2017 foi um ano cheio de conteúdo por aqui! Foram mais de 380 posts e muuuitos livros lidos e resenhados. E, como sempre, ao chegar o fim do ano é hora de rever a jornada e escolher quais foram os títulos que marcaram mais. Pra isso, convidei a galera que escreve por aqui pra contar pra vocês as  melhores leituras de cada um e vocês pegarem algumas dicas de bons livros também. São títulos de diversos gêneros, então tenho certeza que dá pra encontrar várias opções bacanas de leitura.

Eu fiz um vídeo no canal mostrando os 10 livros que mais me marcaram, então vou deixar por aqui pra quem ainda não conferiu.


As melhores leituras da Ana Luiza

O livro Arquivos Serial Killers reúne duas obras da criminóloga Ilana Casoy: “Louco ou cruel” e “Made in Brasil”, uma obra cheia de fotografias e fatos capazes de impactar qualquer leitor. Por ter uma curiosidade, mórbida talvez, pelos assuntos abordados na obra e sem dúvida uma curiosa quanto a capacidade de seres humanos serem tão perversos, fui levada pela leitura que mesmo densa foi incrível. Longe de olhos julgadores, a leitura traz reflexões, assombros e uma confusão de sentimentos despertados no leitor por algumas das mentes mais diabolicamente brilhantes que já passaram pela vida.

Mary Poppins de P.L. Travers foi, sem dúvida, um queridinho do ano. Quando iniciei a leitura, tendo saído de outra excelente, no entanto, pesada, encontrei tudo o que procurava. Uma leitura leve, divertida mas cheia de reflexões próprias e uma magia encantadora. Apesar de acreditar já conhecer a história dessa esplêndida babá através da animação tive uma grata surpresa ao perceber que ainda havia muito mais para descobrir. Além disso, a edição traz uma entrevista cativante com a autora, entrevista que parece ser capaz de desconstruir paradigmas mesmo depois de tantos anos do lançamento da obra e de sua inesquecível fala.

O próximo favorito do ano é um livro capaz de aquecer o coração do leitor e fazer cair um cisco no olho daqueles mais sensíveis. O menino múltiplo é sem dúvida uma obra repleta de ensinamentos sobre humildade, sabedoria, humanidade, companheirismo e solidariedade. Contando uma história triste de uma criança cheia de alegrias apesar das adversidades da vida, este foi um favorito que com certeza merece uma releitura em não muito tempo, para que eu me lembre sempre de que tudo que nos acontece, por pior que seja, pode ser a chave para uma vida de alegrias infinitas.


As melhores leituras da Erika

Até você ser minha é um mistério narrado em uma ótima maneira pela autora. O livro carrega um suspense muito grande, e isso faz com que o leitor queria lê-lo rapidamente! Sem contar que o plot final é surpreendente. Na trama, Claudia é uma assistente social que está grávida e está muito feliz com isso após sofrer uma série de abortos espontâneos. Ela e seu marido James decidem então contratar uma babá, e é ai que entra Zoe na vida dessa família. Zoe parece ser a babá perfeita, mas sabemos que ela esconde um segredo. Além dessas duas protagonistas, temos um casal de policial que estão investigando um serial killer que está assassinando mulheres grávidas.

Sorrisos Quebrados fala sobre amor, perdão e segundas chances. Ele é tão sensível ao ponto de mostrar o lento passo à passo de uma mulher marcada na pele e na alma por um monstro, e ver como o amor faz com que ela comece a se curar de tudo que a atormentara. Na história Paola pensava que tinha o casamento perfeito. Mas na verdade ele era um verdadeiro monstro. Até que uma tragédia acontece e anos se passam e ela está em uma clínica. Nessa clínica, ela conhece uma garotinha chamada Sol que promete mudar sua vida. Por conta da convivência com Sol, Paola conhece André, o pai, mas todo trauma sofrido por ela no passado ela não se sente segura perto daquele homem imenso, como ela retrata André.


As melhores leituras da Geórgea

Posso afirmar com toda a certeza que esse primeiro livro da série “As Crônicas dos Mortos” é o meu favorito sobre zumbis. E não apenas esse, mas todos os livros que compõe a série. Além de ser de um escritor brasileiro, a trama se desenvolve no Brasil, traz elementos do livro do Apocalipse e mostra todos os desafios enfrentados por um grupo de sobreviventes. Em um primeiro momento, pode parecer que esse é apenas mais um livro sobre mortos vivos, mas aqui a história vai além, trazendo elementos sobre religião e juntando com uma ficção totalmente bem amarrada. Encontraremos aqui muito mais que uma batalha contra os zumbis, mas uma luta diária pela sobrevivência recheada com todos os questionamentos que assolam a humanidade. Se você, assim como eu, também é fã de zumbis, essa série tem que ser devorada por você!

