O segundo episódio da oitava temporada foi claramente uma ode aos personagens. Como os produtores disseram, uma carta de amor.

Ele começa de forma tensa, Jaime sendo “julgado” por Daenerys, na minha opinião foi a cena que deixou mais clara a influência do Jon sob a Daenerys, dá para perceber o que a opinião dele significa para ela.

A conversa entre Bran e Jaime era algo há muito tempo esperada e não decepcionou, inclusive nesse episódio finalmente aprendemos o porquê de o Rei da Noite ir atrás dos Corvos de Três Olhos.

A atuação da Emília Clarke (Daenerys Targaryen) é de tirar o chapéu, muitos fãs comentaram que houveram vários indícios da teoria da Rainha Louca, já que as expressões dela mudam de tom em fração de segundos, assim como as opiniões dela. Algo que me agradou bastante foi a conversa dela com o Jorah, para mim dá bem ao entender que ele é a “consciência” dela. O que a faz raciocinar direito e tomar as decisões certas, além de se sentir culpada pelas erradas.

Jon Snow (ou Aegon Targaryen) não teve tanto destaque no episódio, afinal Game of Thrones não tem protagonistas, mas há cenas marcantes entre ele e seus irmãos da Patrulha da Noite. É lindo ver o quanto os personagens mudaram, principalmente Sam, sendo o que mais evoluiu, passando de um menino que se auto declarava um covarde para um homem que se recusa a não lutar por aquele que ama. Inclusive a cena dele com o Jorah concedeu a Sam o título de melhor pessoa de Westeros.

Uma falha para mim nesse episódio foi a volta do lobo do Jon, Fantasma, ele aparece por poucos segundos em uma cena, mas ninguém menciona o nome dele ou como ele chegou lá, acabou ficando bem mal feito.

A cena em que Daenerys e Sansa conversam é maravilhosa, e para mim é incrível ver tão pouco explícito que as principais governantes de Westeros são mulheres. Fiquei muito feliz quando a Sansa pergunta sobre o Norte, condiz muito com a história e dá boas pistas sobre o que pode acontecer.

O reencontro da Sansa e do Theon foi um dos pontos altos do episódio para mim, uma cena realmente emocionante, ver eles lutando lado a lado depois do que passaram é excelente.

O romance de Arya e Gendry se concretizou, apesar de bem construído achei que destoou um pouco da personagem, mas entendo que agora ela é adulta e uma cena dessas era inevitável em algum momento.

Uma cena que me agradou bastante foi entre a Missandei e o Verme Cinzento, dando algum destaque para os personagens com seus próprios objetivos, mostrando que não são apenas servos.

A cena que, para mim, foi a Brienne se tornando cavaleira, depois de tudo que a personagem passou era mais do que merecido e a cena foi perfeitamente construída, consolidando ainda mais a relação dela com o Jaime (não necessariamente amorosa).

O reencontro do Jaime e do Tyrion foi perfeito para os personagens e me deixou bem feliz.

Gostei bastante do final, a forma como Jon contou a Daenerys quem era e sua reação diz tudo sobre a personagem, ela sempre quis o Trono de Ferro e nada vai ficar em seu caminho.

Uma coisa que não dá para reclamar muito – por ser Game of Thrones – porém me incomodou um pouco é que nenhum dos dois pareceu de fato perceber que são parentes, ambos imediatamente só pensam no Trono.

O episódio termina no que será provavelmente o início da Batalha de Winterfell, episódio que vai ao ar dia 28 de Abril (próximo domingo).

Não é um episódio com muitos acontecimentos, o mais marcante sendo a cena da Brienne, mas dá o tom de final da série e um pouquinho de felicidade antes das – prováveis – mortes do próximo. A calmaria antes da tempestade.

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