A Vida De Um Pai Adotivo foi escrito por Anderson Hernandes Batista e conta sua experiência com a adoção: a decisão, a espera, o tão sonhado telefonema, a chegada do filho, a conversa e os conflitos.

O livro digital está disponível de forma gratuita no site do autor.

Sobre o livro

Após alguns anos de casado, Anderson e sua esposa decidiram ter filhos. Todavia, diante da dificuldade enfrentada, resolveram procurar um especialista. Alguns exames depois, descobriu-se que Anderson tinha apenas 5% de chances de engravidar a esposa, mesmo que fosse uma gravidez assistida. Passado o choque, e após muito diálogo, o casal optou pela adoção.

O processo foi longo, mesmo fazendo cadastros em diversos Estados para aumentar as chances de conseguir uma criança disponível para a adoção, não eram contatados. Quase 8 (oito) anos depois, finalmente, receberam a ligação que tornou sonho em realidade.

“Anderson, você precisa vir para o Mato Grosso hoje, a sua filha está te esperando no hospital.”

Toda a família ficou emocionada com a chegada da nova membra. Mas para a surpresa de Anderson, dois anos depois, com o cadastro ainda ativo em São Paulo, recebeu outra ligação e foi informado que havia um menino apto para adoção. Após o processo de aproximação, devido a idade da criança, o casal resolveu adotar Cláudio e aumentar a família.

Além do processo de adoção, o autor também aborda temas como preconceito, criação, a situação dos abrigos que visitou, a conversa que teve com os filhos sobre adoção e a convivência com o irmão biológico de Claudinho.


Minha opinião

Sempre tive curiosidade em relação a adoção e foi uma surpresa maravilhosa poder ler a história de Anderson e sua família. O olhar em relação aos cuidados e necessidades dos filhos e a dedicação do autor, demonstram o respeito pelo compromisso assumido.

O livro visa informar e conscientizar quem se interessa pela adoção. Da espera pelo filho até as dificuldades da criação, principalmente quando se adota crianças maiores. O autor também traz um panorama em relação as crianças que moram nos abrigos. Em sua maioria, crianças que sofreram maus tratos, abusos morais, sexuais ou foram abandonadas.

Sabe-se que o processo de adoção é árduo e burocrático, o que pode causar a desistência, por alguns casais, ou a adoção irregular. A expectativa em relação ao estereótipo da criança é outro fator que desestimula os casais, pois poucos estão abertos à adoção de crianças mais velhas ou com biótipo diversos da criada na cabeça deles como a ideal.

As crianças que moram nos abrigos são extremamente carentes. Todo visitante é um pai ou mãe em potencial e eles costumam pedir colo, atenção e até para serem adotados. Além disso, tudo é de uso coletivo o que dificulta qualquer tipo de vínculo.

A carência não termina com a adoção, pois os adotados temem serem abandonados novamente. Portanto, os pais devem ficar atentos e garantir que os filhos se sintam seguros em relação a nova família, inclusive, por meio de acompanhamento psicológico.

Outro ponto abordado é o preconceito em relação as crianças, como se elas fossem diferentes de qualquer criança criada pelos pais biológicos. Pessoas que parecem não compreender que o amor não é exclusivo dos que compartilham laços consaguíneos.

A adoção é um ato de amor. É a aceitação espontânea (por ato jurídico solene) de pessoa como parte integrante de uma família, criando uma relação de paternidade e filiação. São pessoas que abrem seus corações, seus lares e suas vidas para formar uma família — a concepção deles de família — . São crianças ou adolescentes que ganham uma oportunidade de integrarem uma família saudável e equilibrada, de serem cuidadas, respeitadas e amadas.

A VIDA DE UM PAI ADOTIVO

Autor: Anderson Hernandes Batista

Revisão: Michelle de Assis

Editora: Publicação independente

Ano de publicação: 2008

Sempre pensei sobre como as pessoas são engraçadas. Todos olham para você e pensam que sua vida é perfeita e que não lhe falta nada. Pensam que dor sente somente quem perdeu e não quem nunca teve. E assim deixam de enxergar o vazio dentro daquele que simplesmente quer ouvir: “papai”.

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