumas conversas entre os dois quando ainda estavam na faculdade, o que, na minha humilde opinião, não acrescenta nada ao livro. A narrativa é muito arrastada, demoramos a entender o que está acontecendo. Muitas voltas são dadas até de fato realmente entregar algo.

E o que falar da jovem Nola? Quanto mais desvendamos os segredos escondidos na sua vida, mais percebemos o quanto tudo está errado. Para mim foi impossível sentir qualquer tipo de conexão com ela. Senti muita pena, apenas. Quando achamos que ela está tomando determinadas atitudes por um motivo, ela muda completamente. Eu senti que o seu alinhamento mudava a todo o instante. Foi impossível sentir qualquer tipo de empatia ou conexão com ela.

Todo mundo tem seus demônios. A questão é simplesmente saber até que ponto esses demônios são tolerados.

Um dos últimos pontos que me incomodou, foi a sucessão de plosts. Eles não paravam mais. Tudo bem que eu adoro uma virada de jogo, mas aqui foram desnecessárias. Cada hora que você achava que a história estava resolvida, vinha algo que mudava tudo mais uma vez. Quando temos muitos plots desse tipo, fica difícil acreditar na história. Tudo se torna muito exagerado. Eu só queria que o livro terminasse logo. Enfim, a história não funcionou comigo por diversos motivos. Mas se funcionou com você, conta aí nos comentários!

 

A VERDADE SOBRE O CASO HARRY QUEBERT

Autor: Joël Dicker

Tradução: André Telles

Editora: Intrínseca

Ano de publicação: 2014

Aos vinte e oito anos Marcus Goldman viu sua vida se transformar radicalmente. Seu primeiro livro tornou-se um best-seller, ele virou uma celebridade e assinou um contrato milionário para um novo romance. E então foi acometido pela doença dos escritores. A poucos meses do prazo para a entrega do novo original, pressionado por seu editora e por seu agente, Marcus não consegue escrever nem uma linha. Na tentativa de superar seu bloqueio criativo, Marcus decide passar uns dias com seu mentor, Harry Quebert, um dos escritores mais respeitados do país. É então que tudo muda. O corpo de uma jovem de quinze anos – desaparecida sem deixar rastros em 1975 – é encontrado enterrado no jardim de Harry, junto com o original do romance que o consagrou. Harry admite ter tido um caso com a garota e ter escrito o livro para ela, mas alega inocência no caso do assassinato. Com o intuito de ajudar Harry, Marcus começa uma investigação por contra própria. Uma teia de segredos emerge, mas a verdade só virá à tona depois de uma longa e complexa jornada.

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