Queria ter vindo aqui falar sobre várias coisas, mas a vida anda meio corrida e com exceção das resenhas, não estava conseguindo produzir nada, o que é super ruim, levando em consideração que sempre quis manter a diversidade por aqui e acabei perdendo várias pautas. Pensando nisso, e no fato de que não posso voltar atrás, hoje vou comentar várias coisas que andam acontecendo e eu gostaria de manifestar minha opinião.

E que assunto melhor pra começar, do que feminismo? Talvez, você erroneamente tenha pensado que eu iria falar sobre o feminismo nos Jogos Vorazes, mas não é isso não. A pauta aqui é o crescimento e destaque dos movimentos feministas de forma mais saudável, explicativa e consciente junto a sociedade. Iniciativas como a #PrimaveraDasMulheres, que colocou várias líderes de movimentos na revista Época. A hashtag #amigosecreto para denunciar o assédio e machismo, e na luta pela legalização do aborto o uso da #AgoraÉQueSãoElas.

revista-epoca-edicao-909-a-primavera-das-mulheres

O movimento amadureceu, cresceu e finalmente vem ganhando o destaque e valor que merece. Prova disso é ser o tema da prova do ENEM 2015 e, com isso, pôr milhões de jovens a pensar sobre o assunto. Porém, ainda é triste ver que muita gente desconhece o verdadeiro significado da luta e prefere se abster ou repudiar. Ser feminista não é ser lésbica, não é ser infeliz, não é não poder fazer as unhas ou ser casada ou ter filhos. Ser feminista é poder ser o que você quiser, como você quiser, sem o julgamento ou a redução frente aos olhos da sociedade.

Como já dizia Malala, feminismo é um outro nome para a igualdade.

Um caso que chamou muito a atenção, em um programa que todo mundo anda assistido, foi a caso da menina de 12 anos que foi “assediada” virtualmente no MasterChef Júnior. Ao invés dos autores serem punidos, a menina é que foi convidada a se retirar do programa. Digam-me, onde está a postura correta nessa história? E aqui a pauta talvez nem seja feminismo, mas pedofilia mesmo.

Não vou entrar no cerne da questão porque isso geraria um post enorme, e nesse momento eu gostaria apenas de manifestar minha opinião e dizer que sou feminista fim e me orgulho disso. Sou mulher, sou sensível, choro, luto, brigo, supero, trabalho, sobrevivo, e quero ser respeitada igualmente por tudo isso.

divisoria

O segundo tópico são os Jogos Vorazes. No dia 28/11 fui em um evento aqui em POA sobre a saga e acabamos entrando em várias discussões legais lá, e uma das mais importantes ao meu ver é sobre o que realmente Jogos Vorazes veio nos ensinar ou alertar, e que muita pouca gente realmente levou em consideração.

poster-hunger

Não vou bancar a hipócrita ou “poser”, como alguns podem querer dizer, pois eu não li a obra de Suzanne Collins e na verdade, só assisti aos três primeiros filmes. Porém, mesmo tendo a limitação de não conhecer a escrita dos livros – erro que será corrigido ano que vem – quero dizer pra vocês que entendo a mensagem da história e que ela não tem nada a ver com romance, como muitos quiseram que fosse.

Jogos Vorazes é um alerta a sociedade sobre como o mundo pode se transformar em uma situação ainda mais violenta do que já é, sem que muita coisa drástica precise acontecer. The Hunger Games é uma trilogia sobre política e sua influência sobre a sociedade e seus atos, e quem a Katniss vai escolher ficar no final é somente um chamarisco para os menos providos de conhecimento, ou para quem apenas quer entretenimento.

O que me fez vir aqui falar sobre isso é o fato de ver as pessoas reclamando que os últimos dois filmes não são tão bons assim porque tem menos ação e menos romance. Sabe porque tem pouco? Porque o foco é outro. O foco é a política, é a condição social, é a imposição do governo, e posteriormente, o empoderamento do povo. Quer romance? Vá ver outro filme, por favor. E mais importante, pare de criticar uma obra que é tão maior que o seu cérebro, caso seja só romance o que você veja nela. 3Beijos.

divisoria

Sobre coisas aleatórias, poderia falar diversas coisas, como a série Jessica Jones, que to curtindo bastante, ou o fato que assisti as 8 temporadas de How I Met Yout Mother em 1 mês, ou ainda sobre minha mudança de emprego, ou quem sabe sobre esse negócio de impeachment?

Na real, queria desabafar sobre o quanto o mundo tá bizarro e triste. Eu estava lendo um livro sobre o Holocausto e pensando: que absurdo isso ter acontecido, como deixaram isso acontecer? E ai percebi que aquilo acontece em proporções menores por todo o mundo a todo momento e que aqui estamos nós fazendo um monte de nadas. Mariana e o atentado a Paris são exemplos distintos, mas exemplos.

Posso citar Porto Alegre como outro exemplo de caos. Taxistas atacando e agredindo motoristas do Uber, cinco ônibus e uma lotação incendiados simultaneamente em lugares diferentes da cidade, e uma reportagem da minha cidade natal que me deixou muito triste: um homem que havia agredido e arrastado um cachorro pela rua e o trancado em um bueiro.

Eu nem tenho o que dizer.

Por favor, pare o mundo que eu quero descer :(

 

Relacionados

Destaques

Insta
gram

[jr_instagram id='3']

Parceiros