A crescente de hoje é reproduzir histórias que a gente já conhece de outras formas, ou melhor dizendo, modernizar os clássicos já criados. Temos visto isso com a Disney fazendo adaptações em live action de suas histórias de sucesso, a Netflix trazendo alguns contos dos Irmãos Grimm de outras maneira e dessa vez vamos falar aqui da lenda do Rei Arthur.

A história retrata de uma certa forma uma descendente do nosso cavalheiro da Távola Redonda, o Rei Arthur, é protagonizado por Louis Ashbourne Serkis (Mogli) e se chama O Menino que Queria Ser Rei.

Na história acompanhamos Alex, um menino que vive em Londres junto de sua mãe protagonizada por Denise Gough (Colette). Como já retratada diversas vezes nos mais diversos formatos, Alex passa muita dificuldade na escola tende de quase todos os dias enfrentar os valentões Lance (Tom Taylor) e Kaye (Rhianna Dorris), além de auxiliar seu grande amigo Badivere (Dean Chaumoo) que também sofre nas mãos da dupla.

Uma das noites vividas por Alex e Bad, enquanto fugiam das garras dos seus perseguidores escolares, Alex cai em um terreno onde existe uma construção em andamento e ali encontra uma espada fincada em uma pedra. Em um ato de defesa para com a sua vida e da do seu melhor amigo ele retira a espada dali e agora toma posse do título de “novo Arthur” sem saber dos perigos e mistérios que ele acaba de se meter.

A lenda por detrás do novo aparecimento da figura do grande rei se dá com o despertar da já conhecida vilã Morgana (Rebecca Ferguson), que passou a perceber um mundo em caos e cheio de fragilidade, então ressurge como uma oportunidade de assumir o seu lugar como soberana que imagina ser. Afinal um mundo cheio de maldade, guerras, atentados e tanta dor, ela realmente ia reinar no caos que ela tanto gosta.

E como temos a personificação do mal nessa história contra os nosso heróis jovens, temos que ter a personificação da ajuda, ou do bem na vida de Alex e seus amigos. E assim como na história de Arthur, Alex recebe Merlin, que intercala seus representantes entre Angus Imrie (Emma) e pelo Patrick Stewart (X-men) quando assume sua idade. Mas não podemos nos enganar, por mais que esperamos muitas cenas do querido professor X com poderes de mago, como a história possui uma “vibe” mais jovem, encontramos Merlin mais em sua versão adolescente (o que pra mim não fez grande diferença pois gostei muito da atuação de Angus).

O que mais me incomodou com o filme foi o tanto que o roteiro não soube utilizar muito bem sua própria premissa. Tínhamos uma história boa, com uma base tão boa e personagens fortes como Merlin e Morgana, mas, o roteiro deixa tudo tão bobo e simplista que não nos convencemos nem do medo da vilã ou não levamos a sério a magia do grande mago. Existe com toda certeza o ponto de que a atuação de todos no filme são excelentes, os atores realmente me surpreenderam e mesmo com as falhas no roteiro entregaram uma boa história para ser assistida; porém O Menino Que Queria Ser Rei se esforça muito em nos provar ser uma boa história para ilustrar o nosso cavaleiro antigo nos mundo atuais, mas se esquece de sair do clichê e nos entregar uma história mais atualizada em seus diálogo e temas.

Acredito que existem outras maneiras de contar essa história de forma a conversar com o público alvo do filme (crianças) de maneira leve, mas mesmo assim se manter fiel a história e também conversar com o público mais velho e fãs de Arthur. Até mesmo a famosa espada do rei Arthur, a “Excalibur”, é simples demais como qualquer outra espada seria na vida real. Simples também é qualquer outro aspecto que saia um pouco do mundo real e vá para a fantasia, que no longa se torna só um mero detalhe sem ter impacto e até mesmo o brilho que sabemos que eles deveriam ter.

Finalizo dizendo que, na tentativa de trazer a história do nosso cavaleiro da Távola Redonda para os tempos atuais, O Menino Que Queria Ser Rei não cumpriu muito bem seu papel. O filme não é ruim, só não é o que se propôs a ser, é bem mais simples do que até mesmo o próprio trailer mostra que é. 

O filme nos estrega uma história redonda, com toda a jornada normal de um grupo de inimigos que se unem pelo bem da humanidade contra um força maior, e o laço de amizade se cria nos fornecendo boas lições de moral e até alguma emoção mais forte nos levando a sensação de nostalgia, que na minha opinião é um prato feito para quem tem filhos/primos/sobrinhos/amigos mais jovens que queria introduzir essas grandes histórias e apresentar o nosso Rei Arthur e sua trupe, até mesmo para ser um filmezinho de final de tarde para distrair a cabeça.

Então não deixe de conferir essa história e voltar aqui para discutir um pouco comigo.

O MENINO QUE QUERIA SER REI

Diretor: Joe Cornish

Elenco: Louis Serkis, Dean Chaumoo, Tom Taylor, Rhianna Dorris, Rebecca Ferguson, Angus Imrie e mais

Ano de lançamento: 2019

Alex (Louis Serkis) é um garoto que enfrenta problemas no colégio, por sempre defender o amigo Bedders (Dean Chaumoo) dos valentões Lance (Tom Taylor) e Kaye (Rhianna Dorris). Um dia, ao fugir da dupla, ele se esconde em um canteiro de obras abandonado. Lá encontra uma espada encravada em uma pedra, da qual retira com grande facilidade. O que Alex não sabia era que a espada era a lendária Excalibur e que, como seu novo portador, precisa agora enfrentar a meia-irmã do rei Arthur, Morgana (Rebecca Ferguson), que está prestes a retomar seu poder. Para tanto, ele conta com a ajuda do mago Merlin (Angus Imrie), transformado em uma versão bem mais jovem.

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