Édipo Rei é uma peça teatral escrita por Sófocles e faz parte da trilogia Tebana, encenada em 430 a.C, aproximadamente. Publicado no Brasil pela L&PM Pocket em 1998.

Sobre o livro

Tebas está sendo assolada pelos deuses. O solo se tornou infértil, as mulheres não conseguem gerar mais filhos e a doença persegue animais e pessoas. O povo suplica ao Rei Édipo que descubra o que motivou a ira dos deuses.

“Se deves reinar sobre esta terra como reinas hoje, não é melhor que ela seja povoada que deserta? Uma fortaleza, um navio de nada servem, se não há homens para ocupá-los.”

Posição 33-35, versão ebook.

Édipo envia seu cunhado, Creonte, para o templo de Apolo em busca de orientação para salvar a cidade. Lá o deus revela o que o povo de Tebas terá que fazer para expurgar a impureza que drena a vida em Tebas e restaurar a sua antiga glória.

Édipo se compromete a seguir as orientações de Apolo sem imaginar as consequências que sua fala imprudente trará.


Minha opinião

A peça não era um gênero que tinha o habito de ler, mas resolvi diversificar durante uma ressaca literária e foi a melhor coisa que eu fiz na vida. O gênero é fácil e rápido de ler, a peça em questão parece simples, mas a trama é intricada e cheia de reviravoltas. Impossível largar!

Édipo é um rei amado pelo povo, bom governante, marido e pai. Toma como incumbência a orientação de Apolo para remover a imundície de seu reino e libertar a cidade. A personalidade dos personagens não é desenvolvida já que o foco da peça está no enredo.

Nosso protagonista fugiu de casa após ouvir uma profecia terrível. Temendo ferir quem mais amava e praticar um ato atroz, abriu mão de uma vida abastada para perambular pelo mundo e escapar do seu destino. Em suas andanças conseguiu desvendar o enigma da esfinge e livrou Tebas do inimigo, tornando-se o novo rei. Todavia, o mal se abateu mais uma vez sobre Tebas e desejando salvar seu povo uma segunda vez promete fazer justiça ao antigo rei.

Vários temas permeiam a trama sendo o principal, o destino. Será que estamos predestinados? É possível escrever o nosso próprio destino?

“Tirésias, tu que percebes tudo, tanto o que se ensina quanto o que permanece interdito aos lábios humanos, tanto o que há no céu quanto o que há na terra, sabes, mesmo sendo cego, do flagelo que assola Tebas. Cremos que somente tu, senhor, poderás nos proteger e nos salvar contra ele.”

Posição 192-193, versão e-book.

O clímax é surpreendente. Não só o que descobrimos, mas a desgraça que o personagem traz para si, por causa de sua imprudência. A peça faz parte de uma série conhecida como a trilogia tebana, da qual fazem parte Édipo em Colono e Antígona.

Sófocles foi um célebre dramaturgo e poeta que produziu cerca de 120 peças. Costumava participar de concursos em Atenas. Infelizmente da sua extensa obra, apenas sete tragédias completas restaram: Ájax, Édipo rei, Édipo em Colono, Antígona, Electra, As Traquinias, Filoctetes.

O auto virou meu dramaturgo favorito e saber que a maior parte de sua obra se perdeu me entristece. Li 4 peças dele e nenhuma me decepcionou. Vale a pena sair da zona de conforto e conhecer essa obra e esse autor maravilhoso.

ÉDIPO REI

Autor: Sófocles

Tradução: Paulo Neves

Editora: L&PM Editores

Ano de publicação: 1998

Édipo, rei de Tebas, acredita ser filho do rei Pôlibo de Corinto e de sua rainha. Ele havia se tornado governante de Tebas depois de salvar a cidade desvendando o enigma da Esfinge que vinha devorando os tebanos, incapazes de decifrar os enigmas propostos pelo monstro. Como Laio, o rei de Tebas havia sido morto durante uma viagem, Édipo casa-se com a rainha viúva, Jocasta, e assume a coroa.

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