A terceira parte da história de O Senhor dos Anéis tem edição pela Haper Collins desde 2019.

Sobre o Livro

Finalmente os últimos capítulos caminham o leitor para o fim das aventuras de Frodo e a Sociedade do Anel, agora praticamente desfeita após os acontecimentos na segunda parte.

De um lado de Gondor, Gandalf e Pippin reúnem os exércitos dos homens para lutarem a batalha final por Gondor em Minas Tirith. Enquanto mostram aos homens que o pior dos temores vem do leste em Mordor a mando de Sauron. Já lá em Mordor, Frodo e Sam lutam para finalizar o que haviam cruzado toda a Terra Média: destruir o anel nas lavas da terra de Sauron.

“- Não podes entrar aqui, disse Gandalf, e a imensa sombra parou. Volta ao abismo que te foi preparado! Cai no nada que espera a ti e a teu Mestre. Vai!”

Mas Sauron, conhecido pelo seu poder supremo, sabe que seus planos não estão caminhando bem e ameaças estão impedindo que ele siga com força. Por isso moveu todo o seu exército contra os homens de Gondor. A grande batalha já não será mais evitável.

Minha Opinião

A parte mais arrastada para mim do Senhor dos Anéis acabou sendo esta, infelizmente.

Tolkien manteve a mesma estrutura narrativa como na segunda parte: dividiu o livro em dois. A primeira narrando os acontecimentos de Gandalf e o restante da sociedade do anel enquanto que a segunda narra os momentos finais do portador do anel e seu companheiro. Nesse ponto não vejo problema nenhum. Acho até interessante por que permite que nos envolvemos nos acontecimentos sem sofrer cortes de momentos. O problema está que ambas estas partes são muito arrastadas.

“À carga, à carga, Cavaleiros de Théoden!

Feros feitos despertam: fogo e matança!

brandindo a lança, batendo o broquel,

dia de combate, dia em brasa, antes do rubor da aurora!

A galope, a galope! Galopem para Gondor!”

A primeira parte é toltalmente construída pela batalha já esperada na história. São inúmeros capítulos com o contexto da batalha. A questão é que o que mais se arrasta não é a batalha em si mas a narrativa mais descritiva que até então não era um motivo para ser tão arrastado como as outras duas primeiras partes. Só que a segunda parte consegue também ser arrastada demais também.

Apesar de ser apaixonado pelos filmes e pelos livros de Tolkien, eu considero O Retorno do Rei a história menos empolgante mesmo que esta fosse o desfecho de toda a aventura.

“Sam levantou-se do chão dolorosamente. Por um momento perguntou-se onde estava, e então toda a angústia e o desespero retornaram a ele. Estava em profunda escuridão, do lado de fora do portão inferior do baluarte de orques.”

O que me chama a atenção neste livro é o final da história e o significado do desfecho de alguns personagens que são tratados diferentemente da sequência dos filmes. Eu fui o tipo de leitor que viu primeiro os filmes e depois leu os livros e isto ajudou a poder comparar o que há de diferente entre as adaptações e a narrativa de Tolkien. E toda esta comparação se encontra no final onde o livro inesperadamente se estende para além do que se achava que iria se finalizar. Achei esse ponto interessante já que não me era esperado isso. São entorno de 100 páginas que vejo como “extras” mesmo que o livro seja relativamente pequeno comparado com os outros.

Mesmo assim o significado da conclusão tanto no último filme como no último livro seguem o mesmo. E o que me deixa por satisfeito é poder ter conhecido essa história tão memorável e única que marcou e marca gerações de públicos amantes da fantasia. É claro que valeu a pena arrastar essa leitura para conhecer a conclusão destas aventuras, apesar de ter trazido uma pontada de decepção pela expectativa de que se sairia melhor que os outros dois livros.

O SENHOR DOS ANÉIS: O RETORNO DO REI

Autor: J. R. R. Tolkien

Tradução: Ronald Kyrmse

Editora: Haper Collins

Ano de publicação: 2019

A guerra entre os Povos Livres da Terra-média e Sauron, o Senhor Sombrio da terra de Mordor, chega a seu clímax neste terceiro volume do romance O Senhor dos Anéis. As batalhas grandiosas que estão prestes a acontecer, no entanto, são apenas o pano de fundo para o verdadeiro drama: a missão quase suicida dos hobbits Frodo e Sam, que tentam destruir o Um Anel, fonte do poder de Sauron, infiltrando-se no coração do território do Inimigo. Em O Retorno do Rei, acompanhamos o mago Gandalf e o hobbit Pippin em sua visita à a majestosa cidade de Minas Tirith, que já foi o principal baluarte dos Homens contra a ameaça de Sauron, mas que está prestes a sucumbir diante da força avassaladora do Senhor Sombrio. Outros membros da Sociedade do Anel se juntam a Aragorn, herdeiro da longa linhagem dos reis de Minas Tirith, na tentativa de evitar que a antiga capital do reino de Gondor seja destruída. Nas fronteiras de Mordor, Sam resgata Frodo, e os dois hobbits partem para o último estágio de sua jornada rumo ao Monte da Perdição, uma jornada que testará os limites do corpo e da mente dos pequenos heróis. O livro inclui ainda numerosos apêndices, nos quais Tolkien explora detalhes da história, das línguas, dos alfabetos e até dos calendários de seu mundo ficcional.

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