Os Outros Deuses é um conto escrito por H. P. Lovecraft e publicado em 1921. É uma história bem curta, cerca de quatro páginas, e especula as razões pelos quais os deuses se afastaram da humanidade.
A trama narra uma época onde os deuses já não se manifestam à presença do homem. Há muito tempo atrás, os homens começaram a “expulsar” os deuses para lugares mais longes e altos, até o momento onde eles nunca mais foram encontrados. Apesar disso, sabe-se que os deuses fizeram da montanha Ngranek sua morada, e ali proibiram a presença de qualquer ser humano.
Sendo um dos mais estudiosos sobre deuses, Barzai acreditava que sua sabedoria o protegeria das armadilhas divinas e, junto com seu discípulo Atal, decidiu escalar uma das montanhas visitadas pelas divindades. Barzai se sentia certo de sua missão, e acreditava que a partir daquele dia, humanos e deuses restituiriam sua aliança há tanto tempo perdida.
Os Outros Deuses não desperta medo, nem mesmo chega a assustar, mas explora uma questões inerentes à humanidade: a nossa incansável busca por deuses. De forma clara, o personagem principal tenta compreender porque eles existem, porque se afastaram e qual a nossa relevância dentro disso tudo.
O conto é uma pequena jornada pelo auto conhecimento, mas que às vezes, pode nos levar à loucura. Barzai, mesmo sendo um sábio e há muito tempo tendo estudado tudo sobre os deuses, ainda não sabia de várias coisas, e uma delas era, de fato, quem eram os deuses. Eram esses deuses seres benevolentes ou não? Eram à nossa imagem, ou incompreensivelmente diferentes? Enquanto procura pelas respostas, Barzai divaga em sua mente e aos poucos vai perdendo a noção de realidade. Enquanto ele está convencido de que teria contato com os deuses, Atal mal consegue compreender o que ouve e se deixa ser tomado por pavor. Atal não se sentia preparado para estar à frente dos superiores, e temia por sua sanidade.
Oficialmente este foi meu primeiro contato com o autor, apesar de já ter ouvido falar dele várias vezes, principalmente por causa de seu personagem mais célebre, Cthullu. E posso dizer que, mesmo com uma história curta, gostei da forma como o autor nos conta os eventos. Há um grande senso de perfeccionismo nas descrições dos locais, tanto que é possível imaginar até mesmo os mínimos detalhes que ficam subentendidos.
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