Dois anos depois da entrada oficial do Homem-Aranha no Universo Cinematográfico Marvel, com seu primeiro filme solo com Tom Holland no papel, ganhamos uma continuação que brinca com gêneros e fica responsável por nos mostrar como o mundo está após os acontecimentos do último filme de vingadores e, claro, as consequências de tudo aquilo também para Peter Parker.

Aqui, é válido ressaltar que o filme em si é um grande spoiler de Vingadores: Endgame, portanto, a primeira dica é: vá assistir com seus filmes do MCU em dia!

A história começa com Peter Parker prestes a sair em uma viagem de férias pela Europa e com grandes planos para revelar seu interesse em MJ, sua colega de classe que conhecemos no primeiro filme, porém, algo pode entrar no caminho disso: Nick Fury está tentando entrar em contato com ele de qualquer forma e o garoto tem desviado dos contatos da forma que pode.

Uma das grandes temáticas de filmes tem a ver com o luto e com encontrar o seu lugar no mundo quando muito é esperado de você. Peter vai lidar com ambos os sentimentos, enquanto precisa também se preocupar com um inimigo bastante inesperado.

O bacana sobre esse filme é que vamos muito rapidamente do momento cômico, onde temos nosso já conhecido e bem humorado Homem-Aranha aprontando as suas com seu amigo Ned à uma reflexão poderosa sobre o peso de perder as pessoas em que você mais se apoia. A medida das duas coisas acaba por tornar a jornada não somente um entretenimento, mas também um aprendizado.

Dentre todos os heróis da Marvel que compõem o time dos Vingadores, Homem-Aranha sempre foi o mais “inocente” e jovem e, mesmo que tenhamos passado por uma batalha sem precedentes, em um conflito extremamente adulto onde vimos nosso herói lutando de forma igual com personagens mais perigosos e mais velhos, é preciso dar um passo pra trás e lembrar que ele ainda é um garoto e que o seu propósito desde o começo foi cuidar da sua vizinhança em uma escala muito menor do que seu papel no grupo representou. E tudo isso causou danos a Parker que são impossíveis de passar por cima, mesmo em um filme bem humorado como é o esperado.

Se existe algo no filme que pode não ter soado 100% pra mim foi a ideia de vilão apresentado. Eu entendo o apelo e as motivações por trás da história, mas todo o primeiro arco não pareceu tão convincente, portanto quando o jogo virou em certo ponto do filme, a surpresa não foi tão grande quanto talvez deveria ter sido.

Tom Holland é um charme como Homem-Aranha e a presença de Samuel L. Jackson e até Jake Gyllenhaal fazem um contra-balanço positivo (ou negativo, por precisarem trazer Peter de volta a brutal realidade do mundo real), com o tom da história.

Não é possível falar muito mais sobre o filme sem entrar em uma área de spoilers, que não é o que queremos aqui, então apenas deixo a recomendação de que é uma boa sequência ao primeiro filme da nova era do Homem-Aranha e que parece ainda haver muita coisa para acontecer com nosso herói, principalmente porque já estamos ouvindo alguns boatos sobre uma possível colaboração e cross over com Venon, personagem assumido por Tom Hard em um filme que não teve tanto buzz quanto os heróis principais do universo, mas que em se tratando de sua relação com o Homem-Aranha, pode gerar uma colaboração muito bacana. Agora, é esperar pra ver!

HOMEM-ARANHA: LONGE DE CASA

Diretor: Jon Watts

Elenco: Tom Holland, Jake Gyllenhaal, Zendayae mais

Ano de lançamento: 2019

Peter Parker (Tom Holland) está em uma viagem de duas semanas pela Europa, ao lado de seus amigos de colégio, quando é surpreendido pela visita de Nick Fury (Samuel L. Jackson). Precisando de ajuda para enfrentar monstros nomeados como Elementais, Fury o convoca para lutar ao lado de Mysterio (Jake Gyllenhaal), um novo herói que afirma ter vindo de uma Terra paralela. Além da nova ameaça, Peter precisa lidar com a lacuna deixada por Tony Stark, que deixou para si seu óculos pessoal, com acesso a um sistema de inteligência artificial associado à Stark Industries.

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