Apenas imagine um mundo onde todas as mulheres são “Belas Adormecidas”, mas com um detalhe: se um príncipe ousar atrapalhar o seu sono, elas acordam iradas e prontas para atacar aquele que perturbou seu descanso. É isso que acontece com todas as mulheres do mundo, exceto Evie Black, uma misteriosa mulher que chegou a cidade de Dooling, e é a única que consegue dormir e acordar sem problema nenhum. Não demora para que questionamentos sejam levantados sobre sua origem e como ela é capaz de tal feito. Giramos em torno de uma trama que foca no fim dos tempos também, mas que traz toda uma roupagem diferente. Usando disso para criticar essa sociedade moderna onde o machismo parece ser lei. Um livro ideal para as mulheres, mas também para os homens que não sabem o que é estar na nossa pele.

O legítimo livo que faz com que levantemos o seguinte questionamento: afinal, é ou não é? Em Na Escuridão da Mente, a jovem Marjorie passa a ter um comportamento estranho, com frases desconexas, acessos de raiva e diversos outros fatores que deixam os seus pais muito intrigados. A resposta que ele encontram é: a sua filha está possuída por um demônio. É nesse momento que a vida dela e dos seus familiares é completamente exposta e virada do avesso. A invasão de jornalistas e veículos de comunicação passa a fazer parte do cotidiano deles e cabe a filha mais nova, a pequena Merry, narrar esses fatos posteriormente. Mas como acreditar em tudo que uma criança fala? Até que ponto tudo isso é real ou ilusão? Isso e muito mais você vai descobrir nessa história incrível e de tirar o fôlego!


As melhores leituras da Krisna

Tempos atrás eu encontrei em um sebo aqui da cidade, um livro chamado cinematerapia para a Alma. A proposta da obra era sugerir para o leitor filmes diversos indicados para assistir em momentos específicos da vida. Está se sentindo romantiquinha por causa de um crush? Filme A pode ajudar a elevar esse sentimento. Está meio deprê por conta de situações adversas que estão acontecendo ou achando que a vida está um pouco vazia de sentido? Filme Y pode ajudar a acalmar melhorar os ânimos. Adorei esse livro e fiquei encantada ao descobrir um exemplar com uma proposta semelhante, mas que daria a pessoa preciosas dicas de leituras para casos assim. Utilizando o alfabeto como uma espécie de guia de consulta, o Farmácia literária lista situações que vão de A a Z e que fazem parte da vida de qualquer pessoa. As obras variam de estilo e os autores são diversos; transitando de George Orwell a Machado de Assis com uma assertividade que beneficia demais o leitor. Além disso, diversas dicas estão espalhadas pela obra, dando
sugestões para facilitar a vida de qualquer apaixonado por livros. Então se você busca um livro que te dê sugestões literárias das mais variadas e que ainda por cima de uns toques sobre como curar ressaca literária, como ler mais ou simplesmente como ser menos compulsivo por comprar livros, essa é a pedida. Sem dúvidas uma das surpresas do ano e um livro que se tornou de cabeceira.

Você lê romance? Por qual motivo? Geralmente eu leio porque gosto dos sentimentos despertados em mim durante leituras deste tipo. Leio porque sinto o coração inflar de amor e recebo minha dose necessária de romantismo, já que nessas páginas isso vem muito mais fácil do que na vida real. Mas confesso que são poucos os livros capazes de ultrapassar a barreira do romântico clichê que eu leio para desestressar e chegar em um nível que os deixem sempre fresquinhos na memória. Mr. Romance foi assim. O livro que fala muito abertamente sobre a importância do romance na vida de alguém, e não digo só aquela necessidade de realizar desejos, fantasias e viver tudo aquilo que faz o coração bater forte e as pernas tremerem; a história vai além disso e fala sobre a importância de ter pelo menos uma dosinha homeopática desse sentimentos todos em nossas vidas. Flores, chocolates, aquela atração forte, a personificação daquilo que desejamos bem diante dos nossos olhos? Isso é incrível, mas alguém que simplesmente que nos reconheça tal qual como somos e ainda assim nos ame e nos admire, é ainda
melhor – mesmo que essa pessoa seja nós mesmos. É isso que a Leisa Rayven proporciona ao leitor nesta obra. A possibilidade de ir ao encontro das grandes e das pequenas coisas que deixam a vida mais leve, mais sensual e mais divertida.

Gosto de Sick Lit, mas confesso que não gosto da sensação meio down que alguns deles deixam quando terminamos a leitura. Comecei Para depois que eu partir com a sensação de que este seria um livro assim, talvez pelo fato de se tratar de uma história real – e sem a possibilidade de um final fantasioso e impossível. O livro é curto e muito forte, mas escrito de maneira tão leve, tão divertida que acho até estranho que esses adjetivos combinem com uma história que fala basicamente sobre a morte. Acredito que a grande sacada do livro e o que o transformou em um dos meus favoritos do ano, foi o convite
que recebemos para encarar nossos maiores medos observando-os através que perspectivas diversas. A certeza da finitude aqui é um tapa na cara daqueles que a gente precisa receber quando reclamamos de pequenas coisas que nem fazem tanta diferença assim. Por exemplo, que não vamos poder fazer aquele passeio porque está chovendo, ou que aquela viagem não será possível porque estamos sem grana, ou que nossa casa não é tão charmosa ou tecnologicamente equipada como a do vizinho. Sabe aquela caminhada que a gente tem preguiça de fazer e por isso pegamos o ônibus ou o carro? Então, ela pode esconder cores, pessoas e sabores que a gente nem imagina. E aquele livro parado que não lemos por preguiça? E aquele amigo que a gente não deixa se aproximar porque estamos em uma bad vibe? Eles podem ser exatamente aquilo que você precisa no momento. Esse livro fala disso, da gente se permitir aproveitar as grandes e as pequenas coisas da vida, ao lado de quem a gente ama; e da importância de se fazer presente e permanecer sempre por perto. Mesmo que por um tempo ínfimo, e por mais longe que a gente esteja.


