Imaculada é o segundo livro da série A Legião, da autora Kami Garcia. Ele é lançamento de 2016 da Galera Record e o primeiro livro, Inquebrável, já foi resenhado por aqui.

Sobre o livro

*Este post contém spoilers sobre o livro anterior

Kennedy está em uma situação complicada, depois de ter libertado Andras mesmo com os avisos apontados, mas com o apoio dos companheiros de Legião, a garota se vê isolada do grupo quando é “resgatada pela polícia”. Sua tia que não quer nada com ela por já ter imaginado uma garota problemática a envia para um colégio interno distante, para que ela não fique no caminho.

Isolada e sozinha, Kennedy começa a pensar sobre o que aconteceu e por onde andam seus amigos. Porém, não demora muito para que eles apareçam e deem um jeito de tirar a garota desse local, partindo em busca de algo para deter esse demônio que escapou.

“Talvez um dia eu te perdoe, mas não vai ser hoje. […] E nunca vou esquecer.”

Mas, nesse livro, o que já deixa o leitor angustiado é o prólogo. Nele descobrimos que Jared está aprisionado e que foi possuído por um demônio. Como chegamos a esse ponto? Porque Kennedy continua imaculada e o que a faz ser assim? Todas essas perguntas vão lentamente sendo respondidas ao longo da história conforme novos personagens e organizações são inseridas, como os Illuminati.

Os segredos vão vir a toma e a garota vai ter que decidir como vai lidar com isso, se com o coração ou com lealdade sobre o que sua missão se revelou ser, e que só ela tem conhecimento.

Minha opinião

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Gostei bem mais desse segundo volume da série, primeiramente porque ele começa a se afastar um pouco dos clichês e referências que o primeiro livro possui. Não é um salto drásticos e algumas coisas são somente modificadas ou substituídas, mas já me senti mais confortável na leitura, não tendo tantas lembranças de coisas que já tinha visto antes.

Outra coisa boa também foi a dinâmica gêmeos – Kennedy ter mudado. Fiquei meio sem saber o que pensar sobre um possível triângulo amoroso que estava caminhando para se formar e isso me incomodou um pouco. Aqui as coisas foram definidas e cada um está ligado a um personagem só, libertando esse conflito da história que, ao meu ver, não tinha como dar em boa coisa.

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A própria Kennedy parece estar mais tragável em Imaculada também, principalmente no que diz respeito a ela estar – imaculada -. O fato de ela estar sempre duvidando de si no primeiro livro, apesar de ser chato, se justificou aqui e ela vai descobrir o que realmente é e porque sua marca não chegou. Isso, além de também fechar uma porta de dúvida da história, também faz com que uma nova trama seja construída com esse elemento novo que surgirá na história.

Só que isso gera mais um clichê, o fato de ela virar o fator “resolução” da trama. Ela é a especial, a diferentona. Tá, mas superei isso e segui em frente, afinal, qual é a boa história de fantasia YA que não tem o protagonista como o centro das atenções, sendo aquele capaz de salvar o mundo? Todas. Então como uma característica do próprio gênero é preciso fazer as pazes com essa situação.

O aparecimento de dois personagens aqui, pra mim, foram o ponto alto da história. A forma como a Kennedy se portou frente a isso também fez toda a diferença para que eu fosse mais com a cara dela. Se manteve coerente com o que ela sentia e eu aprecio isso nos personagens, de simplesmente não se esquecer de tudo o que passou e perdoar cegamente. A realidade não é assim, guardamos ressentimentos, faz  parte de ser humano.

Sobre o fim do livro e da descoberta, só tenho a dizer que acredito que essa protagonista vai fazer tanta cagada no terceiro livro que eu pretendo ler de olhos fechados. Ela age muito mais com o coração do que com a cabeça e deixaram ela com o faca e o queijo na mão, então com toda a certeza ela vai armar uma confusão enorme que provavelmente conduzirá esse próximo livro. Mas, como tivemos a inserção dos Illuminati, acredito que possamos ter um crescimento também na complexidade da história e no background.

Isso foi outra coisa que me deixou mais feliz com esse livro, o desenvolvimento da “mitologia” da história. Sei que algumas pessoas gostam de focar nos personagens principais e caminhar com eles pela história sem se preocupar muito com o que acontece por trás, mas eu sou bem o oposto. A construção do mundo e da trama é muito mais importante pra mim do que os personagens principais em si. Acho que tudo bem feito cria uma história ainda mais atrativa e bacana pro leitor, portanto fico feliz em ver isso mais trabalhado nesse segundo livro do que foi no primeiro.

De forma geral Imaculada é um livro superior a Inquebrável por se distanciar um pouco das referencias iniciais, buscar outras, inserir novas tramas, novos personagens e trazer um encorpamento do plot principal com novos elementos. Portanto, se você já leu o primeiro, Imaculada tem que vir logo na fila de leitura, porque a trajetória da Kennedy ainda promete muitas surpresas.

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Andras, espírito que causa discórdia e morte por onde passa, ameaça abrir os portões do inferno e conquistar a Terra. Cabe a Kennedy e seus companheiros da Legião – Alara, Sacerdote, Lukas e Jared – caçarem e destruírem o demônio. Mas Kennedy ainda tem muitas questões sem resposta sobre seu passado. Um antigo membro da Legião e os temidos Illuminati surgem quando os primeiros sinais da influência de Andras no mundo começam a aparecer nos noticiários, e eles trazem novas armas contra o Marquês do inferno, mas também novos desafios para o grupo.

Quando o que Kennedy mais temia acontece, ela tem de passar por cima de tudo e todos para proteger a si mesma, os amigos e, acima de tudo, seu amor. Os segredos que lhe esconderam a vida inteira vêm à tona, e ela está prestes a descobrir que há muito mais por trás do mistério que a faz permanecer imaculada.

 

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