Como Eu Era Antes de Você é da aclamada autora Jojo Moyes e foi publicado aqui no Brasil em 2013 pela editora Intrínseca. A adaptação cinematográfica do livro ganha as telas em junho de 2016 com Emilia Clarke e Sam Claflin interpretando os protagonistas.

Sobre o livro

Louisa tem 26 anos e está meio sem ter pra onde ir na sua vida profissional. Sendo uma jovem desastrada, mas muito trabalhadora, ela não tem muitas ambições e trabalha em um café como garçonete a bastante tempo. Ela mora com os pais e ajuda financeiramente a família, além de ter um relacionamento que já dura anos com o namorado Patrick, alguém que parece manter o relacionamento por comodismo.

“A consciência da solidão doía mais que qualquer outra dor.”

Com o fechamento do café, Lou é obrigada a procurar um outro emprego e a única oferta válida é para ser cuidadora de um tetraplégico, um jovem rico, mal humorado e que não se conforma com a situação em que está. Will Traynor tem 35 anos e era acostumado a viver uma vida de aventuras, tinha um bom emprego e uma bela namorada, até que sofre um acidente e sua vida muda de vez.

Com isso ele planeja uma forma de acabar com esse sofrimento, mas Louisa pode trazer um pouco mais de luz pra vida desse jovem, tentando resgatá-lo do local sombrio onde ele se encontra.

Minha opinião

Eu protelei muito para ler esse livro pois sempre haviam pessoas exaltando ele desde o lançamento, o hype sempre foi enorme e nunca enfraqueceu, e como romance nunca é minha primeira escolha para leitura, Como eu era antes de você foi ficando de lado. Até que, no começo do ano, saiu o trailer da adaptação para o cinema e eu fiquei tocada somente com as primeiras cenas. Corri pra casa e fui ler a obra de Jojo Moyes para esperar a estreia.

Mais do que um romance sobre um casal ou um homem doente, esse livro é sobre amizade e superação. Sobre como é possível, com pequenas coisas, trazer a luz para a vida das pessoas e com isso buscar a melhora. Louisa é cativante e ela jamais muda sua essência durante todo o livro, o espírito otimista, as roupas que não combinam, os pensamentos engraçados, ela é simplesmente um amor e contagia o leitor com sua alegria.

Já Will, mesmo no começo sendo um personagem bem ranzinza, em nenhum momento fiquei de cara com ele ou o achei grosso demais. Ele tinha um sonho, uma vida, um planejamento de futuro e teve tudo isso retirado dele por um acidente. Ele descontar nas pessoas não é o ideal nem o certo, mas é compreensível.

“Mas, acima de tudo, eu me senti tomada de horror. Estava assustada com o que agora sabia. Como alguém pode viver com a consciência de que está apenas deixando os dias correndo até sua própria morte.”

Ao ver Louisa e ele se aproximando e observar o quanto a presença inspiradora dela vai aos poucos vencendo as barreiras de gelo que transpõem o coração desse jovem, é mágico. Torcemos por cada sorriso ou palavra gentil que surja e, claro, torcemos pelo final feliz.

Jojo Moyes aquece e quebra nosso coração em vários momentos desse livro e, acima de qualquer coisa, nos ensina que nem mesmo a mais pura das felicidade é capaz de torcer uma opinião quando já se desistiu. Will quer acabar com sua vida e logo quando descobrimos isso, essa morte induzida que ele pretende cometer, ficamos em estado de tensão, esperando que em cada momento de felicidade possamos ter um turning point. Se ele vem? Só lendo o livro pra saber, pois não quero estragar a experiência pra você.

Quando eu fiz a leitura eu já sabia o final e acredito que mesmo eu sabendo, vivi todos os sentimentos que o livro podia me dar sem tirar nem pôr. A escrita da autora é super fluída e você se vê tão imerso na história que é difícil lembrar do mundo ao seu redor. Pra mim que sou uma pessoa que passo o mais longe possível dos romances, ser fisgada assim é algo mágico. Sei que o ~poder do amor~ era o fator que poderia mudar toda a história, mas ela é tão mais sobre outras coisas e outras batalhas do que isso, que passamos a torcer pelos personagens independente do fim que venha a acontecer. Sabe quando você só quer que tudo de certo? Que as coisas acabem bem independente de como for? Pois é.

Vi algumas pessoas criticando a postura feminina, de que ela muda por causa dele ou passa a viver na sua órbita, mas não vi Louisa perdendo quem ela verdadeiramente é, simplesmente se aperfeiçoando, ficando mais forte, tentando ser forte pelos dois. Ele apresenta pra ela coisas novas, até mesmo dentro do amor, que ela não conhecia antes por viver uma vida medíocre em vários aspectos. Ela é subestimada inclusive pela família, mas num ambiente de “interior” essa é, infelizmente, uma realidade. Eu sei porque vim de uma cidade pequena, e as ambições são bem diferentes. Então, consegui me relacionar um pouco com a personagem e deixar o criticismo sobre esses aspectos mais de lado durante a leitura. Eu acreditei em Louisa, na magia que ela carregava consigo e no poder que uma alma boa e inocente pode ter sobre as pessoas, por mais ásperas que elas sejam.

A autora escreveu um segundo livro, dando continuação a história. Depois de você chegou às livrarias esse ano, mas não veio com tanto hype. Devido ao que já sei que vai acontecer, não pretendo fazer a leitura, quero guardar os personagens como me lembro deles no fim desse livro. Mas, a Erika, que é colaboradora aqui do blog, vai trazer a resenha pra vocês em breve sobre como a vida vai seguir em frente, dentro da trama desenvolvida aqui.

Acho que esse livro é capaz de cativar a todo mundo, pois até eu que tenho o coração um pouco gelado, fiquei derretida. Mesmo sendo uma história onde temos alguém doente, aqui temos a perspectiva da morte muito diferente. Ela não é uma questão médica ou de sorte. É uma escolha que você pode tomar ou não isso faz com que todo o sentimento com relação a isso seja diferente. Espero que vocês gostem tanto do livro como eu e deixem Jojo encher vocês de amor <3

Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Sua vidinha ainda inclui o trabalho como garçonete num café de sua pequena cidade – um emprego que não paga muito, mas ajuda com as despesas – e o namoro com Patrick, um triatleta que não parece muito interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor tem 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de ter sido atropelado por uma moto, o antes ativo e esportivo Will agora desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Sua vida parece sem sentido e dolorosa demais para ser levada adiante. Obstinado, ele planeja com cuidado uma forma de acabar com esse sofrimento. Só não esperava que Lou aparecesse e se empenhasse tanto para convencê-lo do contrário.