As melhores leituras da Maíra

Meio sol amarelo é, em poucas palavras, uma narrativa forte, marcante e com personagens inesquecíveis. Centrada no contexto da Guerra Civil da Nigéria, também conhecida como a Guerra Nigéria-Biafra, a trama possui uma grande importância histórico-cultural, pois trata de um momento pouco conhecido por nós, brasileiros, que temos um cultura ainda muito eurocêntrica. Neste livro, temos a oportunidade de acompanhar os três duros anos durante os quais esta guerra se deu. Assim, além de ser um romance histórico brilhante, o foco que Adichie dá ao desenvolvimento dos personagens e, em especial, no quanto suas vidas e ações mudam no contexto da guerra, faz com que esta seja uma leitura também transformadora, pois nos conduz por meio de diversas formas de se lidar com a guerra, com a fome, com a política e, finalmente, com a tragédia.

Embora tenha sido escrito originalmente em 1985, “O Conto da Aia” sofreu um verdadeiro resgate neste ano, seja por conta da excelente adaptação para a televisão americana que revebeu, seja porque a eleição de políticos como Donald Trump nos aponta para um caminho perigosamente semelhante ao encontrado no livro. Mesmo já sabendo muita coisa sobre sua trama, pois por meses só se falou desta obra, quando finalmente comecei a lê-lo a autora conseguiu me surpreender. Isso porque, embora o aspecto político que vinha sendo ressaltado seja de fato bem forte, Atwood constrói uma narrativa muito baseada no estilo e que constantemente nos faz refletir sobre o ato de contar histórias e sobre o impacto de cada pequena decisão. Mesmo evitando ser particularmente gráfica, a autora constrói uma trama bastante pesada, densa e, principalmente, perturbadora.

Passando para um leiutra um pouco mais leve, outro livro que me conquistou em 2017 foi “A lógica inexplicável da minha vida”. Mantendo seu estilo de linguagem fácil com camadas mais profundas que podem, a princípio, passar desapercebidas, Benjamin Alire Sáenz constrói nesta obra um dos melhores YA que já li, pois consegue tratar de uma série de temas complexos de maneira que o leitor tem uma experiência prazerosa e, ao mesmo tempo, consegue crescer junto com os personagens.Esta é uma história em que a família, em toda a sua diversidade, ganha destaque e durante a qual o leitor nos fará parar para pensar não só na importância de valorizarmos a família a qual nos foi dada, mas valorizar mais ainda aqueles que fazem parte da família que descobrimos ao longo da vida.


As melhores leituras do Reinaldo

Jogador nº 1 foi daquelas leituras capazes de fazer você querer voltar no tempo. Ainda que a trama se passa em uma época futurista, as referências aos anos 80 são uma boa forma de sentir saudades de uma época que estava em pleno avanço tecnológico, científico, cultural e social. Eu nasci nos anos 90, mas grande parte da minha infância foi marcada por filmes e personagens originados na década anterior. Logo, foi uma grata surpresa ler esse livro e ir lembrando de todas aquelas coisas que há tanto tempo já ficou para trás. Além disso, claro, a trama é muito envolvente, no melhor estilo de ação e tecnologia, elementos chaves para eu curtir uma narrativa.

Duna foi uma grata surpresa de 2017. Há tempos eu ouvia falar desse livro, mas tinha receio em lê-lo e não gostar. Porém, encarei o desafio e li esse livraço que é de longe um dos mais bem construídos e desenvolvidos em termos de personagens, trama, contexto e universo. Foi uma leitura bastante densa, mas que a cada página me despertou ainda mais o interesse em descobrir o que viria a seguir. E a forma como o autor Frank Herbert tratava conceitos de ecologia e relações sociais é altamente crível. Não é à toa que até hoje é um dos mais importantes livros de sci-fi/fantasia já escritos. Além disso, derrubou o meu “preconceito” com livros grandes e extensos.

Nunca dei tanta risada quanto em Guerra do Velho. O personagem John Perry é bastante cômico e um tanto desajeitado, mas aos poucos vai engrenando na trama e dando forma ao universo, que foi para mim muito criativo e atrativo. Além disso, se não me falha a memória, é o primeiro livro com temática militarista que leio, e minha aceitação ao subgênero foi muito positiva. Logo, abriu portas para conhecer outros livros similares. O bacana desse livro, além do universo e da trama, é que ele é bem descritivo e ‘visual’, e acredito que daria uma ótima série de TV.


E ai, curtiu as dicas? Conta ai nos comentários quais foram os seus livros preferidos do ano pra gente também poder aumentar a TBR.

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