Atenção!

Esse filme contém cenas de violência, que podem ser sensíveis para algumas pessoas.

Quando o mundo ainda não enfrentava a Pandemia por conta do COVID-19, O Homem Invisível já se estabelecia como um dos melhores filmes que vi esse ano, e também vem agradando o público geral, com uma nota 7,1 no IMDB. Uma história que já foi contada no cinema, chegou em 2020 para nos mostrar como algo que todo mundo já conhece, consegue se encaixar para os padrões nos dias atuais.

Logo no começo, somos apresentados à personagem Cecília, que é brilhantemente interpretada por Elizabeth Moss, ela está em uma casa enorme, repleta dos mais variados aparelhos tecnológicos porém, logo vemos que ela quer escapar sem ser percebida pelo seu marido, pois dentro daquela mansão ela vive como uma prisioneira, em um relacionamento abusivo. A tensão que a personagem passa, te faz sentir um desconforto enorme, a ponto de ficar com medo de fazer barulho, igual a protagonista tentando fugir daquele local.

Após um acontecimento, Cecília se vê livre do seu marido Adrian, e está pronta para começar uma nova vida, retomando a carreira, reencontrando amigos e familiares que não via a um tempo por conta do seu relacionamento, e além de tudo, ela herda toda grana de Adrian, desde que comprove que ela está bem mentalmente. Tudo parece estar indo bem, mas em determinado momento, coisas estranhas começam acontecer, colocando a vida de Ceci e de pessoas próximas em possível perigo, ou será que é tudo fruto da imaginação da personagem?

Acho que todo mundo conhece a história do homem invisível, ou pelo menos já ouviu falar. Originalmente, a historia foi escrita por H. G. Wells, publicada pela primeira vez em 1897! Há também três filmes lançados para as telonas em 1933, 2000 e 2006. Então, creio que o maior desafio do diretor Leigh Whannell seria contar e apresentar uma nova trama, pra algo que o mundo já conhece. Whannell parece ter conseguido trazer originalidade a trama, que antes sempre mostrou um cientista louco tentando mostrar pro mundo as maravilhas do seu experimento. Mas aqui não, mostra uma personagem feminina, que é atormentada pelo seu companheiro abusivo.

Quem assistiu a série The Handmaid’s Tale sabe muito bem da capacidade incrível de interpretação de Elizabeth Moss, e nesse filme ela não decepciona, fazendo caras e bocas que causam espanto e desespero por parte do público. O roteiro e a direção também trabalham muito bem para segurar momentos de tensão até o último momento, sem jump scares desnecessários. Mergulhar na imersão da dúvida e saber se tudo é ou não é verdade não é a única qualidade do filme.

Espero muito que a receita de Homem Invisível crie no futuro, novos filmes com obras que já estão na cabeça de todo mundo, mas que precisam cair em boas mãos para uma repaginada e não serem mais um remake sem identidade, e que os grandes estúdios deem aos diretores e produtores uma certa liberdade de criação para nascerem filmes incríveis, como é o caso dessa versão de 2020.

O HOMEM INVISÍVEL

Elenco: Elisabeth Moss, Oliver Jackson-Cohen, Harriet Dyer

Ano de lançamento: 2020

Em O Homem Invisível, quando o ex abusivo de Cecilia (Elisabeth Moss) tira a própria vida e deixa sua fortuna, ela suspeita que a morte dele tenha sido uma farsa. Como uma série de coincidências se torna letal, Cecilia trabalha para provar que está sendo caçada por alguém que ninguém pode ver.

Relacionados

Destaques

Insta
gram

[jr_instagram id='3']

Parceiros