A Música de Erich Zann é um conto do famoso escritor de terror H. P. Lovecraft e teve sua primeira publicação em março de 1922.

A história começa com um jovem estudante de metafísica procurando uma casa no endereço da Rue d’Auseil. Por mais que ele se esforce, o lugar que ele procura parece ter sumido. Não seria algo tão estranho se ele próprio não tivesse morado lá por tanto tempo. Visivelmente debilitado – tanto física quanto emocionalmente –  ele volta no tempo e narra a sua história, de como foi parar nesse local.

Com parcos recursos e procurando um lugar para morar, o rapaz acaba chegando nessa rua que ninguém ouviu falar. Um lugar praticamente desabitado, com um aspecto muito feio e sombrio. Numa rua íngreme e estreita ele conhece o dono do local, o paralítico Blandot. Poucos quartos estão habitados, por isso, o jovem se espanta ao ouvir uma estranha melodia vinda do sótão. Ao questionar Blandot sobre isso, é informado que lá reside um velho tocador de viola. Essa homem é conhecido como Erich Zann, ele é descrito como uma pessoa muito estranha, que se apresenta à noite na orquestra de um teatro barato, mas que tem uma particularidade: é mudo.

O jovem passa a nutrir grande interesse por Erich e fica ouvindo suas músicas que parecem algo único e jamais ouvido antes. Ele tenta uma aproximação com o homem e eles acabam travando um início de amizade. Talvez seja esse um dos maiores arrependimentos desse universitário que nem imagina os segredos que esse homem esconde com sua música e sua única janela do quarto.

Que conto incrível. Logo que comecei, já fiquei presa por sua história. A curiosidade me inquietava e eu precisava descobrir mais sobre o misterioso Erich Zann. Essa melodia tão esquisita e envolvente me intrigou desde o começo, que música seria capaz de despertar tantas sensações em uma pessoa? Um velho estranho e com uma vida fora do comum, que faz uma música maravilhosa, mas mantém todos a uma distância segura. Logo de cara sabemos que existe algo diferente com ele. Um homem tão isolado e taciturno, que ninguém sabe sobre a vida presente ou o passado, nem mesmo se o nome que ele assina é o seu verdadeiro nome.

Fiquei apreensiva pelo jovem que narra a história. Por muitas vezes quis alertá-lo sobre o perigo iminente, mas, ao mesmo tempo, queria que ele desvendasse logo esse mistério. Eu não sabia o que esperar dessa amizade, um tanto estranha, que ele iniciou com o solitário músico. Sabemos muito pouco sobre os dois protagonistas dessa história. Passamos a maior parte do tempo envoltos em um clima de tensão à espera do próximo evento que acontecerá. Cabe ao leitor imaginar mais sobre as duas figuras principais desse conto.

A descrição minuciosa de Lovecraft faz com que fiquemos imaginando tudo que está na nossa volta. Ele não economiza nos detalhes e situa o leitor, como se ele estivesse presente também. Nos momentos mais apavorantes eu sentia que estava junto com esse jovem. Enfrentando a escuridão, o sobrenatural, o desconhecido. Desde o começo sabemos algo não está certo nessa história, por o jovem está a procura de um lugar que já existia, mas que parece ter desaparecido do mapa. Dito isto, traçamos diversas teorias na nossa cabeça e queremos entender qual o motivo da sua debilitação e receio de encontrar o local.

 

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