O Código Da Vinci é o aclamado livro do autor Dan Brown, publicado em 2003, e que agora chega em uma nova versão especialmente para jovens. É um lançamento de 2016 pela Editora Arqueiro.

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SOBRE O LIVRO

Às 22h46 daquela noite, Jacques Sauniére sabia que a sua vida – e o segredo que escondia por anos – estavam ameaçados. Correndo por dentro do museu do Louvre, até a Grande Galeria, Jacques esperava fugir do seu agressor, mas fora tudo em vão. Após ser forçado a revelar o segredo, levou um tiro no abdômen, e sabia que teria poucos minutos para tomar uma decisão: passar o verdadeiro segredo a diante, ou então ele se perderia para sempre. Enquanto seu agressor fugia, Jacques Sauniére reuniu forças para fazer de seus últimos minutos de vida o momento de passar a informação para outra pessoa, alguém em quem ele poderia confiar.

Há alguns quilômetros e poucas horas do museu do Louvre, o professor Robert Langdon estava descansando em seu quarto de hotel quando recebe uma visita inesperada: um inspetor da polícia francesa, solicitando seu auxílio para resolver um crime. Quando o inspetor lhe passa uma foto da cena do crime, Langdon fica chocado com a imagem, e de disponibiliza a ajudar. Entretanto, o capitão Fache, que coordenava o caso, estava convencido que Langdon estaria envolvido no crime de alguma forma, já que seu livro e nome foram encontrados em uma agenda do curador do museu. Fache queria atraí-lo para o museu para força-lo a contar a verdade e assumir o crime.

“Tu chegarás até este ponto e daqui não passarás.”

Antes de Langdon conseguir resolver algumas das pistas deixadas por Sauniére, a criptógrafa Sophie Neveu chega ao museu para ajudar nas investigações e entregar uma mensagem a Langdon. Ela alerta que o professor está em perigo e que precisa seguir as instruções dela para poder fugir, pois senão Fache irá prende-lo, já que acredita que ele é o assassino. Quando Langdon e Sophie conseguem tirar Fache e toda sua equipe de cena, eles se concentram em resolver o enigma deixado por Sauniére, e quando começam a desvendar os sinais deixados nas obras de Leonardo Da Vinci, percebem que estão envolvidos em uma grande conspiração que oculta um segredo escondido há mais de dois mil anos e envolve uma organização secreta que se acredita existir até hoje.

Nesse fogo cruzado entre polícia, sociedades secretas e fanáticos religiosos, Langdon e Sophie descobrirão que a maior história já contada até hoje pela Igreja pode ser, na verdade, uma grande mentira, e que muitos lutarão para manter a verdade escondida.


MINHA OPINIÃO

Eu sou um pouco suspeito de falar sobre esse livro pois até hoje Dan Brown é o meu autor preferido. Gosto dos livros dele, da forma como escreve e como relaciona imaginação com a realidade, tornando a história dele muito crível e reflexiva. Mas confesso que o meu maior pecado como fã do autor, é não ter lido Código da Vinci o quanto antes.

Código da Vinci é uma obra espetacular, sem dúvida. Milhões de pessoas já leram o livro, e quando lançado, em 2003, gerou muita polêmica por seu conteúdo contraditório que diz haver uma descendência viva de Jesus Cristo. Esse ano, foi relançado com a finalidade de ser direcionado ao público jovem.

O livro é mais resumido que o de 2003, aproximadamente umas 150 páginas a menos. Além disso apresenta uma sesaão (maravilhosa) de oito páginas contendo fotos e desenhos sobre alguns dos elementos que são descritos no livro, como a capela Rosslyn, o quadro da Mona Lisa, o alfabeto hebraico, entre outros. Isso tudo para tornar o contato com a obra ainda mais interessante.

“Todo mundo gosta de uma conspiração.”

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O Código da Vinci traz o professor Robert Langdon em mais uma incrível aventura. Robert é um brilhante professor e simbologista de Harvard, grande pesquisador sobre sociedades secretas, símbolos e teorias antigas e, acima de tudo, ótimo observador. Seus olhos são como câmeras de vigilância, captando todos os sinais ao seu redor.  Mesmo que entenda tudo de símbolos, neste livro sua habilidade é testada o tempo todo.  Muitos símbolos que ele conhece apresenta dualidade de significado, e isso o atrapalha em entender no que está envolvido.

Nesse ponto, entra Sophie Neveu. Ela é inteligente, entende tudo de criptografia e é bastante metódica. Seu raciocínio rápido ajuda Langdon a desvendar grande parte dos segredos em que foi envolvido. Ela dá equilíbrio para a história. Traz a racionalidade primeiro, o emocional depois. Mas acima de tudo, é cética. E esse é ponto forte da história. Ela leva o leitor a questionar as informações. Enquanto Langdon mostra fatos históricos, ela questiona as razões, os sentidos, os segredos de tudo. E é esse jogo que faz a história ser desenvolvida com maestria.

Silas também um personagem muito bem construído. Albino, forte e alto, com um passado sombrio e despedaçado, se converteu a Igreja e é membro do Opus Dei, uma seita católica reconhecida pelo Vaticano. Assim como uma brisa em um fim de tarde, ele é silencioso e invisível. Consegue surpreender as suas vítimas e sair dos locais sem deixar pistas. Mas ele é só uma das ferramentas do principal vilão do livro: o Mestre. Esse personagem é misterioso, possui informações sigilosas da Igreja, do Priorado e da Polícia e até próximo ao final do livro sua identidade é desconhecida. O nome faz jus ao personagem, já que ele consegue manipular os eventos a seu favor o tempo todo.

