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Algumas características presentes em seres humanos não são, nos dias atuais, tão incomuns assim. A maioria de nós já ouviu falar sobre pessoas mentalmente perturbadas, psicopatas e sociopatas. Mas na década de 1950 nem tudo era tão “banal” assim.

William March lançou a obra que mais tarde foi considerada sua obra prima. Menina Má ou no original The bad seed saiu em 1954, e dois anos depois a obra foi adaptada às telas. É claro que os recursos da época ainda eram limitados mas a adaptação foi sem dúvida uma forma mais clara de a sociedade da época ter a oportunidade de imaginar as cenas tão incomuns descritas na obra do autor.

A quem ainda não conheça a aclamada e tão incomum obra, “Menina má” vai nos retratar a história da pequena Rhoda Penmark, um garotinha meiga e singela, que apesar de apresentar características incomuns às demais pessoas, se esforça dissimuladamente para parecer ser quem esperam que ela seja aos seus oito anos de idade. No entanto, acompanhando o dia dia de Rhoda e os conflitos que decorrem a sua volta, narrados por sua mãe Christine, um pouco perturbada pela personalidade da filha, vamos descobrir que Rhoda é capaz de coisas que jamais poderíamos imaginar.

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Atualmente, não é comum termos pessoas dispostas a dedicaram algumas horas do seu tempo afim de conhecer obras antigas, onde as imagens não tem uma definição tão boa quanto a que estamos acostumados hoje em dia. No entanto, após ter meu primeiro contato com a obra do autor através do livro me senti tentada a conferir a adaptação cinematográfica. Mesmo em preto e branco, com um elenco composto por poucos atores e recursos limitados, a adaptação foi feita de uma forma satisfatória à época. O emprego de poucos efeitos “especiais” e as cenas sem os conhecidos cortes corretivos fez com que tudo fosse desenvolvido quase que naturalmente. É como se alguém estivesse nos narrando uma história e estivéssemos vendo tudo aquilo em nossas mentes.

Considero a escolha dos atores outro ponto infinitamente feliz, já que a maioria deles tinha não só em personalidade tendo conseguido cumprir seu papel de forma primorosa, mas principalmente na ideia física que fiz de cada. Em resumo, fiquei encantada com cada aspecto. Além disso, a adaptação não deixa nada a desejar em relação à participação dos personagens secundários, que em minha opinião são de grande importância, e isso não se perdeu em relação ao livro.

A grande surpresa da adaptação é sem dúvida o seu final adaptado, diferente do final originalmente pensado pelo autor. Confesso que ao terminar a leitura do livro fiquei um pouco perturbada com o final, e ao me deparar com um final alternativo na adaptação, posso dizer que ele me foi uma melhor opção. Mas ao mesmo tempo, entendo que a proposta do autor para a obra era causar, talvez, um certo incomodo, e sendo assim, o final original cumpre também o seu papel.

Acredito que assim como a obra escrita, eu voltarei a acompanhar o filme, afim de relembrar sempre a história sensacional e perturbadora criada por William March.

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MENINA MÁ

Diretor: Mervyn LeRoy

Elenco: Nancy Kelly, Patty McComarck, Henry Jones, William Hopper e mais

Ano de lançamento: 1956

Cristine é uma boa mulher, gentil, honesta e trabalhadora, uma mulher muito feliz. Ela é casada com um comandante da Marinha, com quem tem uma filha chamada Rhoda. Como toda mãe, Cristine faz de tudo pela garota, que, apesar da bela cara de anjo, não é nenhuma santa.

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