Atenção!

Este filme contém cenas que podem ser perturbadoras para pessoas mais sensíveis. Não possui cenas de violência sexual explícitas. Indicação: acima de 16 anos.

Mom, é um filme de suspense criminal indiano dirigido por Ravi Udyawar e lançado no ano de 2017 no Brasil.

A adolescente Arya (Sajal Aly), uma garota bonita que tem um grupo de amigos, decide ir a uma festa a qualquer custa com eles. Sua madrasta Devki (Sridevi Kapoor) o tempo todo fica com um pé atrás, mas permite a ida da enteada depois que o pai biológico da adolescente fica ao lado dela.

Arya e sua madrasta possuem uma relação muito conflituosa e se distanciam a cada briga. Pega de surpresa na festa, a adolescente é violentada sexualmente por quatro homens. Quando a madrasta descobre, e logo após um processo judicial nada satisfatório, ela sente necessidade de fazer justiça com as próprias mãos.

Este filme é dividido em etapas o que o torna completíssimo. No início acompanhamos, de forma rápida e resumida, as relações familiares dentro da casa da adolescente Arya. Após este convite que o filme nos traz, nos aprofundamos nos momentos mais tristes e perturbadores. Depois destes momentos, somos enviados para compreender a dor que uma madrasta sente pelo o que aconteceu com sua enteada. E ao mesmo tempo, entendemos o lado da vítima e os malefícios que um ato brutal pode causar com o psicológico de uma pessoa. No meio da história, o filme desenvolve a abertura de um processo judicial e acompanhamos desde o início até o seu resultado. E por último, a parte mais esperada da história, a madrasta que se torna vingativa.

A atuação tem grande destaque, para as duas atrizes principais. Ambas souberam expressar a angústia, o sofrimento e a relação conflituosa entre elas. Infelizmente, a atriz Sridevi Kapoor, conhecida por toda a Índia por suas atuações de décadas, falecera em 2018, sendo este seu último filme a ser atuado antes de sua morte.

A trilha sonora está bem colocada, permitindo a sincronia com a trama. Porém, um detalhe me incomodou durante o filme, mas que pode ser irrelevante é a personalidade do detetive Daya Shankar (Nawazuddin Siddiqui), um homem esquisito, biruta e que possui suas manias. Sua atuação não deixa de ser de qualidade mas cria-se um buraco entre sua personalidade com a trama desenvolvida.

Como em um pacote de surpresas, temos duas mulheres transexuais interpretando papeis que ganharão pequeno destaque no filme. Esse pequeno destaque faz grande diferença significativa para a obra, já que é uma raridade a atuação de mulheres ou homens trans em um filme, além também de mostrar o respeito cultural que a Índia possui com as pessoas transgêneras.

A trama é excelente, tornando, para mim, um dos melhores thrillers que já assisti. Essa mescla que a história fez em criticar desde as relações em uma família, o abuso sexual, a violência, críticas ao governo indiano e diversos outros temas com o suspense, resultou em uma qualidade sem precedentes. E além de toda esta qualidade, este filme não possuí cenas de violência sexual explícita, o que torna mais acessível para pessoas mais sensíveis. Vale ressaltar, porém, que pode haver cenas que sejam perturbadoras para pessoas sensíveis, mas são poucas e curtas.

Sem dúvida este filme lhe incomodará até o ponto de vê-lo todo. A curiosidade para saber seu desfecho é gigantesca e foi assim que me fez ficar mais de duas horas olhando para a televisão. Muitos filmes indianos abordam questões de violência sexual, como Pink (2016) ou até nos filmes da Hollywood como Preciosa (2009). Para quem se empolga com o suspense, sem dúvida é um grande filme para ser acompanhado com uma pipoquinha.

MOM

Diretor: Ravi Udyawar

Elenco: Sajal Aly, Sridevi Kapoor, Nawazuddin Siddiqui

Ano de lançamento: 2017

A enteada sofreu um abuso sexual numa festa. Os quatro criminosos não contavam com a fúria desta mãe, que faz de tudo para destruir suas vidas.

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