Dez coisas que aprendi sobre o Amor é da autora Sarah Butler, e foi publicado aqui Brasil em 2015 pela Editora Novo Conceito.
Sobre o Livro
Em Dez coisas que aprendi sobre o amor, vamos conhecer Alice, nossa protagonista e a mais nova das três irmãs. Alice nunca se sentiu bem na casa da família e sempre se culpou pela morte da mãe, com isso ela vive viajando, fugindo de si e indo de um lugar para o outro. Até que ela recebe a notícia de que seu pai está a beira da morte e ela precisa voltar pra casa se quiser se despedir.
Porém não é só isso que a assombra. Ela deixou pra trás uma relacionamento turbulento e vai precisar lidar com as irmãs, que não entendem sua sede por liberdade.
Alice faz listas. Listas de 10 coisas.
Nosso outro protagonista é Daniel, um homem que hoje vive na rua sobrevivendo à miséria. Ele teve um tórrido amor e desse relacionamento teve uma filha. Uma filha que ele nunca conheceu, mas que procura incessantemente. E, ao ver seu nome no jornal, graças a uma tragédia, se coloca um passo mais perto de a alcançar.
Daniel faz listas. Listas de 10 coisas.
Capa e Edição
Eu acho essa capa bonita, apesar de achar que há elementos demais. O título por si só já é um convite atrativo à leitura. Todo mundo tem condições de criar a sua própria lista de 10 coisas que aprendeu sobre o amor e, mesmo esse não sendo um livro de auto ajuda, talvez você se motive a pensar sobre esses dez itens.
A edição é padrão Novo Conceito, com bom tamanho de fonte e entrelinha e sempre um detalhe bonitinho ao iniciar um novo capítulo, que vem sempre precedido de uma lista, sobre alguma coisa.
Minha opinião
O livro me ganhou pelo nome e fui esperando uma história meio auto ajuda. Quebrei a cara. Dez coisas que aprendi sobre o amor é provavelmente o livro mais sensível e implícito que li esse ano. Ele diz tudo, sem dizer nada. Faz você sentir muito, com poucas palavras. Faz você pensar, sem trazer a densidade de um problema. É raso e fundo. Profundo e superficial.
É difícil de explicar? Muito. Mas o que posso dizer pra vocês é que, ao fim de cada capítulo escrito por Sarah Butler eu via meus olhos se encherem de lágrimas. A cada nova lista era uma aposta, será que agora tudo virá a tona? A cada conjunto de páginas uma sensação: rápido, rápido. A cada novo parágrafo o desejo de revelação, de entendimento, de conclusão.
Um pouco disso e ao mesmo tempo nada disso aconteceu nessa história e eu não sei explicar direito. Não é um best seller. Não é o melhor livro do ano. Mas é um livro sensível, bonito, simples e emocionante e é por isso eu acho que você deveria ler ele e como eu, ter os olhos marejados em alguns momentos.
A escrita de Butler é por vezes confusa, mas acho que é porque os personagens são assim: almas únicas. Parecem vários narradores, mas são só dois. Você descobre quem eles são e torce por eles. Pelos dois. Esse é um daqueles livros em que você não aceita algo diferente de um final feliz. E mesmo o final sendo tão vago quanto grande parte do livro, o amor vai inundar seu coração.
Essa é provavelmente a resenha que eu menos sei como fazer esse ano, porque é difícil por em palavras, é difícil expressar o que vai ser diferente pra cada leitor, porque vai puxar de cada um memórias ou sentimentos das coisas que viveu. Isso faz a diferença. Isso transforma Dez coisas que aprendi sobre o Amor em um livro que você precisa ler, em um livro que vai tocar você.


DEZ COISAS QUE APRENDI SOBRE O AMOR
Autor: Sarah Butler
Editora: Novo Conceito
Ano de publicação: 2015
Por quase 30 anos, quando a brisa de Londres torna-se mais quente, Daniel caminha pelas margens do Tâmisa e senta-se em um banco. Entre as mãos, tem uma folha de papel e um envelope em que escreve apenas um nome, sempre o mesmo. Ele lista também algumas coisas: os desejos e o que gostaria de falar para sua filha, que ele nunca conheceu. Alice tem 30 anos e sente-se mais feliz longe de casa, sob um céu estrelado, rodeada pela imensidão do horizonte, em vez de segura entre quatro paredes. Londres está cheia de memórias de sua mãe que se fora muito cedo, deixando-a com uma família que ela não parece fazer parte. Agora, Alice está de volta porque seu pai está morrendo. Ela só pode dar-lhe um último adeus. Alice e Daniel parecem não ter nada em comum, exceto o amor pelas estrelas, cores e mirtilos. Mas, acima de tudo, o hábito de fazer listas de dez coisas que os tornam tristes ou felizes. O amor está em todas as partes desta história. Suas consequências também. Sejam boas ou más. Até que ponto uma mentira pode ser melhor do que a verdade?