Perdido em Marte é do autor Andy Weir e foi lançado aqui no Brasil em 2014 pela Editora Arqueiro.

Sobre o Livro

Em Perdido em Marte vamos conhecer a história de Mark Watney, um botânico astronauta que faz parte da missão Ares III que partiu para Marte. Após alguns dias no planeta uma grande tempestade de areia se aproxima, sua equipe é obrigada a abandonar a missão e começar o seu retorno de volta à Terra. Porém, antes que ele alcance o veículo que vai os tirar da órbita do planeta, Watney é atingido por uma antena do acampamento que se soltou devido aos fortes ventos.

Com Mark ferido, seu traje perde oxigênio e emite um sinal para seus amigos avisando que seus sinais vitais cessaram, indicando assim sua morte. O resto da equipe imagina que não pode fazer mais nada para ajudá-lo e parte de Marte devastada pela perda do companheiro.

Porém, o que eles não sabem é que Mark teve o rasgo do traje comprimido pelo sangue do ferimento e o manteve oxigenado o suficiente para recuperar a consciência e voltar para o Hab, a residência deles em Marte, e é ai que a verdadeira jornada começa.

Sendo o único ser humano em Marte, ele agora precisa achar uma forma de racionar a comida que tem e ainda sobreviver mais quatro anos até que a próxima missão, a Ares IV, chegue ao planeta vermelho, além de também avisar a Terra que está vivo e também encontrar uma forma de resistir às dificuldades e a solidão.

“A situação não está tão preta quanto parece. Não se engane, ainda estou na merda. Mas não tão atolado.”

Com a história narrada em primeira pessoa do ponto de vista de Mark e com alguns capítulos direto da equipe da Nasa na Terra, vamos acompanhar em modelo de diário a jornada desse astronauta que vai passar por maus bocados, mas sempre de forma divertida e otimista.


Capa e Edição

Eu li o livro em e-book e agora, com o lançamento do filme, estou naquela jornada impossível de achar a edição física com a capa antiga, pois gosto muito mais da original, como já é de praxe. Acho a capa original tudo a ver com a história, com o astronauta flutuando na imensidão vermelha e agora, apesar do Matt Damon ser bem apresentável, achei meio DEMAIS só o carão dele.

Perdido em Marte2


Livro x filme

Eu li Perdido em Marte para a estreia do cinema e fui assistir o filme apenas algumas horas depois de ter terminado o livro e digo uma coisa, o filme ficou muito legal. Mas, como toda adaptação cinematográfica, há diferenças e coisas que poderiam ter sido melhores ou piores. Pra mim os principais pontos foram a sobrevivência, o humor e o final.

Me pareceu no filme que Mark não sofreu tanto e por não ter sofrido aparentemente tanto quanto no livro, sua jornada foi mais fácil. E nossa, como ele sofre. E é nesse sofrimento que descobrimos que a palavra que define Perdido em Marte é SOBREVIVÊNCIA. Me parece que a moral da história, que pelas descobertas recentes à data de lançamento do mesmo sobre a existência de água em Marte ganhou um foco diferente do real, é de como nós seres humanos somos capazes de sobreviver frente a muitos obstáculos, independente de quão difícil eles sejam. Mas no filme, parece que faltou uma das cenas mais importantes da história, que é um dos momentos mais perigosos pra Mark em seu caminho até o ponto de chegada da missão ARES IV.

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Sobe o humor, acho que algumas piadas só foram entendidas por quem leu o livro. Me vi, por duas ou três vezes, rindo somente na companhia de mais umas 5 pessoas na sala de cinema, e isso me fez perceber que talvez tenha ficado faltando alguns gatilhos para que todo o humor estivesse conciso e funcionasse pra todo mundo. Mesmo assim, a forma como Watney leva tudo na esportiva é um espetáculo a parte e sabemos que é o seu bom humor que faz com que ele sempre mantenha a cabeça erguida. Mais uma lição para levarmos pra vida.

