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Alcoolismo, homofobia

Love, Victor é uma série adolescente no mesmo universo do livro Com Amor, Simon de Becky Albertalli. Lançada em 2020, estrela Michael Cimino, Anthony Turpel, George Sear, Bebe Wood e Rachel Hilson. As três temporadas da história estão disponíveis no Brasil pela Star+/Disney+.

A mudança de cidade parece uma oportunidade para o jovem Victor (Michael Cimino) de mostrar mais de seu verdadeiro eu. Mesmo que em um primeiro momento a nova vida pareça perfeita, com novos amigos, uma vaga no time de basquete e uma garota legal interessada em si, sua ansiedade sobre sua sexualidade aumenta os dramas de sua vida adolescente.

Em crise, ele começa a trocar mensagens com Simon em buscas de conselhos sobre como lidar com as descobertas de sua sexualidade.

Love, Victor é o spin-off de uma história muito amada, mas brilha sem precisar se apoiar a todo tempo em referências.

É, na verdade, uma resposta aos problemas de Com Amor, Simon. Temos o reconhecimento de outras realidades e experiências de pessoas LGBTQIA+, como essa autodescoberta afeta suas relações, os momentos de dúvida e escolhas duvidosas para tentar de encaixar na heteronormatividade.

Segue o clichê de comédias românticas adolescentes: o ensino médio com seus grupinhos, a necessidade de se moldar para se encaixar e momentos convenientes para juntar os casais. O cenário é tudo o que já vimos antes, inclusive em Com Amor, Simon, mas ainda assim consegue ser divertida e passar uma sensação de conforto e acolhimento.

Isso se deve, principalmente, aos personagens. Do núcleo principal até os secundários, as personalidades são coerentes e suas dinâmicas e questões que aprofundam a trama.

É impossível não se encantar com o elenco principal. Victor, Felix (Anthony Turpel), Lake (Bebe Wood) e Mia (Rachel Hilson) são adoráveis; cometem erros e fazem escolhas ruins, mas nenhum drama adolescente tira seu charme. Felix, com seu jeito animado, apaixonado e um tanto estranho, é o maior destaque, o amigo fiel que todos gostaríamos de ter, aquele que sentimos que temos que proteger a todo custo.

Muito destaque é dado a família de Victor, os Salazar. Eles representam um dos maiores obstáculos de Victor em sua jornada, e é interessante ver essa relação que já foi muito boa ir mudando conforme os segredos de cada um são revelados. Ao que Com Amor, Simon apresentou uma dinâmica familiar muito simples, a série decide se aprofundar no impacto que a família, a religião e tradição inegavelmente tem e as formas como é possível superar as barreiras para reconstruir uma relação.

Curiosamente, os romances de Victor não chegam perto de ser o maior destaque, na realidade, muito poderia ser feito para melhorar a química dos personagens. Benji (George Sear) não tem uma personalidade muito marcante além de ser um garoto gay mais experiente, é um primeiro amor bom para o jovem Victor e essa é a única justificativa para ficarem juntos.

Felizmente, esse é um caso em que a história não é limitada ao romance para mostrar as experiências LGBT+. É uma série recheada de assuntos, com muitos dramas que permeiam os personagens e chances para se relacionar, o que torna a falta de química um problema ignorável.

Love, Victor é uma série que foi esquecida muito rapidamente, mas que mata a saudade de uma boa comédia romântica adolescente, com o adicional da realidade LGBTQIA+ e com ótimos personagens para se apegar.

LOVE, VICTOR

Elenco: Michael Cimino, George Sear, Anthony Turpel, Bebe Wood, Isabella Ferreira, Mason Gooding, Rachel Hilson

Ano de lançamento: 2020

Além da mudança de cidade, problemas na família e novos amigos, Victor enfrenta os desafios da adolescência como um jovem gay.

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