Atenção!

Esse filme contém cenas de violência física, emocional e sexual, além de cenas de sexo e não é recomendado para pessoas sensíveis. Verificar a classificação indicada.

O Diabo Nosso de Cada Dia é a adaptação do livro O Mal Nosso de Cada Dia, do autor Donald Ray Pollock, que foi distribuído aqui no Brasil pela editora Darkside Books em 2020.

O filme tem um clima muito típico do Meio-Oeste dos EUA que já vimos em outras histórias, principalmente naquelas um pouco mais antigas ou até mesmo documentários que são distribuídos pelo Discovery. Um clima tipico de cidade pequena, onde todo mundo conhece todo mundo e todo mundo se mete na vida de todo mundo.

A história possui um narrador que nos conta histórias desde 1950, histórias que se passaram em locais como Ohio e Virginia, e que mostra um pouco a vida rural, viagens longas com caronas desconhecidas, religiosidade rigorosa e escolhas.

O foco é nos apresentar um pouco das histórias que são marcadas pelas mais complexas coincidências da vida, que acabam tocadas pela guerra, violência, amor, morte entre tantos outros Diabos de Cada Dia. Temos como protagonistas dessa tragédia toda um veterano de guerras, seu filho, a mãe e família desse veterano, um pastor um tanto quanto diferente, um casal de serial killers e um delegado de família.

Com o passar do filme vemos que a história vai ter a tragédia como o mal comum de todo o enredo da história, coisa essa que foi muito bem representada por atores como Tom Holland (Homem Aranha), Haley Bennett (A Garota No Trem), Robert Pattison (Crepúsculo), Riley Keough (Mad Max) e Jason Clarke (Planeta dos Macacos) que acabaram deixando um pouco suas histórias habituais e nos surpreendendo com uma boa atuação.

O que se pode dizer sobre esse filme,, que não se configure um spolier e acabe atrapalhando a experiência, é que O DESTINO É MAU. As tramas são todas interligadas pela violência, pela falta da crença em Deus, pela tragédia e o filme todo acaba sendo carregado com uma vibe bem pesada. Não existe grandes limites ao se retratar temas como assassinado, abuso, suicídio, na verdade, tudo nesse filme é tratado friamente sem nenhuma grande explicação ou até mesmo pausa para que nós nos adequemos aos fatos apresentados.

Francamente, eu não posso falar do filme como adaptação por não ter lido o livro ainda. Mas, mesmo assim como obra cinematográfica eu me decepcionei demais. Fui com grandes expectativa por conta do elenco e de toda a hype que estava sendo feita em cima do filme e só vi uma obra fria e má que quer chocar quem assiste. Mesmo em meio a minha decepção, tenho que concordar com inúmeras críticas de que o filme é um retrato real do mundo e de algumas tantas histórias por ai, só não funcionou tão bem pra mim.

Além disso, todo o trabalho cinematográfico também merece respeito e valorização, afinal eles fizeram um trabalho incrível com as câmeras, cenários, figurinos, trilha sonora onde tudo se encaixa perfeitamente. Além disso a vibe toda do filme corresponde muito bem com tudo aquilo que ele busca retratar: E fria e dura realidade do diabo de cada dia em cada um.

Essa história tem tudo para se postergar na boca do povo, seja por conta do hype, pela temática (que temos que confessar nós até que gostamos de consumir), seja pelos atores ou até mesmo por ser da Netflix; Essa história ainda tem muito chão pela frente na cabeça de todos.

Mas meu convite aqui é, para além de assistirmos esse filme, pensarmos um pouco além da ficção, das violência exacerbada, de todo o relato duro e frio, de tudo aquilo que os personagens dessa história passam e olhar pra sua realidade, afinal todos nós temos “diabos” em nossa vida, e no final…. Qual é o seu?

O DIABO DE CADA DIA

Diretor: Antonio Campos

Elenco: Tom Holland, Robert Pattinson, Haley Benett, Jason Clarke, Riley Keough e mais

Ano de lançamento: 2020

Ambientada entre a Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Vietnã, O Diabo de Cada Dia acompanha diversos personagens num canto esquecido de Ohio, os quais a vida acabam se conectando. Willard Russell (Bill Skarsgård) é um atormentado veterano, sobrevivente de uma carnificina, que não consegue salvar sua bela esposa de uma morte agonizante por conta de um câncer, mesmo com toda a oração e devoção de sua parte. Enquanto isso, Carl (Jason Clarke) e Sandy Henderson (Riley Keough), um casal de assassinos em série, percorrem as rodovias americanas em busca de modelos adequadas para fotografar e exterminar. E no meio disso tudo está Arvin Russell (Tom Holland), filho órfão de Willard e Charlotte (Haley Bennett), que cresceu para ser um homem bom mas começa a demonstrar comportamentos violentos quando passa a desconfiar que o líder religioso da cidade, Preston Teagardin (Robert Pattinson), é uma farsa.

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