Anne de Windy Poplars é o quarto livro da série Anne de Green Gables, escrito pela autora canadense Lucy Maud Montgomery e publicado originalmente em 1936. Uma das suas tantas versões é a da editora Ciranda Cultural, lançada em 2020.
Sobre o Livro
Após se formar na faculdade, Anne consegue o cargo de diretora e professora em uma escola no pequeno condado de Summerside, e durante três anos ela vai trabalhar nessa escola enquanto seu noivo Gilbert termina a faculdade de medicina. Eles se correspondem através de cartas onde Anne narra os acontecimentos da sua vida. Ela se hospeda em uma casa na região chamada Windy Poplars, que pertence às viúvas tia Kate e tia Chatty. Rebecca Dew é a governanta e quem cuida de tudo, incluindo o gato da casa chamado Dusty Miller que ela detesta, mas não quer ficar sem ele. Todas elas se dão muito bem e são as viúvas e Rebecca que orientam Anne a respeito da cidade e de seus moradores.
Seria horrível morar em um lugar de que não gosto, que não fosse acolhedor e que não dissesse: “estou feliz por ter voltado.”
Suas vizinhas são a senhora Campbell de oitenta anos que mora com a empregada Martha Monkman. As duas são muito rigorosas e severas com a bisneta Elizabeth Grayson de oito anos. A menina vive infeliz por ter que morar com elas depois que a mãe morreu e o pai foi embora, mas tudo muda quando ela e Anne se reconhecem como iguais.
Longe de ser um mar de rosas, Anne terá que encarar não apenas a desagradável colega de trabalho Katherine Brooke, como também a família local, os Pringles, que não a desejavam naquele cargo de diretora e vão fazer de tudo para dificultar sua vida até que ela queira desistir. Caberá a Anne mostrar a eles sua coragem, determinação e excelente trabalho sem precisar recorrer a artimanhas para driblar essa família tão fechada e rigorosa.
Minha Opinião
Anne começa o livro com 22 anos, quando se muda para Summerside, e termina com 25 anos, quando vai embora. Como sempre, novas aventuras, amizades, desafios e aprendizados aguardam Anne, que sempre consegue conquistar e ajudar todos que a conhecem, mudando seus vidas para melhor, mas também aprendendo um pouco com cada um deles.
A aparição dos antigos personagens é bem pouca, apenas breves citações de como a vida deles está seguindo bem, mas não são mais o foco do livro. Eu ainda não superei o quanto Anne e Diana se distanciaram, cada uma seguindo com a própria vida, sinto falta da amizade delas sendo destaque na história, mas acredito que faz parte do que a autora quer comunicar, o fato de que a vida muda com o passar dos anos e cada um segue em uma direção diferente, mas a amizade é para sempre.
“Gilbert, querido, que nós nunca tenhamos medo das coisas. É uma terrível escravidão! Que sejamos ousados, aventureiros e esperançosos. Vamos dançar ao encontro da vida e de tudo o que ela pode nos trazer.”
O livro não tem grandes avanços significativos na vida da nossa protagonista, e sim contos aleatórios sobre os moradores de Summerside que ela conhece, talvez por isso tenha sido o meu livro menos favorito da série até agora. Ele foi escrito muitos anos depois para preencher o que a autora acreditava ser lacunas, criando uma história do que Anne teria passado depois que terminou a faculdade e antes de se casar.
Ainda assim o livro tem o seu valor. Foi bom saber que a Anne exerceu a profissão dela em um cargo alto, colocou em prática o que aprendeu na faculdade, antes de começar uma família. E o livro em si tem um ensinamento interessante que é não julgar um livro pela capa, ou nesse caso, as pessoas pelo seu primeiro contato com elas. Ele nos leva a refletir sobre aqueles que acabamos de conhecer, em quais circunstância da vida, para não tirarmos conclusões precipitadas. Isso fica muito evidente com relação a Anne e as pessoas daquela cidade quando todos se conhecem.
É verdade que o livro é um pouco maçante, principalmente o primeiro ano. Por ser contado na maior parte do tempo através de cartas, isso o deixou um pouco monótono, sem muitos diálogos e situações engraçadas ou difíceis que movimentassem a trama. Mas é sempre um grande prazer ler a história da Anne, uma personagem que tem um jeito tão único de ser e que nos faz querer continuar acompanhando a vida dela até onde for possível.
Ainda que Anne esteja se tornando uma mulher madura, com todos os deveres e responsabilidade que vêm com a idade e independência, ela não perde o brilho e o encanto pelas belezas da vida, além do enorme desejo em querer ajudar as pessoas a realizarem seus sonhos. É uma personagem inspiradora que consegue transmitir isso para o próprio leitor.
ANNE DE WINDY POPLARS
Autor: Lucy Maud Montgomery
Tradução: Rafael Bonaldi
Editora: Ciranda Cultural
Ano de publicação: 2020
Após os anos na vida de universitária, Anne agora é diretora da Escola de Ensino Médio de Summerside. Com a chegada na nova cidade e o recente cargo conquistado surgem alguns desafios, como a influente família Pringle, que não a quer à frente da escola. Gilbert Blythe está a três anos de concluir a faculdade de medicina e Anne se corresponde com o noivo através de cartas, compartilhando sua rotina ao lado das viúvas tia Kate e tia Chatty, a governanta Rebecca Dew, o gato Dusty e sua cativante vizinha Elizabeth. Anne descobre que possui ótimos aliados para enfrentar a espinhosa família Pringle e conservar seu cargo.
