O Lado Bom da Vida é um livro do autor Matthew Quick, publicado no Brasil pela editora Intrínseca em 2013.
SOBRE O LIVRO
O livro começa quando Pat Peoples, um homem mais ou menos na idade de 30 anos que sai de uma clínica psiquiátrica mas não faz ideia de como foi parar lá, ou por quanto tempo ficou. Sua memória ofusca acontecimentos de seu passando, fazendo-o ficar confuso em relação as coisas de sua vida. Mas ele tem a única certeza: é que odeia aquele local e seu único desejo é ver sua esposa Nikki. Porém sua mãe faz uma imposição: “Nunca mais procurar Nikki, sua esposa”.
“O mundo vai quebrar o seu coração de 10 formas diferentes até o domingo. Isso é garantido. Não dá para explicar isso. Ou as loucuras dentro de mim e de todo mundo. Mas adivinhe? Domingo é o meu dia preferido de novo. Eu penso no que todos fizeram comigo, e eu me sinto um cara muito sortudo.”
Ele se sente incomodado com a condição mas aceita, era melhor ir para a casa (mesmo que fosse a casa de seus pais) do que ficar naquela clínica. Pat arma um plano perfeito para que ele consiga se reaproximar de sua esposa, mesmo sem saber o porque de eles estarem separados e com isso, ele emagrece 25 kilos e faz exercícios todos os dias. Começa a ler todos os livros de romance que Nikki adorava, mas ele nunca lia por não achar “legal”. Ele quer se tornar o marido perfeito, tudo o que ele aparentemente não era quando eles eram casados.
Além dos mistérios que cercam sua vida antes da clínica, Pat se vê surpreendido quando descobre que seu irmão Jake – o qual nunca fora visitar durante o tempo que ele esteve fora – é casado, e ele não se lembra de nada do casamento. Há também seu melhor amigo Ronnie, que tem uma filha pequena, mas Pat também não se lembra disso. E também, sua relação complicada com o pai.
Para tentar ajudar Pat, Ronnie o convida para um jantar em sua casa e chegando lá, ele conhece a misteriosa Tiffany, uma mulher muito bela mas que também tem alguns “parafusos” a menos na cabeça, fazendo com que, talvez, no meio de tantas loucuras, nasça uma improvável amizade.
Muitas coisas mudaram em sua vida, mas a grande questão é: O que houve com sua vida para que ele fosse parar em uma instituição psiquiátrica?
MINHA OPINIÃO
LOUCURA, é essa a palavra que resume minha opinião sobre o livro. Minha primeira impressão foi de que Pat havia feito algo muito, mas muito sério, para que ele estivesse preso naquele lugar que ele odiava tanto. Mas como ele não lembrava, tivemos que aguardar junto com ele essa revelação.
Um ponto positivo sobre o livro, foi o relacionamento dele com seu terapeuta, o Dr Patel. O que faz a relação deles ser tão legal é que ambos são apaixonados pelo Eagles, um time que futebol americano da Philadelphia, fazendo com que Pat não enxergasse Patel como um cara chato que está ali apenas para tratá-lo ou julgar seus atos, e sim como um amigo.
E eu preciso mesmo falar sobre a Tiffany, ela é incrível. Uma personagem que não aparece nas primeiras páginas, mas que quando chega, dá uma agitada na história, pois a mesma estava ficando um pouco cansativa. Tudo começa em um jantar organizado por Ronnie. Eles são apresentados e logo Tiffany desenvolve uma obsessão super estranha por Pat; Ela o segue durante suas corridas na manhã, apenas chegando ao seu lado e começando a correr com ele, sem dizer uma só palavra. É hilária a narração de primeira pessoa que temos nesse livro, apesar de algumas críticas dizerem que Matthew escreve de um jeito “confuso”, não devemos esquecer que Pat tem seus problemas psiquiátricos e essa é a grande “graça” da obra.
Pat fica super de saco cheio de Tiffany e suas maluquices, ele então resolve convidá-la para sair, pensando que assim, finalmente ele teria paz em suas corridas matinais. Mas no outro dia lá está ela novamente, para acompanha-lo. Até que eles fazem um trato, onde Tiffany jura fazer com que Nikki fale com Pat, caso ele ajude ela a ganhar um prêmio de dança.
A capa da edição que eu tenho, mostra metade do rosto de Bradley Cooper, o ator que deu vida para Pat nos cinemas e também de Jennifer Lawrence, a atriz que interpreta Tiffany. Eu amo essa capa, apesar de não ser fã das capas com rostos de atores das adaptações cinematográficas. Também na capa temos alguns esquemas táticos de futebol americano (Pat é apaixonado pelo esporte) mas em vez desses esquemas indicarem jogadas, eles indicam frases do livro, adorei a ideia!
“Não quero ficar no lugar ruim, em que ninguém acredita no lado bom das coisas, no amor ou em finais felizes.”
Comparando-se com o filme, afirmo com todas as letras: sim, o livro é melhor. E pra mim, é melhor por causa do final. Achei o final do filme muito apressado e bem diferente do livro. Mas não posso negar que a diva Jennifer foi simplesmente incrível no papel e não foi a toa que ela ganhou o Oscar de melhor atriz. E que a química entre ela e Bradley foi um show à parte.
No geral, o livro tem uma leitura fácil, bastante divertida, vemos pessoas que apesar de não serem compreendidas, são apenas seres humanos como nós, tentando encontrar o seu lado bom da vida.
Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele ‘lugar ruim’, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um ‘tempo separados’. Tentando recompor o quebra-cabeça de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com o pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu.