E por último, porém não menos importante, o final. E sim, acreditem, apesar de ter dado cinco estrelas pra Perdido em Marte, acho o final do filme melhor que o final do livro. Ele arremata tudo e faz muito sentido, ao contrário do livro que nos deixa sem uma visão do futuro, o filme nos dá um vislumbre disso e faz com que tudo caia melhor e saibamos que sim, há pelo que seguir em frente. Sobre as mudanças que ocorrem no finalzinho, no último plot, também aprovei, ficou mais emocionante.

Sei que houveram erros em algumas coisas e que alguns especialistas caíram matando, mas sempre é importante levar em consideração que é uma obra de ficção e há muita coisa que somente sendo realmente da área para ser completamente correto e também há o fato de que desconhecemos muito ainda sobre o resto do universo e os demais planetas.


Minha opinião

Já fui palpitando aos poucos enquanto apresentava os tópicos e acho que o mais interessante sobre essa história é a forma como o autor conseguiu transformar algo que era uma completa tragédia, em algo divertido. Porque a quem queremos enganar? O CARA FOI ABANDONADO EM MARTE. Não tem o que comer, não tem como falar com a terra e não tem como fabricar comida suficiente. Então, se você analisar bem, é só tragédia e dificuldade, mas o livro é engraçado, o Mark é perseverante e bem humorado e isso dá uma alegria imensa ao leitor.

Outra coisa que não pode ser ignorada são todas as referências a musica disco, seriados clássicos, livros, e cultura pop. Quando eles foram na missão puderam levar um pen drive com coisas que quisessem ter para passar o tempo de folga e cada tripulante escolheu algo ao seu gosto. Porém, como saíram as pressas de Marte, deixaram isso pra trás, e Mark que ia ficar muito tempo lá esperando a vida passar, só tinha o conteúdo desses pen drives como fonte de entretenimento, o que nos rendeu boas risadas e ótimos comentários.

E é claro que não posso deixar de mencionar que ele não tem papas na língua, o que torna tudo ainda mais cômico. Ele fala tudo, mesmo quando passa a ser “ouvido”, e isso se mostra mais um adendo super bacana à personalidade desse protagonista tão cativante.

“É, isso mesmo, Marte, vou mijar e cagar em você. É a minha resposta às suas tentativas de me matar.”

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E quem iria sobreviver a dois anos comendo batatas? Nossa, eu com toda a certeza não iria. Mas é claro que eu também nem saberia COMO plantar batatas, então certamente ia morrer ao fim dos 100 dias, quando a comida racionada da tripulação acabasse. E olha, nem os cálculos químicos loucos que ele faz pra descobrir como fazer água ou oxigênio me incomodaram. Eu realmente gostei desse livro e dei 5 estrelas para ele lá no Skoob.

Então, se você curte ficção científica e está buscando uma história com um quê maior e ao mesmo tempo divertida, vá de Perdido em Marte, pois tanto o livro como o filme estão ótimos.

PERDIDO EM MARTE

Autor: Andy Weir

Editora: Arqueiro

Ano de publicação: 2014

Há seis dias, o astronauta Mark Watney se tornou a décima sétima pessoa a pisar em Marte. E, provavelmente, será a primeira a morrer no planeta vermelho. Depois de uma forte tempestade de areia, a missão Ares 3 é abortada e a tripulação vai embora, certa de que Mark morreu em um terrível acidente. Ao despertar, ele se vê completamente sozinho, ferido e sem ter como avisar às pessoas na Terra que está vivo. E, mesmo que conseguisse se comunicar, seus mantimentos terminariam anos antes da chegada de um possível resgate. Ainda assim, Mark não está disposto a desistir. Munido de nada além de curiosidade e de suas habilidades de engenheiro e botânico e um senso de humor inabalável , ele embarca numa luta obstinada pela sobrevivência. Para isso, será o primeiro homem a plantar batatas em Marte e, usando uma genial mistura de cálculos e fita adesiva, vai elaborar um plano para entrar em contato com a Nasa e, quem sabe, sair vivo de lá. Com um forte embasamento científico real e moderno, Perdido em Marte é um suspense memorável e divertido, impulsionado por uma trama que não para de surpreender o leitor.

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