“Sophie estava fascinada. Era aquilo mesmo, as roupas deles tinham coras invertidas. Jesus usava uma túnica vermelha com manto azul; Maria Madalena, um vestido azul e um manto vermelho. Yin e yang. Masculino e feminino.”

Nessa aventura, a trama é construída em cima de um antigo mito que dura até os dias de hoje: a busca pelo Santo Graal. Muitos o conhecem como sendo a taça onde Cristo serviu vinho aos discípulos, na última ceia. Para outros, o Graal é na verdade o corpo de Maria Madalena, que supostamente teria sido a esposa de Cristo. Qual é o mito certo, não se sabe. Mas o fato é que o Priorado de Sião, sociedade descrita no livro, realmente existiu, e a sua simbologia também está correta. A flor-de-lis, os grãos-mestres, que incluem Leonardo Da Vinci, Isaac Newton, entre outros aspectos, são baseados em histórias reais. Os Cavaleiros Templários, também existiram e tiveram papel importante nas Cruzadas realizadas pela Igreja. A linha rosa que passa por Paris, os símbolos do sagrado feminino e do masculino, na antiguidade, também condizem com as descrições do autor. É interessante ver como os personagens vão juntando as migalhas, como em João e Maria, afim de descobrir o segredo do Graal. E a maioria das pistas que eles encontrarão se relacionam de alguma forma com as obras de Leonardo Da Vinci, um dos mais brilhantes artistas renascentistas que o mundo já conheceu. Sabe-se que Da Vinci ocultava mensagens em suas artes, e até hoje ele é motivo de curiosidade, admiração e estudo científico.

Duas perguntas me chamaram muito a atenção durante a história do livro: quantas pessoas já foram mortas na busca pelo divino e o que aconteceria se o mundo descobrisse que a história da vida de Jesus era, na verdade, uma mentira? Não é só uma história de descobrir pistas de um quebra-cabeça. É uma historia que induz a reflexão, a pensar nas consequências que tais informações poderiam gerar. E se a história do livro, de repente, acontecesse de verdade? Se o suposto segredo guardado pelo Priorado for mesmo a descendência de Cristo? As perguntas que a história vai nos jogando são inúmeras. E vai de cada um acreditar ou não. Abrir a mente para a possibilidade ou ser cético sempre. Como diz no livro, a história oficial é contada pelo vencedor, que a reescreve de acordo com a sua vontade. E um fato inegável da história da humanidade é que para a Igreja ter o poder que tem hoje, na antiguidade usou de todas as ferramentas possíveis, desde assassinatos e torturas, difamações e extinções de religiões pagãs. Então, é possível que muitos segredos tenham sido ocultados ou apagados ao longo da história.

“Abaixo da antiga Roslin está o Graal, Lâmina e cálice guardam-lhe o portal. Pela arte dos grandes mestres velada jaz. Sob estrelado céu descansa em paz.”

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Como eu disse no começo, sou suspeito em falar sobre os livros do Dan Brown. Eu gostei de O Código Da Vinci e da trama apresentada, tanto até que um professor meu me aconselhou a ler O Pêndulo de Foucault, do Umberto Eco, que também trata dos assuntos do Priorado de Sião, Cavaleiros Templários e Santo Graal. A minha única ressalva é sobre o final da narrativa. Uma coisa que acontecia o tempo todo enquanto eu lia era comparar as cenas do livro com as do filme. E o final do livro, para mim, foi menos envolvente e emocionante do que da forma que foi contada no filme. Nele o segredo é mantido até os últimos segundos, mas no livro parece que a emoção por trás da descoberta se perdeu páginas antes de terminar. Enfim, um pequeno detalhe.

A edição está muito bonita, bem trabalhada e acompanha, além das oito páginas com fotos que enriquecem a história, um guia do professor, um pequeno folheto com algumas informações e jogos que podem ser passados para alunos desenvolverem, com perguntas e enigmas. A mudança da capa também ficou muito bonita e bem apropriada ao livro, dando um aspecto mais jovial. A diagramação está perfeita e bem detalhada. Mesmo sendo uma versão resumida, para mim o peso da escrita não foi nem um pouco diferente do que eu sempre encontro nos outros livros do autor. Houve alguns pontos apenas onde eu consegui notar uma sutileza nas descrições, transparecendo o resumo feito.

“Apenas os dignos encontram o Graal, Leigh. Foi você quem me ensinou isso.”

O que posso dizer é que Dan Brown sabe como juntar fatos históricos com imaginação. E mais do que isso, sabe tornar os temas de seus livros sempre polêmicos e gerar discussões sobre eles; mostrar que às vezes a ficção pode tratar de assuntos muito reais, ou que se fossem reais, poderiam causar enorme caos no mundo. Para quem gosta de teorias da conspiração, sociedades secretas e mensagens ocultas, O Código Da Vinci sem dúvida é um prato cheio!

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O CÓDIGO DA VINCI

Autor: Dan Brown

Editora: Arqueiro

Ano de publicação: 2016

Um assassinato dentro do Museu do Louvre traz à tona uma sinistra conspiração para revelar um segredo protegido por uma sociedade secreta desde os tempos de Jesus Cristo. Com a ajuda da criptógrafa Sophie Neveu, o professor de Simbologia Robert Langdon segue pistas ocultas nas obras de Leonardo Da Vinci e se debruça sobre alguns dos maiores mistérios da cultura ocidental – do sorriso da Mona Lisa ao significado do Santo Graal. Mesclando os ingredientes de um envolvente suspense com informações sobre obras de arte, documentos e rituais secretos, O Código Da Vinci consagrou Dan Brown como um dos autores mais brilhantes da atualidade e agora chega em nova versão, especialmente preparada para o público jovem, com fotos coloridas que enriquecem ainda mais o livro.

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