Atenção!

O filme possui cenas de violência e não é recomendado para menores de 14 anos e pessoas sensíveis ao tema.

Tenho certeza de que todos, se não assistiram, já ouviram falar de As Panteras, afinal, uma história que traz para as telonas personagens femininas na espionagem desde de 1970 deve sim ser reconhecida. Já tivemos as Charlie’s Angels como série de televisão com grandiosas 5 temporadas e estreladas por Jaclyn Smith, Farrah Fawcett-Majors e Kate Jackson que já questionavam e combatiam os estereótipos da época e colocavam pra quebrar.

Também tivemos nos anos 2000 a franquia de filmes estrelada por Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu que se tornaram a referência para as nossas super heroínas da vida real.  O único problema dessas adaptações era que, mesmo buscando quebrar alguns estereótipos, ou, até mesmo combater o “machismo” na espionagem/no cinema, os filmes ainda tinham a figura masculina na direção e produção dos longas e com isso a hiper sexualização das personagens.

E foi então, que em 2019, a mudança veio e tivemos o filme com o roteiro e a direção de Elizabeth Banks, que trouxe ainda as nossas agentes quebrando tudo e dominando o mundo, mas mantendo a classe e o respeito durante o longa na imagem e caráter feminino.

No filme ainda vemos a existência da sensualidade como arma para as nossas Angels, porém ela é agora inteligente e responsável. A sensualidade flerta com o humor e tem a carga respeitosa e feminista, o que faz total diferença para essa nova história e o momento que estamos vivendo.

O que eu pude entender com esse filme é: mesmo sendo uma sequência da história e dos elementos que já conhecemos, ele traz muita inovação e renovação para a história. Temos novas personagens extremamente maravilhosas que são: Kristen Stewart (Crepúsculo) como a personagem Sabina, que habilmente interpreta a angel mais engraça e ousada de todas, Ella Balinska (The Athena) como Jane, uma ex-agente europeia que é a melhor nas lutas e com toda certeza a mais forte do grupo e Naomi Scott (Alladin) que é novata Elena, a que inicia a história sento a contratante do serviço das espiãs e acaba sendo a nova integrante da trupe. E claro que além de dirigir e roteirizar Elizabeth Banks (Jogos Vorazes) também é Bosley na história, que seria como a líder do grupo das panteras, o que só enfatiza o quanto essa mulher é fantástica.

Temos também um grande elenco masculino nesse filme com nomes que estão realmente fazendo a diferença na telas como Noah Centineo (Para Todos os Garotos Que Já Amei), Sam Clafin (Jogos Vorazes), Djimon Hounsou (Guardiões da Galáxia) e Patrick Stwart (X-man), que fazem respectivamente grande diferença durante todo esse filme com grandes atuações que já são de se esperar.

A história gira em torno de uma empresa de tecnologia que acaba produzindo um projeto novo de energia sustentável, que pode acabar se tornando uma grande arma nas mãos erradas. Eu posso afirmar que GIRL POWER define completamente essa história, é muito palpável perceber isso pelas falas, pela temática e até mesmo as cenas de lutas e ação.

Temos comentários que, com um excelente humor, zomba do machismo ao mesmo tempo que taca o pau nos vilões. Os personagens masculinos são estereotipados algumas vezes e exageradamente explorados ao máximo para logo em seguida serem humilhados pelas espiãs, carregando para o filme uma atmosfera divertidíssima.  

Assim como nos outros filmes, sempre tiramos uma lição de cada uma das missões (sejam elas grandes, pequenas, individuais ou não) e nesse isso é muito bem retratado. As evoluções das personagens, de pessoas que mal se conheciam para amigas que fariam qualquer coisa para salvar a vida da outra é notória demais. Temos três personagens com posturas, atitudes e histórias de vida distintas que encontram umas nas outras apoio, onde se pode chorar, se divertir e admitir as fragilidades que se tem ao mesmo tempo em que se salva o mundo e dá um soco em uma macho por aí.  

Minha única crítica ao filme tem muito a ver com a forma como o roteiro se apresenta em alguns momentos. O filme surpreende demais com as reviravoltas, tem atuações excelentes e uma boa história, mas nos grandes momentos do filme ou momentos de impacto que deveriam ter mais força, não são tão bem reproduzidos. A carga exagerada de humor acaba deixando o filme muito simplório e pode não ser levado tão a sério assim pelos espectadores mais exigentes.

Mesmo assim acredito que As Panteras cumpriu muito bem seu papel de trazer a notoriedade (dessa vez certa) as nossas espiãs favoritas. As novas Charlie’s Angels são espertas, caricatas, carismáticas e representam com muito talento e habilidade como é a vida da mulher na espionagem da maneira certa (sem grande abusos na sensualidade).   

Vale muito a pena assistir e prestigiar essa nova fase em que Hollywood está trazendo, de nos levar a histórias antigas de maneira mais responsável e nos entregar história de qualidades, que de maneira nenhuma precisa ofender ou reduzir a grandiosidade de alguém. Corre conferir e aproveitar que o filme está disponível no TeleCine Play que eu tenho certeza de que você irá se surpreender.

AS PANTERAS

Diretor: Elizabeth Banks

Elenco: Kristen Stewart, Naomi Scott, Ella Balinska, Elizabeth Banks, Noah Centineo, Sam Clafim, Patrick Stewart, Djimon Hounsou e mais

Ano de lançamento: 2019

Sabina Wilson (Kristen Stewart) e Jane Kano (Ella Balinska) são duas Panteras que precisam deixar as diferenças de lado quando embarcam em uma aventura internacional junto à nova Bosley (Elizabeth Banks) e com a cientista Elena Houghlin (Naomi Scott). Elas precisam impedir que um novo programa de energia se torne uma ameaça para a humanidade e descobrir quem está por trás de um plano tão maligno.

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