Celular é do escritor Stephen King e foi lançado em 2018 pela Suma.

Sobre o livro

Clayton Riddell é um artista gráfico que está em busca de um emprego. Após um tempo procurando, a sorte parece sorrir para ele. Com a possibilidade de conseguir algum dinheiro, ele não vê a hora de sair de Boston e retornar para Sharon (sua ex-esposa que ele pretende reconquistar) e seu filho Johnny, no Maine.

No entanto, seus planos mudam de rumo quando um evento conhecido como “O Pulso” acontece no dia 1º de Outubro. Em um mesmo momento, todas as pessoas que estão a sua volta recebem um chamado no celular, ao atender, é como se uma força tomasse conta delas e as transformasse em assassinos impiedosos, como se fossem animais. Uma onda de violência, morte e sangue toma conta das cidades e Clay é um dos poucos sobreviventes, pois em uma época de tecnologias e comunicação, ele não possui um celular.

“Ao mesmo tempo, ergueu o próprio rosto manchado de sangue para o céu azul-celeste de outubro e uivou de uma maneira que parecia triunfante.”

Em meio a esse caos, Clay conhecerá pessoas, Thomas McCourt e a jovem Alice Maxwell que o ajudarão a sobreviver na sua esperança de retornar para casa e sua família. Juntos eles descobrirão mais sobreviventes em seu grupo de normies, pessoas que não foram afetadas, e desses estranhos zumbis que atacam e matam quem eles vêem. Com o tempo, eles descobrirão padrões, verão atrocidades, conhecerão mais aliados e aprenderão muito sobre o seu maior vilão que está por vir.


Minha opinião

Contrariando a maioria dos fãs de King, eu simplesmente amei essa história. Nosso escritor sempre gosta de destruir a raça humana, seja com um apocalipse causado por uma gripe, um desespero causado por uma redoma de vidro ou até mesmo aliens de outro planeta. Aqui, sentimos aquela crítica às tecnologias, principalmente eles, os tão temidos e amados celulares. Se você já se perguntou como seria um mundo onde eles são os vilões (de verdade!) aqui você descobrirá do que eles são capazes.

No começo ficamos perdidos e não entendemos o que está acontecendo. É quase um apocalipse zumbi, mas causado por, veja só, celulares. Seria tão maluco imaginar que isso realmente pode acontecer? Não digo exatamente zumbis, mas pessoas enlouquecidas e com sede de sangue. Isso está realmente tão na imaginação? O que sabemos é que eles nos deixam alienados e dispersos de tudo. E, em muitos casos, eles realmente causam mortes. Mas, transformar alguém assim?

Se em meados de 2006, quando o livro foi lançado pela primeira vez, os celulares não eram tão populares. Imagine agora com nossos smartphones os quais somos inseparáveis? Isso foi o que me fez pensar desde o começo, eu poderia ser uma das pessoas afetadas. Se isso realmente acontecesse, quanto tempo seria necessário até toda a população do mundo ser extinta?

“O nariz dela estava quebrado e esguichava sangue até o queixo. Uma contusão vertical estava inchando na sobrancelha, como uma nuvem carregada em um dia de verão.”

Clay foi um dos personagens que menos simpatizei do universo King. Apesar de sua devoção ao filho e necessidade de encontrá-lo, senti vários problemas em suas atitudes e falas. Enquanto Thomas, foi seu fiel escudeiro durante a jornada e também não acrescentou tanto a história – pelo menos para mim. Já Alice foi uma surpresa. A adolescente de apenas 15 anos encontra os dois homens após um trauma e busca neles apoio e conforto. Enquanto lia, era impossível não notar toda a sua liderança, protagonismo e transformação durante a jornada. De tímida e medrosa, ela vira forte e destemida e acaba por segurar as pontas em diversos momentos, além de ser muito importante para a sobrevivência de todos.

Em um ambiente apocalíptico, catastrófico e regado a mortes e destruição, descobriremos que em algum lugares ainda existe a amizade e o amor. Conforme a narrativa avança, vemos que os perigos escondidos nesse ataque são ainda maiores. Mas quem começou tudo isso? O que acontecerá com essas pessoas transformadas que ainda não morreram? Que mudança no padrão é essa e, o mais importante, quem é essa estranha figura que aparece no sonho de todos?

“Ainda havia algo lá, algo ainda andava às cegas no escuro. Algo que havia sido humano até as três da tarde daquele dia.”

Com uma narrativa alucinante e recheada de mistérios, acompanharemos a trajetória de um pai em busca de sua família. Contando com a ajuda de amigos improváveis que ele não conheceria antes desse trágico evento. E com um final totalmente digno, que não agradou diversos leitores, mas que, para mim, não poderia ser melhor.

 

CELULAR

Autor: Stephen King

Tradução: Fabiano Morais

Editora: Suma

Ano de publicação: 2018

Onde você estava no dia 1º de outubro? O protagonista Clay Riddell estava em Boston, quando o inferno surgiu diante de seus olhos. Bastou um toque de celular para que tudo se transformasse em carnificina. Stephen King – que já nos assustou com gatos, cachorros, palhaços, vampiros, lobisomens, alienígenas e fantasmas, entre outros personagens malévolos – elegeu os zumbis como responsáveis pelo caos desta vez. Depois de anos de tentativas frustradas, o artista gráfico Clay Riddell finalmente consegue vender um de seus livros de histórias em quadrinhos. Para comemorar, decide tomar um sorvete. Mas, antes de poder saboreá-lo, as pessoas ao seu redor, que por acaso falavam ao celular naquele momento, enlouquecem.
Fora de si, começam a atacar e matar quem passa pela frente. Carros e caminhões colidem e avançam pelas calçadas em alta velocidade, destruindo tudo. Aviões batem nos prédios. Ouvem-se tiros e explosões vindos de todas as partes. Neste cenário de horror, Clay usa seu pesado portfolio para defender um homem prestes a ser abatido, Tom McCourt, e eles se tornam amigos. Juntos, eles resgatam Alice Maxwell, uma menina de 15 anos que sobreviveu a um ataque da própria mãe. Os três sortudos – entre outros poucos que estavam sem celular naquele dia – tentam se proteger ao mesmo tempo em que buscam desesperadamente o filho de Clay. Assim, em ritmo alucinante, se desenrola esta história. O desafio é sobreviver num mundo virado às avessas. Será possível?

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