Após um momento conturbado para o relacionamento entre Iván e Patrick, ambos finalmente estão juntos como namorados e comprometidos a que nada mais os atinja. Só que nada e ninguém da escola Las Encinas é intocável e todos podem sofrer consequências dolorosas.

Após sair de uma festa e cruzar uma rua, Iván é atropelado. O por quê e por quem se torna uma icógnita onde precisaria entender tudo o que aconteceu momentos antes. Todas as conturbadas relações, traições, medos, pesadelos, obsessões, dores, novos romances e decepções aparecem em meio a isso.

Dando continuidade a esta série um tanto quanto polêmica mas que agradou a muitos fãs brasileiros principalmente com o protagonismo de Iván (André Lamoglia), a sexta temporada é marcada por uma ruptura grave com a origem da série. O que isto quer dizer? A sexta temporada extinguiu todo o elenco originário, permanecendo somente com personagens que vieram temporadas depois.

É muito comum nas séries (principalmente quando elas se estendem muito) que alguns dos personagens saem do elenco. Piora ainda mais quando são protagonistas. Agora, imagina uma situação onde não há nenhum personagem principal e secundário que esteve desde os primeiros episódios e que se estendesse até a nova temporada de estreia. Para mim é como se um spin-off se abrisse e um novo marco para a série iniciasse.

Confira as temporadas anteriores

Mesmo assim tentei relevar. A cada final de temporada, nós sabemos que certos personagens não irão aparecer mais. Foi assim durante 5 temporadas. E claro, nesta sexta não escapou disto também. E da forma como foi sinalizado, muito dos personagens principais (aqueles que restaram) sairão de cena. E tudo indica que a série cada vez mais cairá por conta disso.

Por outro lado acredito que esta sexta temporada deu um salto muito grande ao abordar questões intrínsecas para a sociedade: o abuso emocional, a violência psicológica e física e a própria justiça perante a violação. Estes elementos foram bem trabalhados. Há um destaque também, porém menor, para a intolerância contra a diversidade sexual. Há também a vinda de um personagem trans. Mesmo assim há elementos que contrapõem estas qualidades: os personagens tomam decisões absurdas e fora do contexto do que são. Passou a ser em certos momentos ridículo acompanhar as decisões deles sem pé nem cabeça. Trair se tornou algo fácil de se fazer e perdoar aquele que o faz.

Além disso, a série consegue manter minhas críticas que fiz há 4 temporadas atrás: todo episódio há um momento de festa onde todo mundo bebe até apagar (ou quase) e há um padrão para os episódios como se fazer o roteiro de uma nova temporada já tivesse um script pronto.

Ah, claro. O principal não pode faltar para ser comentado: o suspense. Quem atropelou? Por quê? Como ocorreu? O que diachos estava acontecendo? Sou suspeito para dizer que o final da série foi até interessante e de fato surpreendeu. A construção dos acontecimentos para chegar até onde chegou foi bem planejado. O principal problema se encontra na construção dos personagens. E infelizmente é um erro que a cada temporada isto mais se arrasta. Resta saber qual será o destino desta série.

ELITE (6° TEMPORADA)

Diretor: Carlos Montero.

Elenco: André Lamoglia, Manu Rios, Carla Díaz.

Ano de lançamento: 2022

Na 6ª temporada de Elite, a série introduz novos alunos ao colégio Las Encinas. No entanto, depois da morte de outro estudante, um deles tenta encobrir o seu passado escandaloso. Os conflitos que envolvem racismo, machismo, abuso doméstico e homofobia continuam a ocorrer com frequência na prestigiosa escola, fazendo com que os alunos tomem as rédeas para erradicar esses problemas.

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