A Herdeira é o quarto livro da série A Seleção da autora Kiera Cass, publicado aqui no Brasil em 2015 pela editora Seguinte.
SOBRE O LIVRO
Vinte anos se passaram desde que Maxon e América tiveram o seu felizes para sempre. Agora, mais velhos, eles são pais de quatro jovens herdeiros: Eadlyn, Ahren que são gêmeos, Kaden e Osten. As coisas estão bem diferentes em Illéa, desde que o jovem rei Maxon assumiu, o sistema foi finalmente erradicado do país e não havia mais nenhum tipo de seleção. Mas toda paz daquele reino começa a se partir pelo fato das pessoas que eram de castas inferiores ainda sofrerem preconceitos e não conseguirem firmar sua vida em uma carreira que antes era de casta superior, o preconceito ainda estava presente.
E assim, começamos a conhecer um pouco mais sobre a protagonista dessa nova parte da história. Eadlyn cresceu já com uma grande responsabilidade nas costas por nascer sete minutos antes do seu irmão gêmeo Ahren. Desde criança ela já recebeu um treinamento especial de como se comportar como uma rainha, ela estudou muito pra isso e teve toda sua infância/adolescência privada, tudo para crescer e se tornar aquilo o que seu pai é para o reino.
Como as coisas não vão bem, Maxon tem a ideia de criar uma nova seleção para conseguir acalmar os “ânimos” da população, mas Eadlyn fica bem brava com a ideia, pois ela se considera uma mulher independente e nunca imaginou se apaixonar da mesma forma que seus pais. Até que ambos fazem um trato: qualquer rapaz pode ir embora quando bem entender e se no final da Seleção ela não se apaixonar por ninguém, ela não será obrigada a casar. Ele aceita as condições da filha, e ela se vê compelida a ajudar o pai.
Quando a inédita seleção começa, logo vemos um dos concorrentes já bem conhecidos pela princesa. Kile é filho do conhecido casal Marlee e Carter, porém ele não queria participar, alguém o inscreveu sem que ele soubesse. Meio irritado, ele aceita participar do concurso. Outro concorrente que chamou a atenção foi Henri, mas ele não sabe falar inglês e junto levou um tradutor Eikko/Erik que acaba se tornando amigo de Eadlyn. E por último foi Hale, ele tenta chamar a atenção dela cada dia fazendo algo diferente.
Além de novos personagens, matamos a saudades dos que conquistaram nossos corações em A Seleção. Aspen e Lucy são felizes juntos, e vemos que o amor incondicional da América e do Maxon continua o mesmo.
MINHA OPINIÃO
Eu como apaixonadíssima pela trilogia, estava com medo de pegar esse livro e me decepcionar mas não foi o que aconteceu. O livro todo foi narrado pela Eadlyn, uma personagem que divide opiniões. No começo, achei ela muito chata e metida. Tudo bem que ela é a futura rainha e tem toda pressão natural, mas não tem necessidade de ficar afirmando isso em TODO capítulo não é mesmo?
“Sou Eadlyn Schreave. Nenhuma pessoa é tão poderosa quanto eu.”
Eu adorei os outros filhos da América. Ahren é tão parecido com Maxon, bondoso, carinho e apoia a irmã em todas suas decisões. Kaden tem quatorze anos sendo o irmão do meio, ele é um pequeno diplomata, muito inteligente e observador. Já o caçula Osten é muito atentado e bagunceiro, são bem engraçadas as partes que ele aparece. E é um verdadeiro trava-língua falar o nome desses pequenos herdeiros. Se eu pudesse votar em um futuro rei, com certeza seria o Kaden, quando precisava, ele tentava fazer a irmã acordar pra vida enquanto ela ainda estava naquela “Mas algum dia eu serei uma rainha“.
“- E seu nome algum dia aparecerá em um livro de história. Um moleque de dez anos entediado vai decorá-lo para a prova e depois esquecer tudo a seu respeito. Você tem um emprego, como qualquer outra pessoa. Pare de agir como se ser rainha fizesse de você alguém melhor ou pior que os outros.”
E a América? Minha personagem favorita aparece em poucas partes, mas foi o suficiente para ver como ela mudou, se tornou praticamente uma nova versão da falecida Rainha Amberly. Senti falta de suas indecisões, sua forma explosiva. Eu sei, ela agora é rainha e tem 20 anos a mais do que naquela época, mas deu aquela saudade sabe?
Já digo que meu favorito é meu xará Érik, apesar dele não ser um participante oficial, ele está sempre presente durante a história, e eu acho que a Eadlyn precisa de alguém como ele para parar de ser do jeito que é. Pois, uma das coisas que me fizeram ser #TeamMaxon era o jeito doce que ele tinha com todos e que falta um pouco na filha.
O mais importante dessa seleção foi algumas coisas que a futura rainha aprendeu com os rapazes. Ela tinha criado uma barreira tão forte envolta envolta dela por causa das responsabilidades que ela não conseguia se enxergar além do muro. Foi difícil torcer pra ela no começo, mas conforme ela foi amolecendo, eu fui torcendo mais que ela pudesse ter um final feliz com alguém (e que esse alguém seja o Érik, please).
Assim como os três primeiros livros, esse mantém uma beleza digna da realeza. A Eadlyn possivelmente puxou a avó paterna por ter os cabelos escuros, como mostra na capa. A diagramação continua ótima e vem com marcador para cortar na contra capa, além de o livro ter sido lançado em brochura e também capa dura.
Kiera novamente me fez sentir mil coisas durante a leitura, e fiquei bem impressionada como ela criou duas mocinhas tão distintas em uma mesma história. Apesar de tudo, estou bastante ansiosa para ler o último livro dessa série, e ver quem será o escolhido. A Coroa já foi lançado e em breve ganha resenha por aqui.


A HERDEIRA
Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Ano de publicação: 2015
Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.