God of War é dos autores Matthew Stover e Robert E. Vardeman, e foi lançado em 2012 pela editora Leya.

Sobre a história

Reza a lenda que existe um guerreiro espartano extremamente habilidoso e destrutivo. Seu nome é Kratos e ele é conhecido como Fantasma de Esparta. É fácil reconhecê-lo, basta ver as tatuagens vermelhas que marcam o seu corpo e as lâminas que ele carrega, literalmente, nos seus braços. Mas, além de tudo isso, a fúria que emana dele e a força brutal com que ele assassina seus inimigos – e por vezes até inocentes – é o que mais você irá lembrar.

“Ela já foi chamado de Fantasma de Esparta. Ele já foi chamado de Punho de Ares e de Campeão de Atena. Ele foi chamado de guerreiro. Um assassino. Um monstro. Ele foi todas essas coisas. E nenhuma delas.”

Após anos servindo aos deuses do Olimpo, agora ele quer vingança. E não quer vingança de qualquer deus, ele quer matar justamente Ares, o deus da guerra. Kratos possui contas passadas a acertar com ele. Para tanto, contará com a ajuda de outros deuses em sua jornada atrás de uma relíquia que é capaz de matar esse gigante.

Desbravando terras perdidas e enfrentando monstros inimagináveis, ele buscará uma forma de vingar seu passado. Nessa incrível jornada, com várias reviravoltas, muito sangue e traições, ele nos mostrará, aos poucos, o seu passado e seus pensamentos mais ocultos. Prepare-se para embarcar nessa viagem onde você encontrará tudo o que só conhecia dos livros de história.


Minha opinião

Diferente da opinião geral, não acredito que Kratos seja um “anti-herói”. Para mim, ele é um vilão mesmo. Formei essa opinião quando conheci os jogos e vi aquele guerreiro implacável e cheio de ódio que não via nada de errado em ser um assassino, mesmo de inocentes. Mas, apesar de todas suas maldades, ele não deixa de ter um certo carisma e sabe como conquistar uma legião de fãs. Seja por suas façanhas ou até por frases ácidas.

Para quem gosta de mitologia grega, esse livro é um prato cheio. Aqui, você não vai apenas conhecer os deuses, você verá o que eles pensam e falam e, também, o lado mais maldoso que existe neles. Você não vai apenas ler sobre batalhas contra Medusa ou hidras, você participará, juntamente com Kratos, de toda essa odisseia. Você se sentirá um espartano em um campo de batalha.

Eu, particularmente, adoro livros que contem histórias de jogos. Por isso, ao pegar esse, pensei que seria uma paixão à primeira vista. Porém, estava enganada. Apesar de ser uma história intrigante e que gira em torno de seres que admiro, não fiquei tão empolgada, acho que por já conhecer a história do jogo. E por já saber o que me esperava, levei um bom tempo para sair de certos capítulos. Mas esse também não deixa de ser um ponto positivo, a história está muito fiel ao do jogo. E isso, para os fãs do Fantasma de Esparta, é um alento. Entretanto, achei a narrativa meio arrastada, mesmo nas pastes que descreviam cenas de maior ação.

Sem amigos – ele é temido e odiado pelo mundo conhecido, e nenhuma criatura viva pode olhá-lo com amor ou mesmo com alguma fagulha de afeição. Sem inimigos – ele não tinha mais nenhum vivo para matar. Sem família…”

Mas o fato é que Kratos sempre me intrigou. Mesmo sabendo do seu passado e no quanto ele é apenas um peão nas mãos dos deuses, não consigo sentir muita empatia por ele. Talvez por esse jeito feroz e que demonstra tão pouco arrependimento. Claro que ele era um guerreiro e treinado para isso, mas mesmo assim, não consegui encontrar um pingo de humanidade nele. E por já ter uma opinião formada, não consigo vê-lo como um ser humano normal. E como já estou acostumada a simpatizar com os vilões, estranhei não ter toda essa simpatia por ele. Apesar de considerá-lo um grande personagem.

Já sobre os deuses, devo admitir que amo e odeio Atena ao mesmo tempo. Sim, ela é muito inteligente e estrategista, mas, por vezes, vejo que ela só pensa nos seus propósitos. Enquanto Zeus só nos confirma o ser odioso que é. Do alto do seu ego, o pai dos deuses, apenas dita ordens e banca o poderoso enquanto seus filhos brigam e semeiam o caos. Ele dificilmente toma partida e está sempre tentando se eximir de toda a culpa. Isso quando não está de olho em uma mortal para procriar.

“Sangue e morte. Aquelas eram as mercadorias de Kratos. Ninguém que já o tivesse visto em uma luta, ninguém que tivesse escutado os contos de suas façanhas lendárias, poderia confundi-lo com qualquer outro homem.”

Mas os monstros, esses sim, não decepcionam nunca. Com descrições detalhadas temos esses seres atrozes expostos e levados às batalhas com nosso protagonista. Por vezes, quando o monstro era um dos meus queridinhos, eu até torcia por eles. Mas, como bem sabemos, não há como escapar da fúria de Kratos e das suas Lâminas do Caos. Reencontrar nesta narrativa monstros que já são conhecidos pela maioria do público, é gratificante.

Se você gosta do jogo, não deixe de ler essa obra. Se você gosta de seres mitológicos, não perca tempo. Se você quer ver muito sangue e vísceras de monstros rolando por aí, esse é o seu livro. Junta-se ao Fantasma de Esparta na sua busca por uma relíquia muito especial – e surpreendente – e na sua tão esperada vingança.

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GOD OF WAR

Autores: Matthew Stover e Robert E. Vardeman

Editora: LeYa

Ano de publicação: 2012

Uma caixa lendária. Um deus traidor. Um guerreiro buscando perdão. No universo dos deuses, a vida é mais do que nuvem e poderes. Tão reais quanto os problemas que os mortais vivem na terra, a inveja, a traição e a maldade também estão presentes no Olimpo. Kratos é um guerreiro grego que trabalha para os deuses do Olimpo. Com a promessa de ser transformado em um guerreiro perfeito por Ares, o Deus da Guerra, Kratos, enganado por ele, acidentalmente mata a sua família, e segue amaldiçoado pela cinza da morte de seus entes queridos.
Decidido a não servir mais a Ares, Kratos, através de flashbacks ao longo de toda a história, é atormentado pela lembrança de seus atos e procura os outros deuses para fazer um trato e servi-los por dez anos. Ao final desse acordo, o guerreiro procura por Atena, que o livrará dos tormentos e o perdoará por todos os seus atos, mas com uma condição, que ele mate Ares. Kratos aceita a tarefa, mas para realizá-la, terá que encontrar e usar a poderosa Caixa de Pandora, que esconde todos os mistérios do universo. Mas tão grande quanto o poder de possuí-la, está a responsabilidade de usá-la e nem nos seus piores pesadelos, Kratos imaginava o que o destino estava guardando para ele. Com uma narrativa tão intensa e desconcertante quanto a proposta no jogo, “God of War” – traduzido por Flávia Gasi, uma maiores especialistas em games do país – , prende o leitor da primeira a última página e o convida a largar o joystick e ser guiado por Kratos nessa aventura épica.

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