O-Lobo-de-Wall-Street

 

Quando eu era criança, acho que devo ter assistido ao Titanic umas 7 vezes. Eu adorava o filme, todo aquele melodrama de amor e coisa e tal. Como eu era uma miúda de uns 8/9 anos quando esse filme passava na Globo, sempre à noite, também era um motivo para que pudesse ficar acordada até tarde vendo tv, o que por si só já era uma grande coisa.

Só que esse meu fascínio infantil por Titanic, fez com que eu desenvolvesse uma aversão ao Leonardo DiCaprio. É, depois que a febre Titanic passou eu não consegui mais aproveitar nenhum outro personagem do ator. Todos eles pareciam iguais e me levavam de volta ao Jack Dawson.

Eu não sei explicar ao certo se era uma impressão só minha, ou se realmente era um problema do ator ou dos papeis que davam para ele. É aquela história, o cara faz um grande papel na vida, se ele não for muito bom e souber se desvencilhar disso, ele vai persegui-lo pelo resto da carreira.

Eu vi O Aviador, Os Infiltrados, Diamante de Sangue, e parecia sempre mais do mesmo. Dai eu olhei a Ilha do Medo e tive um fio de esperança, segui no embalo e assisti A Origem, e lá estava ela de novo, aquela impressão de Titanic all over again. Então decidi que não ia mais ver filmes com o DiCaprio. Me controlei e deixei passar Django Livre e O Grande Gatsby, os quais todo mundo comentou, mas eu não vi, por questões de principio contra o ator. Quero dizer aqui também, que aquela cara xarope que ele tem, também não ajuda em nada, mas ok, apesar dos pesares, esse não era o grande problema.

Então, um belo dia, no final de janeiro fui ao cinema com um amigo, e depois de muitas reviravoltas e imprevistos, a única opção de filme disponível no horário que podíamos era O Lobo de Wall Street. Pensei comigo de que não era uma boa ideia, mas deixei passar e comprei o ingresso louca de medo de ter que passar três horas olhando pra cara do Leonardo, morrendo de tédio.

Mas daí, o imprevisto aconteceu. Eu me apaixonei novamente pelo ator, numa reviravolta que parecia impossível.

O Lobo de Wall Street é um dos melhores filmes que eu vi em anos. Eu não tinha visto o trailler antes e portanto, estava esperando um filme pesado, principalmente por ser baseado em uma história real, mas me enganei espantosamente. Eu não vi as três horas passarem, dei altas risadas, me diverti um monte e ainda me livrei da maldição do Titanic.

O Leonardo DiCaprio não é mais o Jack Dawson, e o Jordan Belfort afundou-o para sempre (assim espero).

Ele não é recomendado para menores de 18 anos, pois basicamente tem mais cenas de sexo, drogas e sacanagem do que diálogos. O filme fala sozinho e conta a história de forma divertida e audaciosa, afinal, levar esse combo forte ao cinema, pode gerar muitas criticas negativas.

Confesso que não pesquisei para saber o que os outros estão pensando do filme, não quero estragar a mágica. Por hora, todas as pessoas com quem compartilhei minha surpresa e alegria, concordaram com  os aspectos positivos do filme.

Agora vou me dar o bel-prazer de assistir tranquilamente a Django Livre e O Grande Gatsby (:
 
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SINOPSE

Durante seis meses, Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) trabalhou duro em uma corretora de Wall Street, seguindo os ensinamentos de seu mentor Mark Hanna (Matthew McConaughey). Quando finalmente consegue ser contratado como corretor da firma, acontece o Black Monday, que faz com que as bolsas de vários países caiam repentinamente. Sem emprego e bastante ambicioso, ele acaba trabalhando para uma empresa de fundo de quintal que lida com papéis de baixo valor, que não estão na bolsa de valores. É lá que Belfort tem a ideia de montar uma empresa focada neste tipo de negócio, cujas vendas são de valores mais baixos mas, em compensação, o retorno para o corretor é bem mais vantajoso. Ao lado de Donnie (Jonah Hill) e outros amigos dos velhos tempos, ele cria a Stratton Oakmont, uma empresa que faz com que todos enriqueçam rapidamente e, também, levem uma vida dedicada ao prazer.

 

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