Jane Sem Limites é uma obra da autora Kristin Cashore, publicado em 2018 pela editora Plataforma 21.

SOBRE O LIVRO

Jane perdeu os pais muito cedo em um trágico acidente de avião e, desde então, foi criada por sua tia Magnólia, uma amante de arte e fotografias marítimas. Além de uma grande paixão, tirar fotos subaquáticas também era o trabalho de tia Magnólia. E para suprir a ausência da tia, enquanto ela saía para suas expedições, Jane descobriu um interesse por fazer guarda chuvas, e assim passar seu tempo.

Contudo, Jane perde as estribeiras quando recebe uma ligação da Antártida informando que sua tia faleceu. No mesmo instante ela abandona a faculdade, e seu mundo só não desmorona por completo por causa de sua melhor amiga Kiran, que a convida para passar uns dias em sua imensa mansão em uma ilha isolada durante o baile da temporada. Jane só aceita porque prometeu a sua tia que nunca recusaria um convite à mansão Tu Reviens.

“Jane de repente se sente como uma personagem de um romance de Edith Wharton ou das irmãs Bronte. Sou uma jovem de meios reduzidos, sem parentes ou perspectivas, convidada por uma família rica para sua propriedade glamourosa. Pode ser o início da minha jornada heroica?

O que era para ser umas férias pacatas, acaba se tornando bastante interessante quando Jane percebe que a mansão guarda alguns segredos, assim como seus moradores e empregados. Quando uma obra de arte desaparece e o mistério toma conta de Tu Reviens, Jane aprende que existem inúmeras possibilidade no multiversom e apenas cinco escolhas para desvendar o mistério.


MINHA OPINIÃO

O livro tem um início bastante calmo, nos apresentando aos inúmeros personagens desta história, e nos mostrando, com detalhes, a mansão Tu Reviens. Até a primeira metade, não se entende o que o enredo quer nos passar, e que rumo a história terá. Até que em determinado momento, compreendemos que uma obra de arte, caríssima, foi roubada ao mesmo tempo em que uma escultura, também muito cara, desapareceu. E sabemos que Jane é a única pessoa que não tem nada haver com os dois ocorridos.

Sendo assim, ela decide investigar o que está acontecendo na mansão, e porque duas peças valiosíssimas, que a princípio não têm ligações, sumiram. Mas, é quando chegamos nessa conclusão da história que o enredo muda completamente. A partir daí, vamos acompanhar Jane em cinco possíveis escolhas, dentro de um multiverso, que tem como crença a existência de várias possibilidades. O que é um pouco confuso na primeira vez, principalmente se você não lê sinopse, e não faz ideia do que a história se trata.

” É um conceito que vem da ideia de que toda vez que algo acontece todas as outras coisas que poderiam ter acontecido também acontecem, fazendo com que nossos universos se separem do antigo e se tornem realidade. Então há múltiplas versões de nós mesmos, vivendo vidas diferentes das nossas, em universos múltiplos, tomando todas as decisões que poderíamos tomar. Há versões de nós de quem nem gostaríamos, ou que mal reconheceríamos. “

É por conta dessas várias possibilidades de continuação para a história que não temos um fim certo em Jane Sem Limites. Dá mesma forma que a autora nos mostras essas alternativas, ela também deixa para que decidamos por nós mesmos qual das conclusões queremos para a narrativa. O que para mim foi bem instigante, pois nunca tinha lido algo que me desse essa opção. Mas, por outro lado, foi um pouco complicado entrar na história enquanto não ficou claro para mim o que estava acontecendo, já que o multiverso só mencionado da metade para o final do livro.

É interessante nesta história que por mais que ela seja contemporânea, por diversas vezes por conta da mansão enorme cheia de funcionários, a temporada de bailes, e talvez o fato de Jane estar sempre com um guarda chuva, me arremeteu muito à um romance de época. Mas, toda vez que eu acreditava estar lendo um romance do século passado, isso era desmistificado. Outro ponto que só fez confundir minha cabeça durante a narrativa.

Toda vez que o angulo da história mudava, os personagens também mudavam suas características, sendo difícil o apego a algum deles. Até mesmo a Jane tinha algumas características alteradas,e nem mesmo à ela eu consegui me apegar. Talvez o único personagem por quem senti afeição na história tenha sido Jasper, um cachorro muito adorável, que desde que Jane entrou na mansão, não desgrudou mais dela.

Mesmo que minhas opiniões quanto aos personagens não sejam boas, isso porque o tempo para conhecê-los foi pouco, e que por diversas vezes me senti confusa lendo Jane Sem Limites, este é o primeiro livro que leio onde o multiverso é real. Bom, não acredito totalmente nessa teoria, porém quantas vezes não nos perguntamos “e se?”. Uma pergunta que se encaixa perfeitamente neste livro, onde o “e se” realmente existe em forma de vária alternativas diferentes.

 

JANE SEM LIMITES

Autor: Kristin Cashore

Tradução: Lígia Azevedo

Editora: V&R Editoras

Ano de publicação: 2018

“Jane não tem ninguém. Seus pais morreram quando ela ainda era uma criança. E, há poucos meses, a tia que a criara perdeu a vida numa expedição à Antártida. Antes de partir, tia Magnolia fez com que a sobrinha lhe prometesse uma última coisa: nunca recusar um convite para Tu Reviens, a mansão da família Thrash. Certo dia, após largar a faculdade e sem saber que rumo dar à própria vida, ela se vê diante de Kiran Thrash e da promessa que fizera à sua tia. A ideia de estar tão longe de casa deixa Jane desconfortável, e é por isso que ela precisa estar com o guarda-chuva apropriado. Os guarda-chuvas são produzidos por ela, essa é a sua arte. Tu Reviens fica em uma ilha isolada, e também não deixa de ser uma obra de arte. Cada pedaço da mansão veio de algum lugar do mundo. É uma espécie de Frankenstein. Uma casa sem alma. Misteriosa e intrigante, que despertará algo que estava adormecido na garota. Jane vai descobrir que escolhas precisam ser feitas e que cada uma delas pode mudar o rumo da sua história. Não importa a realidade, cada escolha tem um prêmio… ou um preço a se pagar. Jane, sem limites é uma obra caleidoscópica. Mistério, fantasia, suspense, ficção científica e horror dão o tom das cinco narrativas magistralmente escritas por Kristin Cashore, proporcionando experiências ilimitadas de leitura.

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