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Eu trabalho em uma Agência de Propaganda e desde que comecei a trabalhar em agências, já passei por algumas, gostei, não gostei, fiquei, sai. Aprendi. Aprendi a beber café.

Eu sou do interior e no interior se cria os filhos bebendo leite. Acorda, toma um leite com Nescau, voltou do colégio, toma um leite com Nescau, vai dormir, toma um leite. Aqui na “cidade grande” as pessoas são meio atravessadas com leite. Não toma, não gosta, acha nojento (oi?). Ok.

Café é outra história. Todo mundo adora café. Eu não gostava.

É claro que, café com leite eu sempre tomava, agora café preto? Não. É ruim, o gosto é péssimo, me deixa ligada na tomada.

Mas ai a Tamirez fez as malas e veio morar na capital, veio trabalhar numa agência. Aprendeu a beber café. Porque? Porque é ruim e deixa ligada na tomada.

A rotina de uma agência é um troço muito louco, muito estressante, muito irritante, muito frustrante e em alguns dias, muito legal. Só quem vive nessa vida entende direito a situação. É difícil explicar, é muito mimimi, pra dizer que a gente só se fode, mas gosta (oi?).

O vício começa num dia que você não dormiu bem, acorda lesada e pensa em tomar um café pra dar uma melhorada no ânimo, quando você se dá por conta descobre que dormir bem não é mais fator decisivo, o café que é. Agora você estar lesada é sinal de que não tomou café e não tem mais nada a ver com a quantidade de horas de sono.

O café é bom?
Essa é a pergunta que eu faço quando eu chego em um novo emprego. É a pergunta que eu faço quando um amigo meu começa a trabalhar em uma nova agência. Saber se o café é bom virou fator determinante pra saber a “índole” do local. Pode não fazer sentido pra você, faz pra mim.

Publicitários são “animais” de hábitos, de estilo. Olho, sacou. O cara é publicitário. Ou, no meu caso, como as vezes ouço “é, tu tem cara de DA (diretora de arte)”. Hoje, numa cortesia diária de dar bom dia a um amigo, que a pouco começou um novo emprego, perguntei: o café é bom? E ele me respondeu: mais ou menos, mas eu não gosto de café. COMO ASSIM? Mas já descobri que ele é uma anomalia da nossa raça, já que ele também não curte pão de queijo.

Quer coisa melhor que café e pão de queijo?
E não me entendam mal, eu entendo pessoas que não gostam de café, o que eu não entendo é publicitário que não gosta de café, mais precisamente, DAs. INCOMPREENSÍVEL.

Agora o malvado é apreciado em muitas formas por mim, expresso, ao leite, cappuccino. Ano passado comprei uma cafeteira, coisa que nunca achei que ia precisar em tempos passados. Agora lá em casa tem café, de segunda à segunda. Café bom. Afinal, vai que alguém, assim como eu, também considere ele um fator de determinar se a pessoa é bacana ou não? ;)

~ o amigo em questão é o Rapha, do Mosaico em Azul, porque se eu não citar ele, receberei inúmeras reclamações.

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