Mary Poppins foi escrito originalmente por P.L. Travers em 1934. Adaptado pelos estúdios Disney e com diversas peças pelo mundo, a história que encantou milhares de corações chegou ao Brasil em uma nova edição pela Editora Zahar em 2017.

SOBRE O LIVRO

Esta é a história da família Banks, uma típica família londrina composta pelo Sr. e Sra. Banks, as crianças Jane e Michael e os gêmeos, Bárbara e John. O Sr. Banks passa a maior parte de seus dias na city trabalhando no banco, enquanto a Sra. Banks é, bem.. um tanto desligada em relação as crianças. Além deles, existem duas empregadas na casa, mas estas não conseguem dar às crianças a atenção de que precisam e aliás, eles precisam de muita atenção já que não se comportam muito bem em relação as babás que vem e vão em pouco tempo.

No entanto, tudo pode mudar com a chegada de Mary Poppins que, apesar de aparentemente ser só mais uma babá, ela não é como as outras que se encontram em anúncios de jornais nem em filas de candidatas, ela chega aos lares que mais precisam dela através dos Ventos do Leste e, é exatamente assim que ela chega ao número dezessete da Cherry Tree Lane: voando, com seu guarda-chuva e sua maleta.

Com a chegada de Mary, também chegam diversas surpresas e aventuras…


MINHA OPINIÃO

Normalmente procuro sempre conhecer a obra da forma que foi escrita antes procurar por suas adaptações, mas com Mary Poppins tudo foi diferente. Quando criança fui apresentada a esta simpática babá pela adaptação feita pelos estúdios Disney e desde então este passou a ser o filme que eu sempre pedia para repetir.

Apesar de ter crescido alimentando a curiosidade sobre a história original, fui surpreendida por ela de uma forma que jamais imaginei. Pode parecer exagerado dizer que o livro não tem absolutamente nada em comum com a adaptação, mas se pensarmos bem, nada além da essência e, talvez, nem mesmo esta se parecem.

“Você não corta um pedaço da sua capacidade de imaginar e produz um livro especificamente para crianças porque sendo honesto -, na verdade, não da para saber onde a infância termina e a maturidade começa.. É tudo a mesma coisa” – P.L. Travers

Nesta edição temos um prefácio da autora esclarecendo alguns fatos importantes sobre seu livro, como por exemplo, o de que ele nunca foi escrito para crianças, mas também não foi escrito para adultos. O que ela faz é criar um enredo com personagens peculiares e diferentes aos olhos de cada leitor de acordo com sua interpretação e conhecimento. Mary Poppins por exemplo, pode ser considerada um símbolo da luta feminina já que batalha por suas ideias e direitos durante toda a narrativa. Enquanto o Sr. Banks representa a ausência por parte dos pais de família da época, mas também abre portas para que outros aceitem “estranhos” cuidando de seus filhos.

A magia está presente em cada momento e em cada cantinho desta história, desde sonhos a acontecimentos cotidianos. É acima de tudo um estimulante à imaginação do leitor, mas também esconde em suas entrelinhas diversos aspectos propostos para reflexão.

“Mas será que vocês não sabem – ela disse passivamente – que cada um de nós tem a sua própria Terra das Fadas?!” – Mary Poppins

A edição da Zahar traz notas de rodapé que procuram e com sucesso conseguem explicar fatos curiosos e características por trás da criação do universo de P.L. Travers. Como exemplo podemos citar uma curiosidade que ao mesmo tempo pode ser mágica para uns e real para outros: “O leste é comumente associado à direção simbólica da presença divina.”, não sendo assim curioso que este mesmo tenha trazido nossa encantadora babá até a casa da família Banks.

Apesar de termos somente esta história da encantadora babá, existe uma cronologia de outras escritas pela autora em que Mary Poppins aparece em novas aventuras, mas infelizmente nenhuma chegou ainda ao Brasil, ou pelo menos está disponível.

Desta forma podemos dizer que a autora deste clássico encantador não procurou agradar a um público específico ou criar apenas murmúrios sobre sua obra, mas sim escreve algo capaz de caminhar entre gerações trazendo a cada leitor uma experiência própria e única. Apesar de ter iniciado a leitura procurando aspectos comuns com a animação pude descobrir uma nova perspectiva e seguir admirando as duas obras (original e adaptação) cada uma à sua maneira.

MARY POPPINS – WALT DISNEY (1964)

Mais precisamente em 11 de setembro de 1964 a adaptação de Mary Poppins chegava às telas. Tendo adquirido os direitos sobre a obra, Walt Disney criou sua própria interpretação da obra de P.L. Travers e trouxe para o mundo do cinema algo inovador e que, apesar de não ter agradado a sua criadora fez com que ela se tornasse um sucesso pelo mundo. Em momentos posteriores a autora deu entrevistas onde disse que apesar de não ter gostado da adaptação inicialmente, com a inserção de desenhos animados entre outros pontos, ela concorda que a seu modo, poderia ser encantadora.

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MARY POPPINS

Autor: P.L.Travers

Editora: Editora Zahar

Ano de publicação: 2017

Carregando uma maleta e um guarda-chuva, Mary Poppins entra em cena voando. Literalmente. Gravada no imaginário das crianças de várias gerações, essa chegada fabulosa da peculiar babá da família Banks abre as portas para muitas outras surpresas e aventuras, como a história da Vaca Dançante, o aniversário no zoológico, um chá da tarde nos ares, delicados remendos no céu noturno… Mary Poppins é durona e misteriosa – e absolutamente irresistível.

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