Acredito que todo mundo já ouviu falar sobre o He-man e sua famosa frase de efeito “Pelos poderes de Greyskull”. Ainda na época em que o desenho do herói estava sendo passada na TV, foi criada a She-ra, como uma forma de atrair o público feminino para o mundo daqueles dois seres poderosos. Eu não sei vocês, mas eu nunca me interessei muito e nunca conheci muito sobre a She-ra. Pelo menos não até ver a dona Netflix lançando um remake alguns anos atrás.

She-ra e as Princesas do Poder foi produzida pela Noelle Stevenson, autora de Nimona, em parceria com a DreamWorks. A série acompanha Adora, uma menina criada como soldado dentro da grande facção conhecida como A Horda. Lá dentro ela é ensinada sobre um mundo onde o poder das Princesas é destrutivo, que entrar em contato com elas lhe fará mal e muitas outras coisas que ela própria descobre serem mentiras quando se encontra perdida na floresta e se encontra com Arqueiro e Cintilante.

Logo que comecei a assistir a primeira temporada, eu fiquei extremamente vidrada. Eu amei os personagens, o humor, a arte, os desenhos, a história. Em especial, o relacionamento da Adora com a Felina.

Assim como a Adora, Felina cresceu dentro da Horda, e foi ensinada as mesmas coisas. Então, quando sua melhor amiga se encontra ao lado das princesas, Felina não só sente ciúmes como também se sente traída.

Eu amei como a relação entre as duas foi trabalhada, levando em consideração os dois lados e explicando os dois pontos de vista. É um dos aspectos mais interessantes de toda a série e que mais me animou para assistir.

Outra coisa que achei muito bem feita foi a ameaça do inimigo. Aos poucos, a Horda se torna uma ameaça cada vez maior, de forma orgânica e fazendo sentido. A séria trabalha muito bem os antagonistas dando a eles boas histórias e personalidades impactantes. Além disso, a série adiciona problemas exteriores e vai complicando a trama.

A única coisa que achei ruim de toda essa experiência foi a última temporada. A trama principal teve seu arco todo muito bem trabalhado e sinto que tudo acabou no tempo certo e como devia ser. Mas gostaria que os relacionamentos entre certos personagens tivessem tido mais tempo, não só para se desenvolver e amadurecer, como também umas cenas extras para mostrar como eles seguiram a vida após tudo ter acabado. Fiquei com a impressão de que algumas coisas foram feitas na correria e, por isso, esses detalhes ficaram perdidos no churrasco.

Mas dito isso, todo o resto é sucesso. A dublagem brasileira é excelente, personagens femininas maravilhosas e fortes, e todo tipo de diversidade nessa série linda. Inclusive, uma das princesas, a Entrapta, foi confirmada como sendo autista. Acho importante conhecer esse detalhe antes de assistir a série, pois as ações da Entrapta têm mais sentido quando se sabe do seu autismo (inclusive ela é uma das minhas preferidas).

A série trabalha muito a amizade a partir de diversos aspectos. Amizades coloridas, amizades toxicas, amizades novas e diferentes tipos de brigas que acontecem entre amigos. O poder da amizade é quase uma entidade em si e eu achei belíssima a forma como tudo foi mostrado na série.

Outra coisa que acho importante ressaltar aqui é a nova She-ra, sem ser desenhada de uma forma erotizada e sim como uma mulher forte e brilhante. Amei demais.

Essa é uma série que se pode assistir com a família toda, com muitas lições importantes e que me deixou ansiosa pelo próximo episódio sempre que assisti. Depois de terminar a primeira temporada, pensei que fosse demorar anos até lançarem mais… quando vi, a série já tinha acabado e eu sem entender nada. E então, quando sentei pra assistir novamente, assisti quatro temporadas em menos de uma semana. Então assim, galera, vício né.

She-ra conta com cinco temporadas no total, todas disponíveis na Netflix.

SHE-RA E AS PRINCESAS DO PODER

Diretor: Noelle Stevenson, Chuck Austen

Elenco: Lina Mendes, Flávia Saddy, Fernanda Baronne, Guilherme Briggs, e outros.

Ano de lançamento: 2018

Em She-Ra e as Princesas do Poder, antes princesa, a corajosa Adora agora leva a vida como a superpoderosa She-Ra. Após se juntar à Rebelião, ela assume a difícil missão de proteger toda a humanidade do mal. O único problema é que sua melhor amiga ficou do lado da Horda do Mal.

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